07/09/2012

Uso de cocaína aumenta no Brasil, diz relatório


Na América do Sul, estima-se que entre 12,2 e 31,1 mortes por milhão estejam relacionadas ao uso de drogas ilícitas. É o que aponta o Relatório Mundial sobre Drogas 2012, documento divulgado nesta terça-feira pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A cocaína parece ser a substância mais letal na região. De acordo com o documento, o Brasil demonstrou um aumento do consumo de cocaína em 2010, mas a falta de dados novos do país impediu que o relatório determinasse esse avanço da droga. Segundo a ONU, as apreensões de cocaína em território brasileiro triplicaram de 2004 para 2010, quando foram apreendidas 27 toneladas da droga. 

A área total de cultivo de cocaína no mundo, segundo a ONU, caiu 18% de 2007 para 2010. O órgão atribui essa diminuição principalmente ao declínio do cultivo da droga na Colômbia no mesmo período, o que contribuiu para a redução do consumo da maconha na América do Norte. O relatório ainda mostra que a produção passou a ser mais significativa na Bolívia e no Peru.

No mundo Ainda de acordo com o documento, em 2010, 5% da população mundial adulta, o equivalente a 230 milhões de pessoas, fez uso de alguma droga ilícita ao menos uma vez no ano. Segundo os dados, o consumo de drogas, embora tenha aumentado em vários países em desenvolvimento, parece ter se mantido estável globalmente e continua sendo responsável por 200.000 mortes a cada ano. O número de usuários de drogas em 2010 chegou a 27 milhões de pessoas, ou 0,6% da população mundial.

A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo, segundo o documento. Há entre 119 e 224 milhões de usuários da droga mundialmente, e seu consumo se mostrou estável nos últimos anos. O relatório indicou ainda que a Europa é o maior mercado consumidor da erva no mundo, embora sua produção seja pequena, e que os países do norte da África são os principais fornecedores da droga para o mercado europeu.

Cocaína — O documento da ONU mostrou que o número de usuários de cocaína no mundo em 2012 representou de 0,3% a 0,4% da população global — ou entre 13,3 e 19,7 milhões de pessoas. Os principais mercados consumidores da droga continuam sendo os países da América do Norte, da Europa e a Austrália. Nos Estados Unidos, a porcentagem da população entre 15 e 64 anos que faz uso da substância diminuiu de 3%, em 2006, para 2,2%, em 2010. Por outro lado, o relatório indicou que o consumo de cocaína está aumentando na América do Sul e na Austrália e se manteve estável na Europa.



Anfetaminas — De acordo com a ONU, os estimulantes do tipo anfetamínico, como as metanfetamina, anfetaminas e o ecstasy, são a segunda classe de drogas mais consumida no mundo. Embora o consumo dessas substâncias globalmente tenha se mantido estável nos últimos anos, ele aumentou na Europa, principalmente em relação ao uso do ecstasy. A apreensão dessas drogas dobrou de 2008 para 2010, ano em que os estimulantes apreendidos totalizaram 45 toneladas.
O relatório mostrou que o consumo de opiáceos, como heroína e morfina, assim como as outras drogas, não se alterou de maneira significativa ao redor do mundo. A ONU estima que entre 0,6% e 0,8% da população global entre 15 e 64 anos de idade faça uso dessas substâncias. Além disso, 70% dos usuários de opiáceos são de países da África ou Ásia. A produção dessas drogas é mais expressiva no Afeganistão e, em 2011, atingiu 7.000 toneladas.
Drogas legais — Segundo o documento, o consumo de substâncias sem prescrição médica, especialmente o abuso de tranquilizantes e sedativos, é maior entre as mulheres — embora o uso de drogas ilícitas seja mais expressivo entre o sexo masculino.

foto:pvfar.com.br

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