31/03/2012

Professores no Reino Unido rejeitam aumento da idade mínima para aposentadoria


Protestos em Londres contra projeto de lei, que deve ainda reduzir o valor das aposentadorias e aumentar a contribuição dos que estão na ativa, reuniu 6 mil pessoas.


Uma paralisação geral de professores britânicos interrompeu atividades em escolas, colégios técnicos e universidades de Londres na última quarta-feira (28/03). Os educadores protestam contra projeto do governo do país que afeta o sistema de aposentadoria da categoria. 
A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Professores (NUT) e pelo Sindicato das Universidades e Colégios (UCU). Segundo um dos organizadores, cerca de 65% das escolas aderiram ao chamado.
O governo do Reino Unido quer implementar uma lei que aumenta a idade mínima de aposentadoria dos professores da Inglaterra e do País de Gales - dos atuais 65 anos para 68 anos. Também quer aumentar em 50% o valor da contribuição obrigatória mensal dos professores na ativa, além de mudar o cálculo do valor da aposentadoria, levando em consideração não mais o salário no final da carreira mas a média salarial durante os anos trabalhados. Por fim, pretende alterar o índice atual de inflação usado para determinar os aumentos anuais das aposentadorias para outro índice que historicamente possui um valor menor.
Já houve, em 2007, uma reforma na legislação da categoria que aumentou a idade mínima para aposentadoria de 60 para 65 anos. As medidas acontecem na esteira de um longo processo de cortes no sistema público e benefícios sociais anunciados nos últimos anos pelo governo conservador do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Na semana passada, o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, causou indignação ao anunciar um corte nos impostos sobre altos salários no país, enquanto retirou benefícios de aposentados.

fonte:J. R. Penteado/Opera Mundi 
foto:operamundi.uol.com.br

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