31/03/2011

Laboratório argentino importa cadáveres dos Estados Unidos



A notícia abaixo foi divulgada pela BBC Brasil hoje e realmente me impressionou. 



Um laboratório do Hospital Central da província argentina de Mendoza importou quatro cadáveres dos Estados Unidos para cursos de especialização em traumatologia. Cada corpo importado custou cerca de US$ 4 mil.
Foi a primeira vez que a alfândega argentina autorizou esse tipo de importação. A ideia foi do traumatologista Matías Roby, especialista em medicina esportiva e diretor do Laboratório de Cirurgia Cadavérica do hospital, que é público.
Ele afirmou à BBC Brasil que essa foi uma importação inédita na América do Sul. "Nós decidimos pela importação dos cadáveres porque houve um problema no frigorífico aqui de Mendoza, onde recebíamos corpos de pessoas não identificadas, a partir de autorização judicial", disse.
Os quatro corpos, sem cabeças, foram importados do Estado do Colorado e são de pessoas que tinham deixado, em vida, autorização para pesquisas. Essa iniciativa, disse o médico, não existe nos países da região.
Cada corpo custou US$ 4 mil (R$ 6,6 mil). Eles chegaram poucos dias após a formalização da compra, feita a uma empresa privada americana, nos Estados Unidos.
Questões sanitárias
"Antes só importávamos material anatômico para implantes específicos, mas nunca para estudos", disse. Ele explicou que foi por questões sanitárias que os corpos chegaram sem cabeça. "O cérebro pode transmitir doenças."
E afirmou ainda que foram realizados exames para garantir que os corpos não estavam infectados com doenças como hepatite. A importação foi autorizada pela Direção Nacional de Saúde de Fronteira, ligado ao Ministério da Saúde da Argentina.
Os corpos foram exportados, em aviões, em caixas individuais e gelo seco para sua manutenção. O carregamento fez escala, em Santiago, no Chile, ao lado de Mendoza e, após três dias no depósito da alfândega provinciana, foram enviados para o laboratório.
O laboratório argentino - segundo o médico, mantido com recursos do setor privado - é ponto de referência nas pesquisas do ramo na América Latina e frequentado por jovens especialistas do Brasil e de outros países.
Ele contou que o objetivo da "importação" é permitir que os médicos possam trabalhar técnicas cirúrgicas com os defuntos. "Nós realizamos todos os preparativos para uma cirurgia, como se fosse para uma pessoa viva, mas treinando com os corpos", disse.
A especialização faz parte do programa internacional Kleos, integrado por profissionais das áreas ortopédica e traumatológica. Essa organização, disse, tem fins médicos e educativos e auxilia fábricas de implantes.

(fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/laboratorio+argentino+importa+cadaveres+dos+estados+unidos/n1300017457835.html)

Mesmo que seja muito diferente da denúncia feita esta ano pela Administração Rodoviária da Suécia (Vägverket)contra a General Motors:

A Administração Rodoviária da Suécia (Vägverket), anunciou esta semana que a General Motors pode ter utilizado 10 cadáveres humanos em pesquisas de colisões de automóvel no país no ano passado. Segundo a entidade, a Saab, marca local pertencente a GM, foi a responsável pelos ensaios.

Claes Tingvall, especialista em segurança da entidade sueca, disse ao jornal sueco Expressen, que recentemente a GM terminou uma pesquisa que envolveu cadáveres humanos. “Para certas coisas, é importante o uso de cadáveres, como o desenvolvimento de bonecos de testes mais avançados”, revelou Tingvall ao jornal.
Os cadáveres humanos foram usados nos primórdios dos crash-test, no início da década de 1930, mas por pressão da sociedade foram substituídos por bonecos, posteriomente transformados nos caríssimos “Dummies”, que carregam milhões de dólares de equipamentos e sensores que simulam as reações de uma batida de carro em um corpo humano. (http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,ERT3680-17042,00.html)

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