China tem maior número de empregados desmotivados; EUA e Canadá apresentam melhores taxas de satisfação.
Se você não gosta do seu emprego, não se preocupe, você não está sozinho. Na verdade, diferentes são os que gostam de trabalhar, segundo um relatório publicado na última terça-feira (08/10) pelo instituto de pesquisa norte-americano Gallup: apenas 13% das pessoas entrevistadas em 140 países são “engajadas” no que fazem.
Os dados foram coletados entre 2011 e 2012 e mostram que 63% das pessoas “não são engajadas” - ou simplesmente desmotivadas e sem perspectivas de realizar esforço extra - enquanto os outros 24% são “ativamente desengajados” ou verdadeiramente infelizes e improdutivos.
O material, apesar de preocupante, é melhor do que o resultado da última pesquisa do Gallup, realizada entre 2009 e 2011. À época, um número ainda menor de pessoas se declarou ativa no trabalho: apenas 11%. 27%, por sua vez, se disseram abertamente “desligados” do emprego. Segundo o instituto, a melhora da economia depois da recessão iniciada em 2008 foi a grande responsável pelo ligeiro aumento da satisfação dos trabalhadores.
A pesquisa do Gallup mostra que os Estados Unidos e o Canadá têm a maior taxa de satisfação com o trabalho do mundo: 29% das pessoas declararam ser engajadas em seus empregos. Austrália e a Nova Zelândia estão em segundo lugar, com 24%.
A China, por sua vez, é o país com a menor taxa de engajamento: apenas 6% dos trabalhadores estão satisfeitos. “O baixo envolvimento dos empregados na China pode crescentemente constituir uma barreira ao seu crescimento contínuo”, escreveu o Gallup em seu relatório.
No Oriente Médio e no norte da África, o Gallup apresenta o conceito de “wasta” como o principal motivo de essa região ter a maior taxa de trabalhadores definitivamente desengajados. “Wasta”, de acordo com o instituto, é similar ao “quem você conhece” do Ocidente: o círculo de amizades de um trabalhador pode beneficiar sua carreira.
O Gallup ressalta a importância de trabalhadores motivados, especialmente em países emergentes como os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para a economia, apesar de, à primeira vista, o engajamento do empregado ser uma preocupação secundária para as empresas. O instituto chama empregados desmotivados de “dreno econômico”, com altos custos em todo o mundo.
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