07/04/2012

Estudo demonstra aumento no número de casos de câncer de pele entre jovens


Os casos de câncer de pele estão em ascensão entre os jovens, segundo um estudo publicado nos Estados Unidos, que sugere que os centros de bronzeamento artificial e a falta de aplicação de protetor solar em crianças podem estar por trás deste aumento.


Entre 1970 e 2009, as taxas de melanoma (câncer de pele) aumentaram oito vezes entre as mulheres e quadruplicaram entre os homens, segundo especialistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, que estudaram o histórico de 256 pessoas no estado de Minnesota neste intervalo de tempo.
No entanto, o índice de mortes por melanoma caiu no mesmo período, o que sugere que uma intervenção precoce poderia ajudar a salvar vidas, segundo os cientistas.
Os resultados deste estudo podem não ser representativos da totalidade dos Estados Unidos, mas o principal autor da pesquisa, Jerry Brewer, dermatologista da Clínica Mayo, fez soar o alerta sobre o que chamou de um "aumento alarmante em mulheres entre 20 e 30 anos".
"Não existe o que poderíamos chamar de bronzeado de base saudável", afirmou Brewer, categórico.
"Mesmo quando os jovens têm uma compreensão maior dos efeitos prejudiciais do bronzeado, ainda não mudaram seu comportamento e se expõem ao sol tanto ou mais do que se fazia nos anos 80", acrescentou.
Embora o estudo atual não tenha se concentrado nas razões que explicam este aumento, Brewer destaca que outros pesquisadores demonstraram que as pessoas que usam centros de bronzeamento - uma indústria que fatura 5 bilhões de dólares ao ano - têm 74% mais chances de contrair melanomas do que aqueles que não se bronzeiam. Jennifer Stein, dermatologista do centro médico Langone da Universidade de Nova York, concordou em que o bronzeamento artificial pode ser uma das principais causas da ascensão.
"Uma possível explicação para este rápido aumento em casos de melanoma poderia ser o uso de centros de bronzeamento entre os adolescentes, o que se tornou muito popular nos últimos anos", disse Stein, que não participou do estudo.
"É importante que as pessoas protejam sua pele da exposição a raios ultravioleta e que observem sua pele para o aparecimento ou alterações nas pintas, o que pode ser sinal de melanoma. A chave para sobreviver ao melanoma é a detecção precoce", explicou.
O melanoma é a forma mais letal de câncer de pele e espera que cause 76.000 novos casos e 9.100 mortes nos Estados Unidos este ano, segundo números do Instituto Nacional do Câncer.
As pessoas com maior risco são as que têm cabelos claros e olhos azuis ou verdes. Passar muito tempo exposto ao sol e ter tido uma ou duas queimaduras com bolhas na juventude também aumenta os riscos.Para evitar a doença, os médicos recomendam a limitação à exposição ao sol, o uso de protetores e o acompanhamento frequente de alterações em pintas.
foto:dicasmodabeleza.com

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