Desenvolver doença ocupacional gera indenização,
mesmo se houver cura
Trabalhador que desenvolve
doença ocupacional tem direito a indenização, mesmo se houver cura e ele
não ficar incapacitado. Com esse entendimento, a Subseção 1 Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho negou o pedido de
um frigorífico para excluir o pagamento de indenização por danos morais a um
desossador que teve doença ocupacional.
A empresa
alegava que, como o empregado foi periciado e considerado apto para o trabalho,
estaria afastado o dever de indenizá-lo. Mas, por maioria, a SDI-1 entendeu que
o fato de a doença não ter incapacitado o empregado para o trabalho não exclui
o dever do empregador de compensá-lo pelo dano sofrido.
Segundo a reclamação
trabalhista, o empregado contraiu tendinopatia do supraespinhoso (síndrome do
impacto) após um ano de serviço. A doença é causada por atividades repetitivas
do ombro, e a dor pode ser consistente e aumentar com movimentos de levantar ou
esticar os braços. Todavia, embora a perícia médica tenha informado que a
doença foi desenvolvida pelo esforço físico despendido na atividade exercida na
empresa, o trabalhador foi considerado apto para o serviço.
O juízo da 1ª Vara de
Trabalho de Campo Grande (MS) condenou o frigorífico em R$ 21 mil por danos
morais, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região reformou a sentença,
julgando improcedente o pedido do empregado. Segundo a decisão, constatado
mediante prova pericial que a patologia do trabalhador não resultou em
incapacidade para o trabalho, não há como reconhecer o direito à indenização,
pois estão ausentes os elementos da responsabilidade civil.
Divergência
No recurso do empregado à 2ª Turma contra a decisão do TRT, a empresa foi condenada ao pagamento da indenização por dano moral no valor de R$ 15 mil. Ela entrou com embargos à SDI-1, sustentando que a turma, ao condená-la mesmo diante da ausência de incapacidade laboral, violou os artigos 20, parágrafo 1º, alínea “d”, da Lei 8.213/91 e 186 do Código Civil, e apresentou decisões divergentes de outras Turmas do TST.
No recurso do empregado à 2ª Turma contra a decisão do TRT, a empresa foi condenada ao pagamento da indenização por dano moral no valor de R$ 15 mil. Ela entrou com embargos à SDI-1, sustentando que a turma, ao condená-la mesmo diante da ausência de incapacidade laboral, violou os artigos 20, parágrafo 1º, alínea “d”, da Lei 8.213/91 e 186 do Código Civil, e apresentou decisões divergentes de outras Turmas do TST.
Para o ministro José
Roberto Freire Pimenta, redator do acórdão e autor do voto vencedor no
julgamento, casos como esse merecem reflexão. Segundo ele, após apurado pela
perícia e registrado pelas instâncias ordinárias que o empregado desenvolveu a
doença devido ao esforço físico despendido em suas atividades, não se pode
admitir que ele tenha de aguardar que a lesão se agrave, até torná-lo
definitivamente incapacitado para o trabalho, para então recorrer ao Poder
Judiciário, buscando indenização pelos danos causados pelo alegado ato ilícito
de sua empregadora.
Em seu voto, ele lembrou
que a atividade de desossa de bois exige movimentos repetitivos que, aliados à
grande pressão por produção e às condições precárias de trabalho, geram
gradualmente doenças incapacitantes. Para o ministro, apesar de a doença não
ter acarretado incapacidade laboral, o empregador tem o dever de compensá-lo
pelo dano sofrido, “uma vez que a legislação previdenciária não afasta a
incidência das normas de Direito Civil”. De acordo com o voto, o artigo 20,
parágrafo 1º, alínea "d", da Lei 8.213/91 refere-se à incapacidade
laboral para fins de benefício previdenciário, sem relação com o reconhecimento
do direito à indenização por danos morais.
