Após 16 anos de processo, o Tribunal Internacional de Justiça da ONU anunciou ontem (03/02) que nem Sérvia nem Croácia cometeram genocídio durante a guerra dos Bálcãs na década de 1990, após anos de acusações mútuas entre os dois países.
A declaração da corte põe fim a uma disputa entre as nações vizinhas em direção a um processo de reconciliação. Contudo, o presidente do alto tribunal das Nações Unidas, Peter Tomka, ressaltou a responsabilidade de ambos os Estados pelas mortes de civis durante o conflito.
De acordo com Tomka, os dois países “cometeram muitos crimes” durante a guerra na região, mas acrescenta que a intenção de genocídio — isto é, a ação deliberada de acabar com membros de um determinado grupo social — não foi claramente detectada. “A corte não reconhece provas suficientes para demonstrar essas evidências", argumentou o presidente.
"A corte encontra condições de genocídio em alguns, mas não em todos os casos analisados e apresentados no caso entre Croácia e Sérvia", em relação aos eventos acontecidos entre 1991 e 1995, durante as guerras de dissolução da antiga Iugoslávia, acrescentou o magistrado.
Segundo a ONU, o número total de mortes durante os anos de conflito na região é impreciso, em virtude do desaparecimento de muitas pessoas.
Entenda o caso
Em 1999, a Croácia abriu um processo em Haia, acusando a Sérvia de ter violado a Convenção para a Prevenção e o Castigo do Crime de Genocídio, datada de 1948, em seu território entre 1991 e 1995.
Três anos depois, Belgrado acusou Zagreb de “tentar destruir os nacionais sérvios e o seu grupo étnico na Croácia”, durante a "Operação Tempestade" de 1995, o que também implicaria a violação do tratado de 1948.
fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/39384/tribunal+da+onu+conclui+que+servia+e+croacia+nao+cometeram+genocidio+nos+balcas.shtml
foto:http://desvendandoosbalcas.blogspot.com.br/2013/07/mostar-unindo-forcas-para-reconstruir.html
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