30/04/2014

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Marqueteiro político: produto de exportação do Brasil

Ajudado por um mercado publicitário competente, pela capacidade técnica de nossa televisão e por camaradagens, o marketing político tupiniquim já está em campanhas na América do Sul, América Central, África e Europa.


Em março de 2009, uma versão de Canta Canta, Minha Gente, de Martinho da Vila, grudou nos ouvidos dos eleitores salvadorenhos que deram a vitória a Mauricio Funes na disputa presidencial em El Salvador. No clipe da campanha, imagens de pessoas sorridentes, acenando para a câmera, faziam o fundo para a animada canção. Em meados de 2012, um dos vídeos do programa de José Eduardo dos Santos mostrava profissionais de saúde sorridentes atendendo a pacientes igualmente sorridentes em hospitais impecáveis de Angola. Feitas em dois continentes diferentes, as campanhas têm algo em comum: foram comandadas por um marqueteiro político brasileiro. Nos dois casos, João Santana, o maior expoente do ramo na atualidade. Mas ele não é um exemplo isolado. Na última década, a presença dos publicitários brasileiros em campanhas no exterior tornou-se uma constante. E o trabalho refinou-se de maneira acentuada, misturando a ciência das pesquisas e truques dignos do showbiz. Hoje, os profissionais brasileiros são assediados para atuar em campanhas de países da América do Sul, da América Central, da África e até da Europa. Um produto de exportação. 
A capacidade dos marqueteiros de contar histórias envolventes com "atores" (ou seja, candidatos) de credenciais muitas vezes duvidosas decorre, principalmente, da força e da qualidade da televisão brasileira. O Brasil tem uma longa tradição de propaganda para esse meio — a publicidade brasileira é uma das maiores vencedoras do Festival Lion de Cannes, o mais prestigiado da área. Tem, além disso, uma larga experiência em teledramaturgia. Isso significa que há ampla oferta de profissionais capazes de roteirizar, gravar e editar com qualidade superior os programas que apresentam um candidato. “Nós sabemos fazer TV. O pessoal de marketing político acabou pegando carona nessa eficiência que já é conhecida mundo afora. Os brasileiros sabem como contar uma história eficiente do ponto de vista da coerência e da emoção em formato seriado para televisão”, atesta Aquino Correa, professor de publicidade e chefe do departamento de Propaganda da Escola de Comunicação e Artes da USP.
'Menem lo hizo' – Uma campanha com imagens do nascer do sol, de crianças fofas, multidão nas ruas e, claro, rodovias e viadutos. Tudo ao som do pegajoso refrão “ele pode não ter feito tudo, mas que fez muito ninguém pode negar”. O que parece bastante familiar para o eleitorado brasileiro foi utilizado em um vídeo para melhorar a imagem do então presidente argentino Carlos Menem, em 1999. A semelhança não é apenas coincidência. Quem comandou a produção foi Duda Mendonça, em um de seus primeiros trabalhos de destaque fora do país, quando as ações de marketing político de brasileiros no exterior ainda eram pontuais e não uma prática recorrente - vale mencionar que já em 1992, quando Angola realizou suas primeiras eleições nacionais, um brasileiro comandou a campanha do MPLA: o publicitário Geraldo Walter de Souza Filho. 
O objetivo era falar bem do governo para tentar alavancar a candidatura governista de Eduardo Duhalde. Mendonça usou com Menem a mesma estratégia que tinha adotado na derrotada campanha de Paulo Maluf para o Palácio dos Bandeirantes, em 1998, que teve como slogan o inesquecível “Maluf que fez” – traduzido, virou “Menem lo hizo”. Apesar de muito criticada, a campanha copiada e traduzida melhorou a imagem de Menem, mas não a ponto de dar a vitória a seu sucessor – Duhalde perdeu as eleições para Néstor Kirchner. À época, o publicitário reagiu às críticas dizendo que uma campanha política tem de ser eficiente e não tem obrigação de ser inovadora. “Menem lo hizo” não foi nem uma coisa nem outra.
Poucos anos depois, Duda foi responsável pela campanha que se tornou a grande vitrine para o trabalho dos marqueteiros políticos brasileiros, ao transformar a figura de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial de 2002. O publicitário reverteu a imagem de radicalismo da época sindical, que amedrontava a classe média, aparando a barba do candidato, que passou a vestir ternos caros, eliminou do discurso palavras de ordem como “vamos à luta”, e trocou a expressão carrancuda por um sorriso, criando o ‘Lulinha paz e amor’.
A bem-sucedida campanha virou referência regional e chamou atenção na América Latina, credenciando os profissionais brasileiros a atuarem no exterior. Até aquele ano, lembra Correa, “não se falava muito em marketing político no Brasil nem de campanhas brasileiras fora do país”. Doze anos depois, os publicitários brasileiros hoje trabalham em campanhas políticas na Argentina, Peru, Chile, Venezuela, Equador, Panamá, El Salvador, República Dominicana, Angola, Moçambique, Portugal, Espanha e em outros países.
Para Chico Mendez, jornalista que trabalha há sete anos como marqueteiro político no Brasil e no exterior, é notável que “de uns cinco, seis anos para cá, o mercado externo melhorou muito para os brasileiros, ficou mais receptivo”. “Ninguém aguentava um programa político só com discursos cansativos e estáticos, não dava mais. O Brasil desenvolveu uma linguagem própria, uma narrativa ágil que une jornalismo e publicidade”, afirmou. 
Pesquisas e redes sociais – Se os programas de TV trazem uma contribuição significativa para as candidaturas nos países em que os brasileiros atuam, eles são desenvolvidos com base em um exaustivo trabalho de pesquisas de opinião – prática comum nas disputas eleitorais no Brasil que os marqueteiros também levaram para fora do país. Em campanhas com orçamentos maiores, como as presidenciais, são levadas a cabo dezenas de pesquisas quantitativas e qualitativas. As primeiras usam um questionário padronizado com múltiplas respostas e são consideradas o método mais adequado para captar manifestações conscientes dos entrevistados.
Já as pesquisas qualitativas tentam captar aspectos subjetivos nas intenções e opiniões dos eleitores. Geralmente são feitas com um grupo fechado de pessoas, selecionadas de acordo com o perfil que se pretende analisar. O grupo é estimulado a comentar e emitir opiniões sobre determinados candidatos, temas das campanhas e até trechos de propagandas eleitorais, antes de elas irem ao ar. A vantagem de uma ‘pesquisa quali’ feita com rigor é que ela pode fornecer não apenas números, mas percepções e tendências que podem ser utilizadas pelos estrategistas das campanhas, destaca Chico Mendez.
Há ainda outra modalidade de pesquisa, o tracking, que, por ser um produto caro e complexo do ponto de vista logístico, é utilizado apenas em campanhas milionárias. Feitas preferencialmente respeitando a divisão de setores censitários de cada país, as pesquisas tracking são pesquisas quantitativas em uma base diária. Com isso, os estrategistas podem “sentir o pulso” dos eleitores e notarem sutis tendências e mudanças rapidamente. Combinados, os dados do tracking e as percepções captadas pelas qualitativas compõem um arsenal poderoso para ajudar a conduzir as campanhas eleitorais.
No caso das redes sociais, extremamente populares no Brasil e cada vez mais importantes em campanhas eleitorais, em outros países essa relevância ainda não está consolidada. “Enquanto no Brasil as redes sociais estão disseminadas por todas as classes sociais e regiões, na América Latina e na África elas têm um recorte mais limitado, restritas a um público majoritariamente mais jovem e de centros urbanos”, explica Luciana Salgado, especialista em marketing digital político da Fundação Getúlio Vargas, que cita como exceção o México. Como resultado dessa discrepância, no Brasil já há experiências de uso de ‘big data’ – coleta de dados massiva – em campanhas eleitorais, ao passo que em países da América Latina, o uso das redes consiste basicamente em criar e manter perfis oficiais no Twitter, Facebook ou Instagram.
Quem indica? – Contudo, a competência dos profissionais não é o único fator a abrir portas no exterior. Einhart Jácome da Paz, que já tinha duas décadas de experiência em campanhas políticas no Brasil quando foi ajudar a eleger candidatos em Portugal, considera também o que chama de “efeito Lula”. Segundo o publicitário, o ex-presidente e seu partido se empenharam bastante na indicação de seus marqueteiros favoritos para trabalharem em campanhas políticas em outros países.
De fato, em abril do ano passado, após a morte de Hugo Chávez, Lula gravou um vídeo em apoio a Nicolás Maduro, afilhado político do coronel, que venceria a disputa presidencial com uma diferença de apenas 1,5% dos votos. João Santana, marqueteiro do PT que já havia atuado na campanha de Chávez, em outubro de 2012, também cuidou da imagem de Maduro. Com diversas campanhas e sete presidentes eleitos no portfólio, João Santana tornou-se mais poderoso e influente que a maioria dos assessores da presidente Dilma Rousseff. Segundo dados oficiais do TSE, a campanha de Dilma pagou 42 milhões de reais à empresa de Santana em 2010. Para comandar a campanha presidencial em Angola, o publicitário teria cobrado 96 milhões de reais, segundo uma reportagem da Folha de S. Paulo – ele não negou nem confirmou o valor.
Mesmo sabendo que a maior parte do preço serve para cobrir os custos de produção, campanhas políticas são negócios extremamente lucrativos – a consultoria Ernst&Young estima que a margem de lucro do mercado publicitário seja em torno de 23%. Isso sem contar o nefasto e ilegal caixa-dois, que não é contabilizado oficialmente. Durante a CPI dos Correios, no auge do escândalo do Mensalão, em 2005, o publicitário Duda Mendonça revelou pagamentos feitos com dinheiro de caixa-dois em contas bancárias fora do Brasil.
Embora milionárias, as campanhas coordenadas por agências nacionais também têm o preço como atrativo no mercado internacional, pois seguem sendo mais baratas que as de firmas de consultoria e de marketing americanas, por exemplo. “Uma empresa americana, em qualquer circunstância, cobra três vezes mais que uma brasileira. Seja no retail [varejo], seja para criar uma marca ou em qualquer ação de propaganda e marketing, os americanos fazem tudo muito mais caro”, afirma o professor Aquino Correa.
A imensa diversidade cultural e geográfica brasileira é outro fator que beneficia os marqueteiros brasileiros. Uma campanha no Amazonas é completamente distinta de uma no Recife, que ainda difere de outra no Rio Grande do Sul e assim por diante. Essa heterogeneidade de públicos e culturas ajudou a moldar profissionais flexíveis que se adaptam rapidamente – uma vantagem na hora de atuar em outros países.