Ficaram vencidos os
ministros Ives Gandra Martins Filho, Márcio Eurico Vitral Amar (relator) e
Aloysio Corrêa da Veiga. (http://www.conjur.com.br/2017-mai-29/contrair-doenca-ocupacional-gera-indenizacao-mesmo-houver-cura)
Empresa que
demite deficiente e mantém cota não precisa readmiti-lo, fixa TST
A lei que
condiciona a dispensa de um empregado com deficiência à contratação de outro em
iguais condições tem o objetivo de manter o percentual legalmente
estabelecido. Se mesmo com a demissão, a empresa se mantiver cumprindo
sua cota, ela não deve ser punida. Esse foi o entendimento da Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho
ao absolver empresa de transporte.
A companhia comprovou que,
em janeiro de 2004, quando houve a dispensa, era obrigada por lei a ter em seus
quadros 15 empregados reabilitados ou com deficiência, mas tinha 16. O Tribunal
Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)manteve o indeferimento da pretensão de
reintegração do cobrador.
O trabalhador recorreu da
decisão e a 7ª Turma do TST julgou procedente o pedido de reintegração, com o
entendimento de que a dispensa imotivada de trabalhador reabilitado ou com
deficiência depende sempre da contratação de substituto em condição semelhante.
A decisão enfatizou,
inclusive, o conteúdo da Convenção 159 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), ratificada pelo Brasil, assinalando que o objetivo maior da norma é
garantir a esses trabalhadores a possibilidade inserção no mercado de trabalho.
Virada da defesa
Contra a
decisão de reintegração, a empresa interpôs recurso de embargos à SDI-1. O
relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, explicou que o sistema jurídico,
visando à proteção de um grupo de trabalhadores, exige que a empresa preencha
determinado percentual de cargos com essas pessoas conforme o número total de
empregados.
O fato de a empresa não ter
comprovado a contratação de substituto em situação análoga, a seu ver, não
implica a ilegalidade da dispensa e, consequentemente, afasta a necessidade de
reintegração.
Por maioria, a SDI-1 proveu
o recurso da empresa para restabelecer o acórdão regional no tema. Ficaram
vencidos os ministros Alexandre Agra Belmonte e Cláudio Brandão. (http://www.conjur.com.br/2017-mai-30/empresa-demite-deficiente-mantem-cota-nao-readmiti-lo)
Indenização
por dano moral deve ser paga apenas ao titular da ação
As indenizações por danos morais são direitos personalíssimos. Sendo
assim, os valores definidos para pagamento devem ter como destino apenas os
autores do pedido. Com esse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região, negou, por unanimidade, recurso de uma mulher para
receber parte da indenização paga aos filhos de seu companheiro, que morreu em
um acidente de trabalho.
O homem era
motorista de caminhão e morreu em um acidente de trânsito durante a jornada de
trabalho. Seus filhos então acionaram a Justiça, pedindo que a empregadora do
pai pagasse indenização de R$ 50 mil por danos morais.
Como o pedido de
indenização foi concedido, a companheira do motorista ajuizou ação de oposição,
que foi rejeitada em primeiro e segundo graus. Na sentença, foi
detalhado que, apesar de o Código Civil reconhecer a união estável entre homem
e mulher como entidade familiar, indenizações por danos morais são direitos
personalíssimos.
Dessa forma, continuou, os
valores recebidos nessas condições pertencem ao patrimônio dos titulares da
ação que foram vítimas do fato lesivo. A mulher apresentou recurso ao TRT-3
alegando que o aumento do patrimônio do companheiro garantiria a ela receber os
direitos adquiridos na relação trabalhista, como meeira.
Na ação, noticiou estar em
trâmite pedido de reconhecimento da união estável. Em seu voto, o relator,
desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, explicou que o crédito
trabalhista é um bem, estando incluído no espólio, como forma de se resguardar
o direito de todos os herdeiros.
Como qualquer outra ação ou
direito, disse o desembargador, a indenização também é transmissível aos
sucessores da parte que sofreu os prejuízos. De acordo com o magistrado, por
essa razão, o artigo 20, parágrafo único do Código Civil estabelece que, em
caso de morte ou ausência, o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes são
legítimos para pleitear indenizações.
