01/06/2013

Os 10 postos de trabalho mais difíceis de preencher no Brasil


O Brasil ocupa a segunda posição em um ranking mundial divulgado na última terça-feira que pretende medir a dificuldade que as empresas enfrentam para contratar funcionários — ou o déficit de talentos disponíveis. Conduzido pelo ManpowerGroup, empresa especializada em seleção com escritórios em 80 países, o estudo Talent Shortage Global Survey (Pesquisa global de falta de talentos) ouviu 38.618 empregadores em 42 nações. No Brasil, 68% dos entrevistados relataram dificuldades para preencher vagas em suas organizações. O índice é quase o dobro da média global, de 35%.
É a segunda vez consecutiva que o Brasil aparece na vice-liderança do ranking. Em primeiro lugar, está o Japão, onde 85% dos gestores disseram que a falta de profissionais capacitados dificulta a contratação de pessoas com habilidades necessárias. A terceira colocação ficou com a Índia, com taxa de 61%.
O estudo aponta também os dez postos de trabalho, no Brasil, em que há maior dificuldade para o preenchimento de vagas. Técnicos, operadores de produção e profissionais da área de finanças formam o "top 3". "A falta de profissionais de habilidades técnicas é um problema estrutural no país, já que os cursos técnicos não são prioridade na formação dos jovens", afirma Riccardo Barberis, diretor do ManpowerGroup no Brasil.
A taxa global de escassez de talentos em 2013, de 35%, é a maior desde 2008. Nos dois primeiros anos do estudo, 2006 e 2007, os índices foram de 40% e 41%, respectivamente.
Entre os obstáculos para a contratação, figuram, em ordem, falta de competências técnicas dos candidatos (34%), escassez de profissionais (32%) e inexperiência dos aspirantes às vagas oferecidas (24%).
O estudo alerta para o fato de que as dificuldades relatadas pelos empregadores não têm relação, necessariamente, com as taxas de desemprego dos respectivos países. O Japão, por exemplo, ostenta taxa de desemprego similar às da China e Taiwan — que, por sua vez, enfrentam escassez de talentos bem menor: 35% e 45%.
No outro oposto do ranking, o de países menos propensos a apagões de talentos, aparecem Irlanda e Espanha. Esse países têm índices em torno de 3%.


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