Todos esses componentes, no entanto, não garantem 100% de aproveitamento no trabalho lá fora. Há espaço até para campanhas que beiram a gafe, como a do Partido Social Democrata nas eleições legislativas de 2005, em Portugal, coordenada por Einhart Jácome da Paz. Nessa campanha, uma peça publicitária de gosto duvidoso virou motivo de chacota entre eleitores. O videoclipe trazia uma gravação em português lusitano da música Menino Guerreiro, de Gonzaguinha, e muitas imagens banais do candidato a primeiro-ministro Pedro Santana Lopes. Além da interpretação piegas de uma música de um cantor brasileiro identificado com a esquerda, versos como “Guerreiros são pessoas/São fortes, são frágeis/Guerreiros são meninos” ou “É triste ver este homem/Guerreiro, menino/Com a barra do seu tempo/Por sobre seus ombros”, não contribuíram para difundir uma imagem positiva do social democrata, que perdeu as eleições. Até hoje em Portugal há quem se recorde desse vídeo como um exemplo a não ser seguido.

Reportagem de Diego Braga Norte
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/marqueteiro-politico-produto-de-exportacao-do-brasil#marqueteiros2
foto:http://chargesdodenny.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html

Programa de parcelamento de débitos é sancionado em SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou medida que estabelece um Programa de Parcelamento de Débitos (PPD) no estado. A Lei 15.387, publicada no Diário Oficialdo dia 17 de abril, permite aos contribuintes paulistas regularizar o pagamento de débitos tributários e não-tributários inscritos em Dívida Ativa de maneira similar ao que foi feito por meio Programa Especial de Parcelamento do ICMS (PEP) no ano passado.
PagamentoDébito tributárioDébito não-tributário
À vistaRedução de 75% do valor das multas punitiva e moratória

Redução de 60% do valor dos juros 
Redução de 75% do valor atualizado dos encargos moratórios
Em até 24 parcelasRedução de 50% do valor das multas punitiva e moratória