Porém, ele ponderou que o
caso concreto é diferente dessa situação. "O caso dos autos, no entanto,
refere-se ao dano reflexo ou por ricochete, cujo titular são os opostos,
autores na ação movida em face da ex-empregadora, ligados ao trabalhador atingido
por laços afetivos, e que, por consequência, também sofrem a repercussão dos
efeitos do evento danoso na esfera pessoal", destacou.
O relator afirmou que a
decisão de 1º grau está correta, pois concluiu que a indenização deferida na
reclamação trabalhista principal não constitui frutos, rendimentos do trabalho
ou mesmo uma eventual indenização que tenha sido deferida ao morto por atos de
que ele tenha sido vítima na condição de empregado. A reparação, afirmou,
destinou-se a compensar os filhos do motorista pela perda que sofreram e que
lhes causou forte abalo moral. (http://www.conjur.com.br/2017-mai-30/indenizacao-dano-moral-paga-apenas-titular-acao)
Só grande
contrapartida justifica mudar data de pagamento de funcionários
Mudar a data de pagamento de funcionários, mesmo com permissão de acordo
coletivo, é uma prática só permitida com grandes contrapartidas e em contexto
comprovado de crise econômica. Com esse entendimento, a 1ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho rejeitou recurso de uma escola particular contra decisão
que invalidou cláusula de acordo que alterou a data de pagamento do quinto para
o décimo dia útil.
Para o
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, a alteração da data de pagamento
viola o artigo 459, parágrafo único, da CLT e, por isso, é nula. A corte ainda
observou que, segundo documentos apresentados, até mesmo o prazo previsto no
acordo coletivo foi desrespeitado. Com esses fundamentos, condenou o
estabelecimento de ensino ao pagamento de multas normativas e convencionais
pelo atraso.
No recurso ao TST, a
associação sustentou a possibilidade de ampliação do prazo para pagamento de
salários mediante norma coletiva, argumentando que "a Constituição Federal
permite a flexibilização dos direitos trabalhistas, diante das situações de
excepcionalidade comprovada, reconhecendo expressamente a validade da pactuação
coletiva, até mesmo para efeito de redução salarial".
Mas o relator, ministro
Walmir Oliveira da Costa, afirmou que, em situações semelhantes, o TST já
firmou o entendimento de que é inválida a negociação coletiva relativa ao prazo
legal para pagamento de salários, sem contrapartida ou condição grave de crise
econômica.
Em precedentes envolvendo a
mesma associação, a 1ª Turma manteve sentença em ação civil pública que
determinou que o pagamento fosse feito no quinto dia útil e que o Sindicato dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Marília (SP) se abstivesse de
pactuar cláusula de instrumento coletivo nesse sentido, sob pena de multa. (http://www.conjur.com.br/2017-jun-01/grande-contrapartida-justifica-mudar-data-pagamento-tst)
Em meio
à crise, Reforma Trabalhista será votada em junho
A Reforma Trabalhista deve ser votada em junho no
Senado, mesmo sem consenso e em meio à crise política que envolve o governo de
Michel Temer. Pelo menos é a avaliação do relator da proposta de alterações na
CLT na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Ricardo Ferraço
(PSDB-ES). Ontem, ele negou que exista debate sobre pedido de urgência para a
tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 38 no Senado.
“Há condições de votar a Reforma Trabalhista no
plenário entre duas e três semanas”, disse o senador, ao citar que a comissão
analisará o texto no dia 6 e o relatório será apresentado aos membros da
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no dia seguinte”, previu.
Na CAS, será concedida vista de uma semana para que
o texto seja votado na semana seguinte. Depois, a proposta vai para a Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) e ao plenário.
Questionado pela agência Estadão Conteúdo sobre a
possibilidade de acordo para mudar a tramitação da reforma na Casa com mais
rapidez, o senador afirmou que “o tema não está posto”.
Acordo
O adiamento da votação não pegou ninguém de
surpresa. Para evitar novos conflitos na CAE e qualquer risco de derrota no
colegiado, o governo articulou acordo com a oposição, o que adiou a apreciação
do texto para dia 6. Mesma data que será retomado o julgamento da chapa
Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As conversas entre situação e oposição foram
tratadas na manhã de ontem entre Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o Paulo Paim
(PT-RS), que pediu para que o relatório fosse apresentado integralmente à CAE.
