Pesquisa em São Paulo, que ouviu 1.400 docentes, mostra que 84% conhecem algum caso de violência onde lecionam.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgou na última quinta-feira uma pesquisa sobre a violência praticada nas escolas estaduais de 167 municípios. Os índices mostram que 44% dos 1.400 professores ouvidos já sofreram algum tipo de violência na escola. A agressão verbal é a forma mais comum de ataque, tendo atingido 39% dos docentes, seguida de assédio moral (10%), bullying (6%), agressão física (5%), discriminação (5%) e furto (5%). No total, 84% dos profissionais ficaram sabendo, em 2012, de casos de agressão nas escolas onde lecionam e 57% as consideram violentas.
Em média, quem mais sofre violência escolar são os educadores do sexo masculino que lecionam no ensino médio: 65% deles foram agredidos de alguma forma. A taxa mais baixa é para o professor homem do ensino fundamental um - um em cada quatro docentes foi violentado. De acordo com 95% dos entrevistados, o principal autor da violência na escola é o próprio aluno, que também é a maior vítima, como dizem 83% dos profissionais.
A pesquisa também aponta que 72% dos professores costumam presenciar brigas entre os alunos, enquanto 62% testemunharam ofensas aos próprios docentes. Além disso, 42% já perceberam que seus alunos estavam sob o efeito de drogas e três em cada dez docentes presenciaram tráfico nas escolas em que trabalham. Essa questão das drogas é, na opinião de 15% dos educadores, o principal motivo da violência escolar, atrás da desestruturação familiar (47%), da forma como o aluno é educado em casa (49%) e da falta de respeito, educação e valores do estudante (74%).
Quando perguntados sobre quem deve ser o principal colaborador para reduzir a violência na escola, 35% afirmaram que a tarefa cabe aos pais ou responsáveis, enquanto 25% disseram que a própria escola deve tomar a iniciativa. Nesse quesito, o estudo mostra que 71% das escolas menos violentas possuem algum tipo de campanha contra a violência escolar, contra 57% nas escolas mais violentas.
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