Redução de 40% do valor dos juros 
Redução de 50% do valor atualizado dos encargos moratórios
O PPD prevê a redução dos valores dos juros e das multas para a quitação de débitos de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD), taxas de qualquer espécie e origem, taxa judiciária, multas administrativas de natureza não-tributária, multas contratuais, multas penais, reposição de vencimentos de servidores de qualquer categoria funcional e  ressarcimentos ou restituições.
O advogado Paulo Iasz de Morais, do MDTG Advogados, elogiou a abrangência da lei. Ele explica que, ao contrário de outros programas anteriores, que abrangiam apenas o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), o novo programa inclui todos os débitos estaduais. “É bem interessante esta nova anistia porque abrange todos os tipos de tributos. Com isso mais contribuintes são beneficiados”, diz.
Maria Andréia Ferreira dos Santos Santos, do PLKC Advogados, comemora. “A lei representa uma excelente oportunidade para os contribuintes que possuem débitos de IPVA, ITCMD, multas não tributárias, taxas de qualquer espécie de origem e até mesmo taxas judiciárias sejam liquidadas com condições especiais de reduções de juros e multas, com destaque para os descontos de 75% para as multas e 60% dos juros para os casos de débitos tributários pagos à vista”, explica.
Apesar de não abarcar o ICMS (tributo de maior expressão estadual), a lei permite que contribuintes paulistanos mantenham-se em dia com o fisco estadual, "bem como fomenta o aquecimento da arrecadação pública para cobrir o rombo nos cofres públicos decorrentes de investimentos para a realização da Copa do Mundo", complementa o advogado Gustavo Ferreira, do Marcelo Tostes Advogados.
De acordo com a lei, poderão ser inscritos no âmbito do PPD débitos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos até 30 de novembro de 2013 e débitos não-tributários vencidos até 30 de novembro de 2013. O contribuinte que aderir ao programa poderá recolher seus débitos com redução das multas e juros em uma única vez, à vista, ou em até 24 parcelas, com acréscimo financeiro de 0,64% ao mês. A nova lei permite ao contribuinte incluir no programa o saldo de parcelamento anterior rompido ou o saldo de parcelamento em andamento.
O advogado Luis Eduardo Longo Barbosa, do Trigueiro Fontes Advogados, chama a atenção para o parágrafo 2º da 15.387/14 estabelece a possibilidade de inclusão no Programa de Parcelamento de Débitos de saldos anteriores. “Até mesmo os contribuintes do ICMS que se encontrem nessa situação, sobretudo aqueles com parcelamentos rompidos, devem acompanhar atentamente regulamentação do programa, por conta da eventual oportunidade de regularização que ele pode vir a representar”.
A lei prevê que, no caso do pagamento parcelado, o valor de cada parcela não poderá ser inferior R$ 200 para pessoas físicas e R$ 500 para pessoas jurídicas. No caso do pagamento de débitos de IPVA, o Poder Executivo estabelecerá disciplina específica sobre a transferência dos valores arrecadados para as administrações municipais, uma vez que a receita desse imposto é repartida 50% para o Estado e 50% para o município de registro do veículo. O PPD ainda depende de regulamentação que será feito por meio da edição de decreto, que definirá a forma e os prazos para adesão ao programa.

fonte:http://www.conjur.com.br/2014-abr-29/sancionada-lei-institui-programa-parcelamento-debitos-sp

Não há um nível seguro para o uso de agrotóxicos, diz professor

Relatório divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a presença de resíduos de agrotóxicos em 1.655 amostras de alimentos apontou que em 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras verificadas em 2012 os resultados foram considerados insatisfatórios.
O professor Wanderlei Pignati, médico sanitarista e doutor na área de toxicologia, têm feito há alguns anos um estudo criterioso sobre os impactos do agronegócio no meio ambiente e na saúde da população.
Atualmente, o professor foca seu trabalho na questão dos agrotóxicos. Ele apresentou nesta terça-feira (28) no primeiro dia do Seminário Nacional sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos e modelo de produção no campo promovido pela CUT em parceria com o centro de solidariedade da AFL-CIO, alguns fatos e dados que comprovam que não há um nível seguro para o uso de agrotóxicos.
Os impactos da cadeia produtiva do agronegócio são diversos. Aqueles de maior efeito para saúde e meio ambiente como poluições, intoxicações agudas e crônicas estão diretamente relacionados ao uso de agrotóxicos. “Verdadeiros venenos que apresentam riscos sanitário, ocupacional e ao meio ambiente”, resumiu Pignati.
Estudo da professora e doutora em Geografia pela USP, Larissa Mies, mostra que nos últimos 11 anos foram notificados 60 mil casos de intoxicação por agrotóxicos no Brasil. Isso representa cinco mil casos por ano e um episódio de intoxicação a cada 90 minutos.
Já o relatório divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a presença de resíduos de agrotóxicos em 1.655 amostras de alimentos apontou que em 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras verificadas em 2012 os resultados foram considerados insatisfatórios.
Um caso emblemático - em 2006, fazendeiros dessecavam soja transgênica para a colheita com paraquat (herbicida) em pulverizações aéreas no entorno do município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Uma nuvem tóxica foi levada pelo vento para a cidade e matou milhares de plantas ornamentais e medicinais, dessecou as plantas de 65 chácaras de hortaliças do entorno da cidade e desencadeou um surto de intoxicações agudas em crianças e idosos.
A partir deste fato, uma equipe do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador da Universidade Federal do Mato Grosso, liderada pelo professor Wanderlei Pignati, iniciou uma pesquisa no local entre 2007 a 2010 para coleta de dados e amostras.
O município de 37 mil habitantes, possuía IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,818 (3º do MT), produziu em 2010 cerca de 420 mil hectares entre soja, milho e algodão e consumiu 5,1 milhões de litros de agrotóxicos, principalmente herbicidas, inseticidas e fungicidas.
“Os resultados detectaram um uso intensivo de agrotóxicos nas lavouras, fato determinante para a contaminação dos vários componentes ambientais e da população, das famílias e do leite materno”, relatou Pignati.
O professor ressaltou que apesar da publicação da instrução normativa 02/2008 do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que proíbe a pulverização aérea a 500 metros de fontes de água potável, córregos, criação de animais e residências, há um desrespeito contínuo a norma.
Ele aponta também falhas no controle social, na fiscalização pública e nos estudos sobre o impacto da utilização desenfreada destes produtos.
Banidos em outros países, alguns agrotóxicos continuam sendo empregados livremente no Brasil, país que lidera o ranking mundial de consumo de agrotóxicos e que mais emprega pesticidas em suas lavouras. Em 2010, o consumo foi de 828 milhões de litros, o equivalente a cerca de cinco litros de veneno por habitante.
Os danos à saúde vão desde aos agravos agudos (gastrointestinais e hepáticos), como também agravos crônicos psiquiátricos (depressão, distúrbios do desenvolvimento), neurológicos (surdez, doença de Parkinson), desreguladores endócrinos (diabetes, hipotireoidismo, infertilidade, aborto), teratogênicos (má formação, abortos), mutagênicos (induz defeitos no DNA dos espermatozóides e óvulos) e carcinogênicos (mama, ovário, próstata, testículo).
Vignati destacou algumas medidas urgentes a serem ratificadas como o cumprimento da legislação, proibição de pulverizações por avião e do uso de agrotóxicos já barrados na União Européia, fim dos subsídios públicos a esses venenos.
“Esta deve ser uma luta da CUT e de toda população, seja ela rural ou urbana, pois direta ou indiretamente todos são afetados. Na União Européia a proibição dos agrotóxicos ocorreu a partir de uma conscientização e mobilização dos consumidores e esse é o caminho que devemos seguir, com a divulgação sobre efeitos da utilização indiscriminada destes produtos para a saúde e meio ambiente”, disse Pignati, que integrou a primeira direção da CUT.
Antes da apresentação do professor da UFMT, o Seminário contou com a participação de Jasseir Fernandes, Jacy Afonso, Eduardo Guterra e Rogério Pantoja, todos da direção nacional da CUT, além do presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto e da diretora do centro de solidariedade da AFL-CIO, Jana Silverman. As lideranças enfatizaram a importância do Seminário para aprofundar a análise e o debate sobre um tema ainda pouco conhecido na sociedade.

fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/28316
foto:http://www.liberoalimentos.com.br/2012/12/agrotoxicos-perigo-real-para-as-criancas.html

Erosão é ameaça maior para cidades costeiras do que elevação do mar, dizem cientistas



A erosão do solo é uma ameaça mais imediata para as cidades costeiras do mundo do que a elevação do nível do mar, segundo cientistas.
Em algumas partes do globo, o solo está cedendo dez vezes mais rápido que a elevação do nível da água. As causas geralmente estão relacionadas a intervenções humanas na natureza.
Décadas de extração de água fizeram, por exemplo, o solo da cidade de Tóquio ceder dois metros antes da prática ser abolida.
Discursando na Assembleia geral do Sindicato Europeu de Geociência, pesquisadores disseram que outras cidades devem seguir o exemplo japonês.
Abaixo do nível do mar
Gilles Erkens, do Instituto de Pesquisas Deltares (IPD), em Utrecht, na Holanda disse que partes de Jakarta, na Indonésia, Ho Chi Minh, no Vietnã, Bangcoc, na Tailândia, e uma série de outras cidades costeiras podem chegar a patamares abaixo do nível do mar ao menos que medidas sejam tomadas.
"A erosão do solo e a elevação do nível do mar estão ocorrendo ao mesmo tempo e contribuindo para um problema em comum: inundações cada vez mais graves", disse Erkens à BBC.
O grupo de cientistas do IPD analisou as soluções criadas por essas cidades para o problema e identificou as melhores iniciativas, .
"A melhor solução é também a mais rigorosa: parar de extrair água potável do subsolo. Mas, é claro, estas cidades precisarão de novas fontes de água potável. Tóquio fez isso, e a erosão praticamente parou. Veneza, na Itália, também fez isso."
Extração de água
A cidade italiana registrou uma intensa erosão no último século por causa da constante extração de água do subsolo.
Quando isso parou, a erosão foi interrompida, segundo análises feitas nos anos 2000.
"Quando um edifício é reformado, seu peso aumenta. Isso pode fazer o solo ceder até cinco milímetros por ano", afirma Teatini.
A intensidade da erosão depende de quão compacto é o solo abaixo dos edifícios, de acordo com a pesquisa.
Erosão natural
Como todas as cidades Veneza ainda tem que lidar com a erosão natural do solo.
Processos geológico fazem o solo da cidade ceder cerca de um milímetro por ano. Mas, de forma geral, o impacto gerado por intervenções humanas é maior do que a erosão natural.
Agora, cientistas têm uma ferramenta poderosa para analisar essa questão. Um equipamento conhecido como Interferometric Synthetic Aperture Radar sobrepõe imagens de satélite captadas ao longo do tempo para identificar as deformações do solo.
O banco de imagens tem registros feitos a partir dos anos 1990.
Enquanto isso, a Agência Espacial Européia acaba de lançar um novo satélite para ajudar neste tipo de estudo.



fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2014/04/30/erosao-e-ameaca-maior-para-cidades-costeiras-do-que-elevacao-do-mar-dizem-cientistas.htm

29/04/2014

Olha a banana aí!


banana, o quarto alimento mais produzido no mundo e uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros, também é conhecida pelo seu alto teor de cálcio e potássio. Por ser extremamente benéfica aos praticantes de exercícios físicos, a banana recebe o status de ‘alimento dos atletas’, já que ajuda na prevenção de câimbras e dores musculares.
Originária do sudeste da Ásia, a fruta está presente em muitos países, inclusive no Brasil e, por aqui as principais variedades da fruta que você pode encontrar são: banana-da-terra, prata, maçã, nanica e ouro.
Outro fator que a deixa tão presente em nossas mesas é o seu valor. "Por ser encontrada a preços populares ela sempre está presente à mesa dos brasileiros", afirma a nutricionista Dafne Oliveira.
No entanto, a banana traz outros benefícios à saúde. Uma coisa que ninguém sabe é que a fruta é um excelente aliado para quem precisa combater a insônia. "A banana possui triptofano, um aminoácido precursor da melatonina, hormônio do sono. Sendo uma ótima pedida para se comer à noite", revela a nutricionista.
Já para aqueles que estão pensando em emagrecer e precisam conter os ataques à geladeira, a banana é indicada também como sobremesa, pois prolonga a sensação de saciedade. Isso também ocorre por causa do triptofano, que ajuda a controlar a compulsão por doces. Por isso, ao contrário do que muitas pessoas pensam, ela é uma opção certeira para quem está de dieta.
Outra variedade que faz muito bem para o organismo, mas ainda é pouco consumida é a banana verde. Segundo a nutricionista, a fruta nesse estágio é um excelente alimento funcional. "Por ainda estar verde, a banana concentra altas quantidades de fibras solúveis como a inulina, sendo considerada um prebiótico natural, ou seja, um alimento que contem bactérias boas que auxiliam em nosso intestino", comenta Dafne.
Para quem nunca experimentou banana verde, a nutricionista ainda explica que existe diferentes jeitos de consumir a fruta. "Ela pode ser ingerida na forma de farinha ou de biomassa (conseguimos obter mais benefícios com esta última). A farinha pode ser adicionada em refeições, líquidos, frutas, e até em bolos e pães. Já a biomassa, pode ser batida com um suco ou vitamina", conclui.
fonte:http://maisequilibrio.com.br/saude/olha-a-banana-ai-5-1-4-452.html
foto:http://www.clickgratis.com.br/virtual/saude/tipos-de-bananas-e-seus-beneficios/

Uma receita especial para você:

Croissant de Banana


Ingredientes
400 g de massa folhada de abrir com o rolo
4 bananas-da-terra
Para pincelar
1 gema
4 colheres (sopa) de água
Acessório
Forma untada com manteiga