Após um bate-boca entre senadores na semana
passada, o presidente da comissão deu o parecer como lido, embora a leitura não
tenha ocorrido de fato. Ontem, no entanto, Ferraço leu o texto.
Paim disse ao DIA que com o adiamento será possível que os
parlamentares busquem “voto a voto” para diminuir a diferença na comissão. “É
preciso mobilizar parlamentares e a população contra a Reforma Trabalhista. Ela
é contra os trabalhadores”, disse.
Entre os principais tópicos do projeto lido ontem
em plenário estão o acordo individual para a jornada 12 por 36 horas, o
trabalho intermitente, em que a prestação de serviços não é contínua, embora
com subordinação, a negociação do intervalo intrajornada por meio de convenção
coletiva ou acordo coletivo, “intervalo intrajornada, respeitado o limite
mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a seis horas, entre outros.
PEC da Previdência estará em
pauta no primeiro semestre
Outra reforma que o governo Temer insiste em
aprovar e que deve entrar em plenário, só que da Câmara, é a da Previdência.
Ontem o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que colocará em
“poucas semanas”, sem especificar o dia, o texto da PEC 287 para votação.
Segundo Maia, a proposta vai à pauta “com certeza antes do fim do primeiro
semestre”.
Ao sair da abertura do Fórum de Investimentos
Brasil 2017, Maia afirmou que vai conversar com os líderes partidários para
colocar a reforma de volta à pauta. Questionado sobre os pedidos de impeachment
contra o presidente Michel Temer (PMDB) que foram protocolados na Câmara, Maia
não respondeu se vai deliberar sobre as denúncias recebidas.
E a pressão do governo para que a PEC 287 seja
aprovada cresce. A equipe econômica tenta com números sensibilizar os
parlamentares indecisos para o impacto negativo na economia, caso a proposta
não prospere no Congresso.
Projeções feitas pelo pessoal do Ministério da
Fazenda, e apresentadas aos deputados e senadores apontam que a cotação do
dólar poderá chegar a R$ 3,60, sem aprovação da reforma. O desemprego atingiria
14%. Com a aprovação da PEC, o desemprego ficaria em 12,5% e o dólar em torno
de R$ 3,20.
Num cenário sem a aprovação da reforma, o ministro
Henrique Meirelles prevê que o crescimento da economia ficará em torno de 1% em
2018, abaixo dos 2,5% projetados. O governo busca barrar a tentativa de
fatiamento da proposta pelo Congresso. O presidente Michel Temer, Meirelles e
outros integrantes do Planalto reafirmaram que não existe plano B para a
reforma. Mas as mudanças já são discutidas mais abertamente entre parlamentares
da base. (http://odia.ig.com.br/economia/2017-05-31/em-meio-a-crise-reforma-trabalhista-sera-votada-em-junho.html)
Los trabajadores de la embajada
española en Argentina, en huelga por la inflación
Los
trabajadores de las dependencias diplomáticas españolas en Argentina han
llamado a una huelga por tiempo indeterminado por la brutal pérdida de poder
adquisitivo que supone la inflación de este país, una de las más altas del
mundo. La movilización, que involucra a un total de 170 personas, empleadas tanto en la
embajada como en el consulado, recibe el apoyo de las centrales
obreras españolas CSIF, UGT y CCOO. Los sindicatos proponen un aumento de
sueldos que haga frente a un 40% de pérdida de poder adquisitivo, según los
trabajadores.
Otras embajadas que también tienen problemas por la congelación de salarios podrían
seguir los pasos de la delegación Argentina, pero es este país el que ha
arrancado por su especial situación, con un 40% de inflación en 2016. Los
trabajadores advierten que a raíz de que algunos de los contratos son en
dólares “corremos con la depreciación euro-dólar y un 40% de pérdida del poder adquisitivono se levanta
con nada, ni siquiera con el tipo de cambio”. Según dicen desde el cuerpo de
trabajadores, se elevaron notas a las autoridades en los últimos dos meses
aunque sin resultados satisfactorios. “Es un problema el crecimiento de la
inflación en Argentina”, reconoce a EL PAÍS un vocero de la embajada, quien
además informa que “el personal local representa una parte importante del
trabajo en la embajada y se nota su ausencia” y afirma que el embajador recibió
a los representantes de Comisiones Obreras (CCOO) y a los del consulado de
Córdoba y que desde el mes de abril se están transmitiendo las reivindicaciones
de los trabajadores a Madrid.
