Dilma Rousseff sancionou lei que homenageará cerca de 65 mil soldados da borracha. Uma justa homenagem aos personagens da nossa história.
Zumbi dos Palmares |
A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.447, publicada na segunda-feira, que inscreve os nomes de cerca de 65 mil “Soldados da Borracha” no Livro dos Heróis da Pátria. A proposta, de autoria da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), passou por todas as comissões da Câmara e foi aprovada, em caráter conclusivo, na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, sendo o último relatório assinado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) antes de ela assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil.
Perpétua disse que a presidente da República deu provas de bom senso ao sancionar a lei, atendendo ao clamor por justiça de fato. A parlamentar acreana, no entanto, ao tomar conhecimento da sanção, acelerou o esforço, junto às bancadas, para que a Câmara aprove, ainda, a PEC que equipara a pensão dos soldados da borracha aos ex-combatentes de guerra, além de uma gratificação natalina no mesmo valor da aposentadoria. Ela foi relatora de uma comissão especial que estipula o benefício em cerca de sete salários mínimos. “Vejo uma necessidade urgente de aprovarmos a PEC. O Brasil tem compromisso moral com estas famílias, especialmente com cidadãos que, atualmente, já atingem uma idade avançada e devem ser reconhecidos em vida pelo esforço de guerra naquela época tão difícil”, disse a deputada.
“Os Soldados da Borracha estiveram sujeitos a condições de trabalho e sobrevivência extremamente severas, contribuindo diretamente para o mesmo objetivo dos ex-combatentes, que se uniram às Forças Aliadas para derrotar as Potências do Eixo”, defendeu a senadora-ministra, que acatou integralmente as justificativas da deputada Perpétua Almeida. Seu voto foi acatado pela unanimidade dos senadores.
A homenagem se deve ao trabalho realizado pelos 65 mil brasileiros que foram para a Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial. “Esse contingente realizou notável trabalho, suprindo as necessidades de látex durante o conflito mundial, uma vez que foi bloqueado o acesso aos seringais da Malásia”, explica ela.
Em seu relatório, Gleisi Hoffmann explica que, “embora não tenham participado dos combates, os Soldados da Borracha estiveram sujeitos a condições de trabalho e sobrevivência extremamente severas, contribuindo diretamente para o mesmo objetivo dos ex-combatentes, que se uniram às Forças Aliadas para derrotar as Potências do Eixo”.
Os dez heróis do Livro dos Heróis da Pátria
(1746-1792)
Primeiro a ter o nome inserido no Livro dos Heróis da Pátria (21 de abril de 1992), por ocasião do bicentenário de sua execução. Mineiro, foi dentista prático e pertenceu ao Regimento de Dragões de Minas Gerais. Participou de um movimento contra os pesados impostos cobrados pela coroa portuguesa (Inconfidência Mineira), reprimida pelo governo central. Foi enforcado e depois esquartejado.
(1655-1695)
Batizado com o nome de Francisco, Zumbi foi entregue ao padre Antônio Melo com quem viveu até os 15 anos quando fugiu para Palmares, quilombo entre o estado de Pernambuco e Alagoas, onde se reuniam os escravos fugidos. Lá ele se fez líder graças à sua coragem, capacidade de organização e comando. Tornou-se símbolo da luta dos negros por dignidade e igualdade.
(1827-1892)
Militar desde os 18 anos, lutou na Guerra do Paraguai e liderou a facção do Exército favorável à abolição da escravatura. Em 1889, o alagoano lidera o movimento político-militar que acaba com a Monarquia e proclama a República. Foi o primeiro presidente do país.
(1798-1834)
Nascido em Lisboa, herdeiro do trono português, chegou ao Brasil em 1808 com a família real. Em janeiro de 1822, dom Pedro anuncia sua decisão de permanecer no país, e em 7 de setembro proclama a independência do Brasil. No mesmo ano é aclamado imperador e coroado com o título de dom Pedro I.
(1803-1880)
O marechal carioca Luís Alves de Lima e Silva participou dos movimentos para a independência, pacificando várias províncias rebeldes. Nomeado comandante-em-chefe das forças do Império em operações contra o Paraguai, conclui sua jornada com a tomada de Assunção em 1869. É o patrono do Exército Brasileiro.
(1873-1908)
Militar gaúcho, em 1899 foi para o Acre e liderou os brasileiros instalados no território para expulsar os bolivianos. Derrotados estes, em 1903 proclamou-se a autonomia do Acre, obrigando as forças bolivianas à capitulação. Castro assumiu a chefia do governo provisório.
(1807-1897)
Joaquim Marques Lisboa, gaúcho de Rio Grande, entrou para a Marinha com 15 anos e tomou parte na campanha da independência, atuando em vários momentos contra os insurgentes. Participou da Confederação do Equador, da Campanha Cisplatina e na Guerra do Paraguai. É patrono da Marinha Brasileira.
(1804-1882)
Francisco Manoel Barroso da Silva, português de Lisboa, Portugal, veio para o Brasil em 1808 com a família real. Participou de combates na Guerra da Cisplatina, em operações contra a Cabanagem, na Província do Pará, e comandou a Força Naval Brasileira na Batalha Naval do Riachuelo.
(1873-1932)
Resenha Diária 14/07/11 9
Teve o nome inserido no Livro dos Heróis da Pátria em 2006, em comemoração ao ano do Centenário do Vôo do 14-Bis, que marca o início da aviação no mundo. Mineiro, patrono da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, inventou o avião e o relógio de pulso. Posteriormente, recebeu a patente honorífica de marechal-do-ar.
(1763- 1838)
O Patriarca da Independência, natural de Santos, formou-se na prestigiosa Universidade de Coimbra em Ciências Naturais e Direito. Doutor em Filosofia, foi o principal articulador, junto a dom Pedro I, da independência do Brasil. Era considerado o mais culto brasileiro do seu tempo. Em 1831, dom Pedro I, ao abdicar da Coroa, indicou-o para tutor de seu filho, o herdeiro do trono, e de suas irmãs.
fonte:http://pagina20.uol.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=23400&Itemid=14
foto:pt.wikipedia.org
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