Modo de fazer
Aqueça o forno a 200ºC por cerca de 15 minutos. Abra a massa folhada e corte-a em quatro triângulos iguais. Descasque as bananas-da-terra e ponha cada uma em uma das pontas dos triângulos cortados. Enrole a massa ao redor da banana. Disponha na assadeira untada e reserve. Dissolva a gema na água e pincele os croissants com a mistura para deixá-los mais brilhantes. Leve ao forno pré-aquecido e asse até dourar. Na hora de servir, se preferir, pincele o croissant com mel.

fonte:http://gshow.globo.com/receitas/croissant-de-banana-4ffb12c34d38857a68000041
foto:http://pitacosculinarios.blogspot.com.br/2010/11/croissant-de-banana.html

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Lanche popular nos aeroportos da Infraero — de barato não tem nada

Lanche popular
Um levantamento da Proteste revelou que lanchonetes populares dos aeroportos de Curitiba (PR), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS) desrespeitam as regras da Infraero em relação aos preços do chamado "lanche popular". Desde 2012, alguns pontos de vendas oferecem uma lista de 15 produtos com preços mais acessíveis, definidos pela Infraero após pesquisas feitas nos mercados locais. A ideia da estatal era "controlar" os preços cobrados de alguns produtos (fornecidos por meio de licitações) dentro de um piso preestabelecido. Contudo, segundo a Proteste, o barato está saindo caro — mostrando mais uma vez que o controle de preços invariavelmente traz prejuízos ao consumidor.
A associação pesquisou 50 estabelecimentos de 14 aeroportos, localizados nas 12 cidades da Copa do Mundo. Na lanchonete popular Rapid In, no Aeroporto Internacional Afonso Pena (Curitiba), foi constatado que cinco produtos que estavam sendo vendidos acima do preço tabelado. O misto quente, por exemplo, que deveria custar 2,90 reais, estava sendo comercializado a 3,30 reais. "O único suco natural do cardápio, o de laranja, tem o preço de 4 reais, enquanto deveria ser 3,10 reais", diz o relatório.
No aeroporto internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador), a lanchonete popular Conexão Café cobra 5 reais pela água de coco, 1,80 real a mais do que prevê a Infraero. Já na lanchonete Trop Café, do aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre), o sanduíche natural é vendido por 6,50 reais – deveria ser 6 reais. "Também se verificou flagrante exemplo de fraude na quantidade de bebida servida. Há lanchonetes populares, como as dos aeroportos de Rio de Janeiro (Santos Dumont), São Paulo (Congonhas), Recife e Fortaleza que servem capacidades menores que as estipuladas pelo contrato da Infraero, cobrando, contudo, o mesmo valor", disse a associação de consumidores. 
Entre os casos de aumento de preços de outros produtos, a Proteste cita do brownie da popular BC Express, no Aeroporto de Congonhas (São Paulo), que custa 6,75 reais - 2,25 reais mais caro do que o do Fly Café, no mesmo aeroporto, que, por sua vez, não participou de qualquer licitação. O mesmo ocorre com a empanada custa 6,50 reais na lanchonete popular Palheta, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio, enquanto o mesmo produto sai por apenas 3,60 reais na Kafe, lanchonete convencional.
A discrepância apurada pela Proteste evidencia não apenas a má-fé dos comerciantes, mas também a ineficácia de qualquer tipo de política de controle de preços. Prova disso é que a própria Proteste apurou que, em algumas lanchonetes autorizadas a vender os tais "produtos populares", os preços de outros produtos não controlados subiram como forma de equalizar a queda da margem dos comerciantes. Ou seja, todos os consumidores saem perdendo.
Sinalização - A associação destaca ainda que em metade dos aeroportos pesquisados há pouca informação sobre quais lanchonetes são populares. Apenas Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro (Santos Dumont) têm cartazes indicando sua existência. 
Em janeiro a Infraero lançou a campanha "Lanche Popular" com o objetivo de padronizar a identidade visual desses estabelecimentos. Em fevereiro foram disponibilizados cardápios em braille para deficientes visuais.
A primeira loja com preço controlado foi inaugurada em julho de 2012, em Curitiba. A Infraero planeja que todos os aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014 recebam lanchonetes com preços controlados. 

fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/lanche-popular-nos-aeroportos-da-infraero-de-barato-nao-tem-nada#lanche

Os linchamentos e a impunidade se retroalimentam na América Central


Aconteceu no último dia 9 de abril. Menos de 100 metros a leste do edifício principal da Assembleia Legislativa da Costa Rica, um homem assaltou uma grávida e roubou uma bolsa dela. Quando estava fugindo, ele foi pego por uma multidão e linchado em plena via pública, antes de ser resgatado e detido pela polícia.
Uma costarriquenha que, em cumplicidade com seu namorado, é suspeita de assassinar a pancadas o seu filho de nove meses, foi espancada em 12 de abril. O ato de violência aconteceu em uma prisão feminina em San José, onde outras presas bateram na mulher menos de 24 horas depois que ela entrou na cadeia.
Uma multidão de mais de 2.500 pessoas matou um jovem de 18 anos acusado de assalto, roubo, sequestro e estupro durante um linchamento em outubro de 2011 na capital da Guatemala.
Por esses e muitos outros exemplos, da Guatemala ao Panamá, os linchamentos surgiram na América Central como parte de uma suposta “justiça popular”, apesar do risco de serem mecanismos de “limpeza social”. Tudo isso no contexto do fracasso do Estado de acabar com a violência e evitar a promoção da impunidade, um dos males do antigo aparato legal da região.
Um dos casos sangrentos abalou Honduras em maio de 2012, no departamento de Colón, no leste do país: um homem de 48 anos esfaqueou até a morte uma mulher de 24 anos que havia tentado estuprar. Quando tentou escapar, foi capturado por um grupo de moradores enfurecidos que, a chutes e pedradas, matou o homem e impediu a intervenção da polícia.
A pior situação ocorre na Guatemala devido aos costumes indígenas de desconhecer e desconfiar das estruturas institucionais de justiça. Um relatório da Procuradoria de Direitos Humanos da Guatemala, um órgão estatal, entregue ao EL PAÍS revelou que, de janeiro de 2004 a novembro de 2013 houve 295 assassinatos – entre eles 14 mulheres – por linchamento. Além disso, 1.704 pessoas ficaram feridas nesse tipo de ação.
A Guatemala passou de uma média mensal de 4,5 feridos e mortos em linchamentos em 2004 para 42,43 em 2013. Durante o período, houve 1.224 outros casos de “retenções multitudinárias”, quando os suspeitos de cometer crimes são retidos por comunidades. Em Honduras, só em 2005 houve 15 linchamentos e 30 execuções extrajudiciais.