Los empleados reclaman una suba salarial inmediata del 25%, con efectos
retroactivos desde el 1 de enero de 2017, y aumentos anuales del 10% en 2018 y
2019. Según CCOO, en diciembre de 2016 se registraba una inflación acumuladaen dólares del
53,6%, lo que equivale a una reducción del salario que ronda el 34,1%. Los
augurios no son para nada positivos si se tiene en cuenta que la inflación
prevista para 2017 es del 27%. La crisis en Brasil ha golpeado con fiereza al país del fin del mundo,
aunque la pulmonía que arrastra Argentina no sólo es por el estornudo que ha
pegado el gigante limítrofe. Es cierto que en la segunda mitad de 2016
Argentina logró frenar un poco la subida de precios pero el arranque de 2017 ha
encendido nuevamente las alarmas inflacionarias: un 6,3% acumulado en tres
meses, con un imprevisto 2,4% en marzo y previsiones de todo tipo para lo que
resta del año.
Bárbara
Continanza, empleada de la embajada, dice en diálogo con este diario que el
acatamiento de la medida es del 95% y argumenta que “España estuvo en crisis y
lo entendimos, al punto que nos apañamos todos, incluso funcionarios y
diplomáticos. Pero ellos el año pasado se aumentaron el sueldo, además hubo un
crecimiento del PBI del país. Pero vemos que nuestro reclamo sigue sin
responderse. En mi caso, por ejemplo, entré a trabajar en diciembre de 2006 y
mi sueldo actual es exactamente el mismo”, con lo que la pérdida de poder
adquisitivo por la inflación es muy fuerte. Donde más se siente es en los alimentos,
donde la inflación se nota sobremanera. Según datos de marzo, el incremento
medio mensual en las góndolas de los supermercados es del 3%, con picos del
7,7% en verduras, 5% en carne o 2,8% en el pan. Así, cualquier persona que se
decida a comprar alimentos puede darse cuenta con sólo hacer la conversión a
dólares que los precios que se manejan en Argentina son superiores a los que se
pagan en Europa y Estados Unidos.
Los
trabajadores protestaron frente al consulado general y después frente a las oficinas
de empleo dependientes del ministerio de Trabajo español. Similar situación
tiene lugar en las oficinas ubicadas en las ciudades de La Plata, Córdoba,
Bahía Blanca, Rosario, Mendoza y Mar del Plata. (http://internacional.elpais.com/internacional/2017/05/29/argentina/1496070544_590539.html)
Los despedidos de maestranza del
Ministerio de Trabajo llegaron a la OIT en la Argentina
En el día de
hoy se realizó una conferencia de prensa frente a la sede de la OIT en la
Argentina en virtud de la presentación de los trabajadores despedidos del
sector de maestranza del Ministerio de Trabajo junto con la CTA Autónoma, el
SITMMA y la Junta interna de ATE de la cartera laboral . En la conferencia se
dio a conocer la denuncia presentada ante el organismo internacional en contra
del ministro de Trabajo Jorge Triaca por “discriminación y persecución
sindical”.
En palabras de Peralta,
secretario general de CTA autónoma Capital, la medida tomada por Triaca está en
contra de al menos tres convenios internacionales ratificados por el estado
argentino en materia de libertad sindical.
Recordemos que el día 2 de
mayo, cuando los trabajadores de limpieza debían continuar sus tareas en el
ministerio bajo la concesión de emergencia (llevada a cabo de manera
absolutamente irregular), el ministerio prohibió la entrada y por ende, la
continuidad laboral de 33 trabajadores y trabajadoras entre ellas los tres
delegados y la mayor parte de los que activaron la lucha por el cobro de
salarios de un año a esta parte.
