03/11/2013

Alemanha, França, Espanha e Suécia também espionaram comunicações online, mostram documentos

Novos documentos vazados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden mostram que, em colaboração com o serviço secreto britânico, Alemanha, França, Espanha e Suécia também espionaram comunicações online e telefônicas, afirmou o jornal britânico The Guardian na edição de ontem (02/11).
Segundo o relato da publicação, o GCHQ (Central de Comunicação Governamental do Reino Unido, na sigla em inglês) ajudou diretamente os serviços de inteligência nos últimos cinco anos. A central é parceira primordial da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos).
A revelação vem depois do mal-estar causado pela descoberta das atividades de espionagem dos EUA contra a chanceler alemã Angela Merkel, que ficou bastante irritada e tirou satisfações com o presidente norte-americano Barack Obama.
O Serviço de Informações Federal da Alemanha (BND, na sigla em alemão) tinha, inclusive, a “admiração” do serviço britânico, afirma o Guardian, por conseguir monitorar redes de fibra ótica de alta velocidade, acima de 40 gigabytes por segundo. O GCHQ só conseguia espionar cabos com até 10 GB por segundo.
Os documentos mostram que os britânicos estavam “ajudando” a agência correspondente alemã no lobby para pressionar Berlim a mudar a legislação sobre interceptações. A Alemanha tem leis bastante restritivas sobre privacidade, que já quase provocaram, por exemplo, o fechamento do Google Maps no país.
Os papeis também mostram uma estreita colaboração entre o GCHQ e a Diretoria Geral para Segurança Externa (DGSE) da França. Em um relatório, Londres diz que “a DGSE é um parceiro altamente motivado e tecnicamente competente, que mostrou grande vontade de se engajar em assuntos relativos a IP [protocolos de internet] e de trabalhar com a GCHQ em um esquema de ‘cooperação e compartilhamento’”.
Os suecos, por sua vez, receberam elogios do Reino Unido após mudarem a legislação do país, em 2008, liberando o monitoramento de cabos de tráfego de dados sem autorização judicial. Já os espanhóis foram classificados como “parceiros muito capazes” pelo serviço de informação britânico.


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