Fenômenos próximos

A América Central é considerada uma das regiões mais violentas do mundo, com as médias regionais de homicídios superiores a 27 para cada 100.000 habitantes. Em sua pesquisa sobre os problemas de insegurança na região, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) identificou que neste tipo de incidente – a vingança, o ajuste de contas ou a justiça com as próprias mãos – há dois fenômenos próximos, mas com características próprias: linchamentos e as operações de “limpeza social”.
Os linchamentos, de acordo com o PNUD, são atos puníveis sob a cobertura de uma suposta “justiça popular” exercida por multidões. A “limpeza social” é realizada por grupos ou esquadrões da morte sob o pretexto de libertar uma comunidade de pessoas indesejáveis. O PNUD descreve duas situações que acontecem na América Central. Por um lado, considera os linchamentos uma forma de ação coletiva para exercer a violência contra a pessoa ou as pessoas que são consideradas autoras de um crime. Consequentemente, seriam atos de caráter privado e ilegais que se traduzem em uma punição física forte e que nem sempre levam à morte. Estas ações ocorrem como reação emocional e espontânea de um grupo de pessoas e normalmente são promovidas por líderes que estimulam o povo a fazer uma “justiça de emergência”.
Por outro lado, o órgão considera que existem operações de “limpeza social” que envolvem o acordo prévio e calculado de um conjunto de pessoas para matar moradores de rua, viciados em drogas, prostitutas ou outros membros de grupos marginalizados. Também têm como alvo pessoas identificadas ou estigmatizadas como autores habituais de crimes, como jovens de bairros populares e gangues.
Tais atividades podem ou não incluir a participação de membros das forças de segurança do Estado. Quando eles agem em conluio ou intervêm diretamente, trata-se de “execuções extrajudiciais”. Estas práticas são atribuídas à incapacidade do Estado de levar a julgamento e punir legalmente os infratores, embora reflitam uma “cultura doente” de desrespeito à lei.
Sem resposta do Estado, “a cultura da violência e o desespero prevalente na população” contribuem “para o excesso de violência na Guatemala”, advertiu a guatemalteca Claudia Samayoa, pesquisadora do fenômeno regional da insegurança, quando consultada pelo El PAÍS. Há um “clamor social para a aplicação de políticas repressivas e violentas”, como a pena de morte, ou o “consentimento” para executar a “mal chamada limpeza social (execuções extrajudiciais) e o caso mais extremo é evidenciado pelo aumento dos linchamentos”, alertou.

Reportagem de José Meléndez
fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2014/04/16/internacional/1397664791_353323.html
foto:http://www.epochtimes.com.br/a-violencia-das-gangues-na-america-central/#.U191-oFdWAE

“Somos todos macacos” foi arquitetado por agência de publicidade

A campanha de Neymar, lançada após o ato racista contra Daniel Alves, teve o envolvimento da Loducca, uma das maiores agências do país; até camisetas da campanha já estão disponíveis para venda .


A hashtag #somostodosmacacos, lançada por Neymar no último domingo (27) e apoiada, em seguida, por outros famosos, não foi uma criação do jogador da seleção brasileira.
De acordo com o site Meio e Mensagem, um portal sobre comunicação, a agência Loducca confirmou que se uniu ao jogador pois ele teria enxergado a necessidade de se criar uma ação contra o racismo, tendo em vista recentes episódios de preconceito em que atletas brasileiros foram vítimas.
“Em parceria com o jogador e com a equipe dele, fizemos essa ação por uma necessidade. Há algumas semanas, o Neymar e o Daniel Alves foram afetados por manifestações racistas. Na volta do jogo, torcedores imitaram macacos para o Neymar quando ele saiu do ônibus. E ele entendeu que havia a necessidade de se criar uma campanha para essa causa”, afirmou ao portal Guga Ketzer, sócio e vice-presidente de criação da Loducca.
A campanha foi encabeçada por Neymar após o jogador Daniel Alves comer uma banana atirada em campo por um torcedor durante a partida entre Barcelona e Villareal no último domingo (27). Alguns nomes conhecidos, como o apresentador Luciano Huck, o jogador de futsal Falcão, o músico Alexandre Pires, e o colunista Reinaldo Azevedo postaram fotos com bananas e a hashtag #somostodosmacacos.

O movimento, no entanto, não se limita ao uso das hashtags nas fotos. Agora, um vídeo da agência explicando a campanha já circula na rede e até camisetas com o tema já estão sendo vendidas, inclusive, na loja virtual do apresentador Luciano Huck.

fonte:http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/04/somos-todos-macacos-foi-arquitetado-por-agencia-de-publicidade/