Hace quince días los
trabajadores rodeados de una enorme solidaridad de organizaciones sociales,
gremiales y políticas y junto al resto de los trabajadores del Ministerio
realizaron una importante manifestación en la av. Córdoba y Nueve de Julio bajo
la amenaza constante de un impresionante operativo policial. Una vez más el
ministro Triaca Responde a los trabajadores con policía y no con respuestas a
sus problemas como demostró hace varios meses durante el conflicto de Artes
Gráficas Rioplatenses.
La conferencia de prensa
estuvo precedida de una olla popular en las puertas del Ministerio de Trabajo
en Além 650 que contó con una importante participación de los trabajadores de
la cartera laboral que continúan mostrando su solidaridad con los trabajadores
despedidos. (http://laizquierdadiario.com/Los-despedidos-de-maestranza-del-Ministerio-de-Trabajo-llegaron-a-la-OIT-en-la-Argentina)
Desconexión laboral: ¿es necesaria su regulación?
En 2015, un estudio
elaborado por el director general de la empresa francesa Orange, Bruno Mettling, puso de manifiesto una
creciente presencia del síndrome de "burnout", también conocido como surmenage, "cabeza quemada" o "síndrome
del trabajador consumido". Esa situación se constataba en aquellos
ejecutivos que –tras cumplido el horario laboral– permanecían hiperconectados
al trabajo a través de diferentes tecnologías como mails, celulares y servicios
de mensajerías.
Ese síndrome consiste en una
sobrecarga mental y estrés prolongado en el tiempo que se genera con la suma de
factores "estresores" relacionados al trabajo. Consignas poco claras
o mal ambiente laboral son algunos de ellos, pero con la posibilidad de
conexión 24 horas que brinda la tecnología, apareció en los últimos años un
nuevo "estresor" relacionado a la falta de límites horarios para
atender asuntos laborales fuera de la jornada de trabajo, según la directora
técnica de Medicina Preventiva y Laboral de Semm, Lilián Iglesias. "La tecnología es estupenda
como auxiliar; pero no que el trabajador esté al servicio de ella. Hay que
actuar en prevención para evitar que se cruce esa línea", comentó.
Para la especialista, toda
persona corre el riesgo de padecer el sindrome de sobrecarga mental si no se
toman las medidas para prevenirlo, por lo que cree necesario que existan
límites claros en cualquier caso, incluso en el teletrabajo, ya que una vez que
se llega a ese nivel de saturación, "es muy difícil volver a cero
kilómetro" sostuvo.
En Francia, un estudio
publicado por Eléas señaló que 37% de los trabajadores
utilizan sus herramientas digitales con fines laborales fuera de los horarios
de trabajo. En España, hace dos años datos obtenidos por Edenred advertían
que el 65% de los trabajadores eran requeridos fuera de horario laboral. Otro
estudio, elaborado por Adecco,
demostró que ocho de cada diez trabajadores continúa conectado fuera del
horario laboral.
El informe redactado por
Mettling de Orange sirvió de base para que, en enero de 2017, comenzara a regir
en Francia una reforma laboral que otorga al trabajador el derecho a
desconectarse fuera de horario laboral.
Pese a que las nuevas tecnologías están eliminando las fronteras entre
vida personal y laboral y creando nuevas modalidades de trabajo, Francia ha
sido el primer país en intentar adaptar la legislación laboral a la era
digital, e instaló la discusión alrededor del mundo, que también alcanzó a
Uruguay.
Con base en el antecedente francés, el senador
Pedro Bordaberry presentó un proyecto de ley en marzo que daría el mismo
derecho a los uruguayos, con el fin de "garantizar el respeto del tiempo
de descanso y durante el goce de la licencia", como dice en su segundo
artículo. Mediante este proyecto se busca "aggiornar la
normativa a la realidad", según la senadora suplente de Bordaberry,
Cecilia Eguiluz.
Para eso, el proyecto establece como única
obligación el acuerdo entre la empresa y los trabajadores sobre los límites y
condiciones respecto a la conexión fuera del horario de trabajo, quedando en
función de las necesidades de cada compañía.
Hasta el momento, no existe en Uruguay una
legislación específica sobre el envío o recepción de mensajes o llamadas fuera
del horario laboral. "Nadie obliga a alguien a contestar o no después de
horario de trabajo, hay un vacío legal. Ahora bien, si no lo hago, ¿qué
repercusiones va tener?", se preguntó el asesor de Bordaberry, Guillermo
Maciel.
Lo que se aplica hoy para
estos casos, según el abogado especializado en Derecho
Laboral de Guyer & Regules, Leonardo Slinger, es el principio
de razonabilidad. Está orientado a proteger al trabajador de aquellos casos en
que los empleadores incurran en conductas abusivas. Considera que no es lo
mismo contestar un mensaje, mail o llamada telefónica con cierta excepcionalidad,
que si esto ocurre de forma cotidiana.
Tanto Slinger como el
subsecretario de Trabajo, Nelson Loustaunau, coincidieron en que se debería
profundizar más allá del derecho a la desconexión. Slinger indicó que la
tradicional "norma de jornada no es trasladable a la forma actual de
trabajo" ya que la Ley 5350 data de 1915, y hay un asunto más profundo que
no es la desconexión, sino la revisión de las normas de jornada y formas de
cómputo de tiempo de trabajo.
Para el abogado, la forma
correcta sería salir de la medición de régimen de jornada diaria duro y
estricto que tiene el sistema actual, para pasar a otras formas de medición
contemplando todas las modificaciones que traen los cambios tecnológicos.
Loustanau, por su parte,
considera que la tecnología impactó en una regresión de los derechos
conquistados durante la primera Revolución Industrial: ocho horas para
trabajar, ocho para dormir y ocho para el ocio.
Según el profesor titular
grado 5 de Derecho del Trabajo y de Relaciones Laborales en la Udelar, Juan
Raso, es importante evitar elaborar leyes muy reglamentaristas que luego no se
cumplan en la práctica. "Es bueno regular el tema de la conexión, pero
entendiendo que no vivimos en la cultura de hace cien años", sostuvo.
Para Raso, no es solo en
beneficio del trabajador, sino que además cuida la acción de los empresarios
que pueden llegar a abusar de la conexión y después se encuentran que un día el
empleado le reclama horas extras. En esos casos, "la forma de probarlo es
muy fácil porqué está todo trazado", argumentó.
El socio de CPA Ferrere, Bruno Gili, cree que el proyecto está
redactado de forma "razonable", ya que no es absoluto, puede cesar en
determinados casos y no es coercitivo, sino que establece la posibilidad de
negociación entre las partes.
Por su parte, la gerenta de
RRHH de la consultora Mazars, Verónica
Monteserín, opinó que la ley explicita un derecho actual del trabajador y pone
sobre la mesa el que las empresas comiencen a establecer mecanismos que
regularicen. Sin embargo, sostuvo que puede ser difícil llevarla a la práctica,
lo que dependerá de la flexibilidad requerida por cada empresa.
En tanto, la socia de Auren, Virginia Andre, considera que elaborar una ley
es una solución extremista que haría más tensa la relación entre empleado y
empleador. Una alternativa más "amigable" cree que sería hacer
campañas para promover el "desenchufarse", por ejemplo,
concientizando acerca de las consecuencias que puede traer a la salud.
Hoy la misma tecnología da
algunas herramientas para establecer fronteras entre vida laboral y personal.
Con el mail, por ejemplo, se puede optar por su llegada sólo al de la empresa o
vincularlo con el personal. También las respuestas automáticas permiten que
cuando se está de licencia los mails sean recibidos por un colega.
Pero la situación cambió con
la llegada de otros medios como Whatsapp. El gerente comercial de ManpowerGroup Uruguay,
Fernando Aldabalde, agregó que los colegas pueden ser de otras partes del mundo
y no necesariamente saber si la persona está de licencia, por lo que su
expectativa es de una respuesta inmediata. "La propia dinámica de la
herramienta (Whatsapp) está diseñada para que el usuario vea si el destinatario
está en línea, si leyó, lo cual genera una sensación de obligación o hasta
presión para contestar", apuntó.