Como funciona a máquina de fazer santos da Igreja Católica

Os mais novos santos: João Paulo 2º e João 23

Uma vida repleta de virtudes heroicas, exemplos de fé e devoção a Deus. Some-se a isso dois milagres comprovados e estão cumpridos basicamente os requisitos mínimos para se criar um santo da Igreja Católica.
O processo, no entanto, depende de uma máquina burocrática complexa em que qualquer desvio de caráter pode custar o título ao candidato - e a certeza de que, invariavelmente, cairá no esquecimento dos fiéis.
Na Igreja Católica, a canonização normalmente leva tempo e depende de inúmeras circunstâncias legais, mas, de tão azeitada, a engrenagem foi apelidada de "fábrica de santos".
Por esse processo, passaram João Paulo 2º, João 23 - com variações em função das épocas e dos casos - e centenas de santos reconhecidos pelo Vaticano até hoje.
Cabe à Congregação para as Causas dos Santos a função de "regular o exercício do culto divino e de estudar as causas dos santos".
Por meio desse "ministério da santidade", dirigido pelo cardeal italiano Angelo Amato, que passam as "fichas" dos candidatos à canonização.
No entanto, a palavra final sempre é do papa, o único com poder para decretar, de fato, a santidade. Nas últimas décadas, esse poder vem sendo exercido cada vez com mais assiduidade.
Durante seu papado, João Paulo 2º nomeou mais de 480 santos, mais do que o restante dos pontífices desde o século 16 juntos.
Apesar de o ritmo ter sido reduzido por Bento 16, que canonizou 44 santos durante seu curto papado, Francisco dá sinais claros de que quer retomá-lo. Em pouco mais de um ano como pontífice, o argentino já realizou mais de dez canonizações.
Em uma delas, Francisco canonizou de uma vez só 800 mártires, os chamados "mártires de Otranto", que, por razões metodológicas, são contabilizados como uma única canonização.
Segundo especialistas, essa proliferação dos santos se deveu à reforma do processo de canonização nas últimas décadas. O próprio papa João Paulo 2º, tratou de simplificá-lo em 1983.
Enquanto que alguns criticam a multiplicação e o ritmo acelerado das canonizações, considerando que isso diminui o valor da santidade, a Igreja busca estabelecer "exemplos de vida" mais próximos dos cristãos contemporâneos.
Quem pode ser santo?
A santidade, como tantos outros temas relacionados com a religião, é uma questão de fé.
"Qualquer um pode ser canonizado, independentemente de sua origem, condição social ou raça... É preciso apenas que tenha tido uma vida de santidade, que tenha vivido as virtudes cristãs de um modo heroico e que haja ausência de obstáculos insuperáveis", afirmou à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Santiago Blanco, bispo de Cruz del Eje e juiz delegado da Congregação para as Causas dos Santos, na Argentina.
No entanto, para que o processo de canonização seja iniciado, o nome do candidato deve ser proposto à diocese, geralmente do lugar onde morreu. Este é considerado o primeiro "filtro" rumo à canonização.
"Todo cristão pode propôr o nome de alguém, mas geralmente os nomes são propostos por dioceses, comunidades religiosas de homens ou mulheres ou grupos de leigos", disse à BBC Mundo Gerardo Sanchéz, juiz supremo para as Causas dos Santos do arcebispado da Cidade do México.
"Nihil obstat"
"Em primeiro lugar, a história do candidato é analisada, incluindo depoimentos de pessoas que conviveram com ele. Em seguida, o bispo pergunta as outras dioceses do país se o caso deve ser aberto. E depois disso a petição segue à Roma onde recebe o nihil obstat , uma espécie de certificado de que não há coisas insuperáveis que tornam impossível o início do caso", acrescentou White.
Após o "nihil obstat", a primeira das duas fases do processo de canonização, começa a "fase diocesana", que, uma vez concluída, passa a ser chamada "fase romana".
Na fase diocesana, o bispo constitui um tribunal ou uma comissão de investigação que estuda em detalhes a história do indivíduo, de sua família e do contexto em que ele viveu. Cabe ao "postulatore della causa" a realização do processo de recolha e pesquisa, como explicou à BBC Brasil o padre Marco Sanavio, diretor de comunicações da diocese de Pádova, na Itália.
Dois milagres
A partir desse momento, para concluir o processo de canonização, a Igreja pede a comprovação de dois milagres atribuídos ao candidato.
No entanto, o papa pode dispensar o candidato desta condição. Isso aconteceu, por exemplo, com João 23, que nomeou São Francisco com apenas um milagre reconhecido.
Segundo White, os "mártires" também estão isentos dessa premissa, uma vez que, segundo a Igreja, eles "morreram como resultado de sua fé".
A verificação de um milagre é talvez um dos problemas mais complexos e controversos e segue um processo semelhante para as duas fases anteriores da canonização, uma na diocese e uma em Roma.
A fase romana inclui a revisão por um tribunal médico e outros peritos teólogos antes de uma comissão de bispos e cardeais compartilharem sua opinião .
"Se o parecer for favorável, cabe apenas ao Santo Padre assinar o decreto de canonização", disse White.
O que significa ser santo ?
Enquanto o culto dos beatos é local, o dos santos pode ser exercido em qualquer lugar.
"Teologicamente significa que podemos garantir que não haja risco de erro que a pessoa que está nos céus", disse à BBC Fermín Labarga, professor de Direito Canônico na Universidade de Navarra.
"Para o Papa canonizar exerce a sua infalibilidade . Certamente isso é um fato da fé", conclui Labarga.




Reportagem de Luis Barrucho

fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2014/04/27/como-funciona-a-maquina-de-fazer-santos-da-igreja-catolica.htm
foto:http://pilulasliturgicas.blogspot.com.br/2013/09/confirmada-data-da-canonizacao-de-joao.html

28/04/2014

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Os perigos do uso da testosterona como 'elixir da juventude'



O número de prescrições para suplementos de testosterona saltou em todo o mundo na última década. Mas há receios de que o medicamento esteja sendo usado mais do que necessário e não seja seguro para a saúde.
Há um ponto na vida de um homem em que ele começa a se sentir desanimado. Cansado, mal humorado, apático. Nos Estados Unidos, os canais de TV estão repletos de anúncios de homens bonitões de meia idade com cabelo grisalho, cansados demais para jogar basquete e impacientes até quando estão em um encontro romântico com uma linda mulher.
Este anúncios estão vendendo uma nova doença para o público: "Baixa T" ou baixos níveis de testosterona - o hormônio produzido nos testículos, responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais.
A síndrome até ganhou seu próprio site, isitlowt.com, criado pela empresa framacêutica Abbvie, em que homens podem completar um quiz com perguntas do tipo: "Você está triste e/o mal humorado? Está com falta de energia? Você fica sonolento após o jantar?"
Isso pode parecer com quase todos os homens de meia idade que você conhece, mas se os usuários do site respondem "sim" à maioria das perguntas, são orientados a conversar com seu médico.
Mercado
Nos Estados Unidos, onde o marketing direto de medicamentos é permitido ("Pergunte ao seu médico sobre nosso novo produto!") as drogas são promovidas nas mais variadas formas, de comprimidos e injeções à cremes e gel.
Desde 2001, receitas de testosterona nos Estados Unidos para homens acima dos 40 anos mais do que triplicaram. Atualmente 1,7 milhão de homens são orientados a usar os suplementos hormonais.
"A questão é: há realmente um problema a ser tratado?", indaga a médica Lisa Schwartz, do Dartmouth College. Conforme brinca o comediante Stephen Colbert, Baixa T é "uma condição de saúde identificada por uma fermacêutica que antigamente era conhecida como envelhecer".
Médicos concordam que uma pequena proporção de homens (cerca de 0,5%) precisa de terapia com testosterona. Entre eles estão homens com doenças genéticas ou cujos testículos, onde a testosterona é produzida, não funcionam mais após tratamentos com quimioterapia. E foi para casos como esses que a Food and Drug Administration (FDA) autorizou a venda dos medicamentos nos Estados Unidos.
Mas esses homens não são os únicos com baixa testosterona e acredita-se que o crescimento vertiginoso no número de receitas, principalmente para o de gel roll-on esteja direcionado a um grande grupo de homens que não sofrem de problemas genéticos.
Os níveis de testosterona em homens tendem a cair constantemente após os 40 anos e podem flutuar de um dia para outro.
"Em qualquer momento da vida, a testosterona cai. Seja por doença ou qualquer outro motivo", explica o médico Richard Quinton, endocrinologista da Royal Victoria Infirmary, em Newcastle, Inglaterra.
"Se você fica acordado a noite toda, no dia seguinte a sua testosterona vai cair. Até se você come demais", afirma.
Quinton é um dos vários especialistas que acreditam que o baixo nível de testosterona, referida pelos médicos como "hipogonadismo", não é uma razão para prescrever medicamentos na ausência de um problema físico observável ou de um diagnóstico clínico.
Por sua vez, a farmacêutica Abbvie defende a forma como comercializa seus medicamentos, argumentando que sua campanha de sensibilização para o problema é focada em "educar os homens sobre hipogonadismo e incentivar o diálogo com seu médico".
Efeitos colaterais
Muitos médicos, no entanto, apostam na capacidade da terapia de testosterona de fazer os homens se sentirem melhor. E alguns pacientes concordam.
Bill, um professor aposentado na Flórida que não quis divulgar seu sobrenome, sempre foi um homem ativo. Mas quando completou 60 anos, sentiu que seus níveis de energia caíram drasticamente.
"Era como se eu corresse uma maratona todo dia", lembra ele. Seu desejo sexual e sentimentos românticos saíram "voando pela janela", descreve ele.
Há quatro anos ele usa um gel de testosterona que aplica sobre o ombros e diz se sentir outra pessoa.
Mas, a exemplo do tratamento de reposição hormonal para mulheres, ligado ao aumento do risco de câncer de mama, ataques do coração e derrame, a terapia com testosterona também pode ter efeitos colaterais.
Um estudo publicado em novembro no Journal of American Medical Association analisou o histórico médico de 8,7 mil veteranos americanos, muitos deles com problemas cardíacos e todos com níveis de testosterona aparentemente baixos.
Os homens que haviam recebido tratamento com suplementos hormonais tiveram um risco 30% maior de derrame, ataque cardíaco e morte.
Um segundo estudo, publicado em janeiro no PLoS ONE, analisou os registros médicos de 55 mil homens que tinham sido prescritos com testosterona. Os especialistas concluíram que os homens com mais de 65 anos tiveram duas vezes mais riscos de sofrer um ataque cardíaco 90 dias depois de terem iniciado o tratamento.
Alguns pacientes entraram com ações na Justiça contra a Abbvie, alegando que a empresa não lhes avisou sobre os riscos.
Para Hugh Jones, Professor da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, a terapia com testosterona não é arriscada desde que os médicos façam o diagnóstico correto e monitorem o tratamento.
"Se você pegar o paciente certo e tratá-lo adequadamente, você pode mudar a vida de alguém", diz ele.
Embora não haja nenhuma evidência conclusiva de que os medicamentos sejam prejudiciais à saúde, Richard Quinton defende que homens mais velhos e debilitados devem evitá-los.
"A testosterona não é o elixir da vida. É um ótimo tratamento para homens com verdadeira deficiência de testosterona, mas não prolonga a vida para aqueles que não são propriamente deficientes do hormônio."