Aldabalde de Manpower dijo
que se observa en Uruguay una preocupación creciente por parte de los empleados
en relación a la necesidad de regular el uso de las tecnologías de la comunicación fuera del horario laboral. Si bien es
algo que las consultoras comenzaron a notar recientemente, la mayoría admitió
no conocer casos prácticos de empresas que se hayan adelantado a la
legislación.
La directora de Selección y
Calidad de Adecco Uruguay, Gimena Valladares, subrayó que la consultora
capacita a las empresas en la incorporación de hábitos saludables, entre los
que se incluyen la no invasión de los espacios personales a través de las
distintas tecnologías para que el trabajador pueda "poner un límite".
Las empresas de Tecnología
de la Información, son, según el consultor asociado de Human
Phi, Sergio Chanés, las que más están pensando en el equilibrio
entre demandas laborales y de la vida personal. "Lo que sucede en las
empresas de TI es que hay una alta demanda, desempleo casi cero y altísimo
nivel de rotación por parte de aquellas que no logran retener a sus
talentos", dijo Chanés, quien señaló que ese cuidado puede pasar a ser otra
forma de retenerlos.
Pero para los cargos de
jefaturas en adelante de empresas tecnológicas e internacionales, desconectarse
al salir de la oficina es un desafío prácticamente imposible, según el gerente
de operaciones de Lee Hecht Harrison,
Marcos López. En las tecnológicas, esto se debe a que, por ejemplo, un servidor
pueden caer en cualquier momento, por lo que se requiere que estén los siete
días de la semana con celular en mano. En las internacionales es necesario
permanecer conectados debido al desfasaje de horario con los colegas de
distintos países.
En el mundo, si bien Francia
fue pionero en regular la desconexión laboral, algunas empresas se adelantaron
a controlar las conexiones fuera de horario con fines laborales. En Alemania,
Volkswagen impuso a sus empleados desde 2011 un bloqueo al acceso a su correo
electrónico en el celular entre las 18:15 y las 7 de la mañana.
En Uruguay, la agencia de
publicidad Young
& Rubicam es un
caso de autoregulación. Su presidente, Álvaro Moré, contó que una de las
aclaraciones que hacen en el proceso de selección es que si reciben un e-mail
fuera de horario, la expectativa es que lo conteste al día siguiente dentro de su
horario laboral. "El espacio privado debe ser cuidado y la tecnología debe
ser algo que corra a favor de las personas, no para verse interrumpidas o estar
pendientes de lo que sucede en el celular. Insistimos en que este tema quede
claro", dijo Moré.
Otro caso de autoregulación
se dio en una de las empresas que ha formado parte del ranking de Great
Place to Work. La
country manager de la firma que realiza el ránking, Fedra Feola, contó que en
una de las encuestas sobre clima laboral, surgió por parte de los empleados de
esa empresa la queja por la recepción de e-mails de los gerentes fuera de
horario. Feola contó que en su momento eso se reguló y la satisfacción de los
empleados aumentó.
Por un lado, crece la
preocupación por regular el uso de las TIC, mientras que por otro, aumenta la
tendencia de trabajar de manera remota y por resultados, que muchas veces no
solo eliminan espacios, sino que también los horarios fijos. En Microsoft,
por ejemplo, el trabajo justamente no es por horarios sino por resultados. Su
director de Tecnología para Latinoamérica, el uruguayo Eduardo Mangarelli,
apuntó que la clave está en vincular tres palabras: disponibilidad, dedicación
y flexibilidad.
A su vez, las empresas
requieren cada vez más que los altos cargos y muchas veces hasta los mandos
medios tengan disponibilidad de tiempo completo. La gerenta de Capital Humano
de KPMG,
María Laura Volpi, señaló que esa disponibilidad full time es, en la mayoría de
los casos, aclarada desde un principio, y que requiere estar a la orden hasta
los fines de semana.( http://www.elobservador.com.uy/desconexion-laboral-es-necesaria-su-regulacion-n1077764)
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