fonte:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2014/04/28/os-perigos-do-uso-da-testosterona-como-elixir-da-juventude.htm
foto:http://www.receitaanabolica.com/perigos-reais-e-efeitos-colaterais-dos-anabolizantes.html

As 10 cidades mais igualitárias do Brasil


O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. A constatação é do índice de Gini, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o mais famoso indicador para medir distribuição de renda, no qual a Noruega.
No entanto, o Brasil tem registrado avanços nos últimos anos para diminuir sua desigualdade, mas o abismo entre os ricos e pobres ainda é gritante. Algumas cidades do país, todavia, contam com distribuição de renda mais equitativa do que as demais.
Por exemplo: entre os 4,5 mil moradores de São José do Hortêncio, no Rio Grande do Sul, não será possível encontrar nenhum bilionário ou multimilionário como aqueles que existem, em certa quantidade, em São Paulo. Mas tampouco será fácil localizar uma pessoa que não saiba ler e escrever: a taxa de analfabetismo, pouco maior que 1%, está entre as menores do Brasil.
E praticamente todos os cidadãos, com mais ou menos renda, estudam em escola pública até o ensino médio – trata-se da única opção disponível. Este cenário de pouca desigualdade garantiu à pacata cidade, junto com a também diminuta Botuverá, em Santa Catarina, o título de mais igualitária do país.
O ranking que pode ser visto a seguir é dominado por municípios do Sul e alguns poucos exemplares do Sudeste. “As cidades do Sul são menos desiguais em parte porque a população costuma ser mais educada, a desigualdade educacional costuma ser menor. São populações mais homogêneas”, afirma Rafael Osório, técnico do Ipea especialista em estudos de distribuição de renda.
A desigualdade de renda é tida como um elemento que atrapalha a coesão social, impedindo que indivíduos – sejam mais ricos ou mais pobres – sintam-se parte da mesma sociedade.
1) SÃO JOSÉ DO HORTÊNCIO (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,36
População – 4.094
Em São José do Hortêncio, os 10% mais ricos ganham 4 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

2) BOTUVERÁ (SC)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,49
População – 4.468 habitantes
Em Botuverá, os 10% mais ricos ganham 4,1 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

3) ALTO FELIZ (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,41
População – 2.917 habitantes
Em Alto Feliz, os 10% mais ricos ganham 4,2 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

4) SÃO VENDELINO (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,50
População – 1.944 habitantes
Em São Vendelino, os 10% mais ricos ganham 4,3 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

5) VALE REAL (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,36
População – 5.118 habitantes
Em Vale Real, os 10% mais ricos ganham 4,1 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

6) SANTA MARIA DO HERVAL (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,30
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,39
População – 6.053 habitantes
Em Santa Maria do Herval, os 10% mais ricos ganham 4,4 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

7) CAMPESTRE DA SERRA (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,31
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,39
População – 3.247 habitantes
Em Campestre da Serra, os 10% mais ricos ganham 4,5 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

8) TUPANDI (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,31
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,41
População – 3.924 habitantes
Em Tupandi, os 10% mais ricos ganham 4,6 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

9) CÓRREGO FUNDO (MG)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,32
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,50
População – 5.790 habitantes
Em Córrego Fundo, os 10% mais ricos ganham 4,9 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

10) MORRO REUTER (RS)
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,32
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,38
População – 5.676 habitantes
Em Morro Reuter, os 10% mais ricos ganham 4,9 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

Obs: O índice varia de 0 a 1. Só alcançaria zero se todo mundo em um local pesquisado tivesse exatamente a mesma renda. E exatamente um, apenas se uma pessoa concentrasse todo o dinheiro. Na prática, portanto, o índice nunca encosta nesses extremos, só que quanto mais perto de zero, melhor. O da Noruega, por exemplo, é de 0,25. Já o do Brasil é de 0,50.

Via Envolverde, por Redação do EcoD
fonte:http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/04/10-cidades-mais-igualitarias-brasil/
foto:http://vivendocomofilhasdorei.blogspot.com.br/2013/03/direito-educacao.html