Espanha
Crise faz cidade espanhola ficar sem remédios
A crise econômica na Espanha vem provocando cortes de investimentos em diversos setores. E agora o endividamento e os cortes de gastos que afeta tanto as administrações regionais quanto o governo central do país já provocam até mesmo escassez de medicamentos nas farmácias.
De acordo com a Associação Farmacêutica de Valência, remédios para tratar o diabetes, medicamentos para tratamento da tireoide e alguns antibióticos são alguns dos que estão em falta nas farmácias. As populações dessas regiões dependem das administrações locais para o fornecimento de serviços como saúde e educação.
O problema é que as autoridades regionais espanholas não dispõem mais de verbas para pagar todas as suas contas. E elas não podem esperar muita ajuda do governo central, já que este também está fortemente endividado.
Uma farmácia traz na parede a seguinte inscrição: "Um aviso importante: o governo de Valência está devendo a esta farmácia por todos todos os medicamentos que foram fornecidos aos clientes nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril.''
Fim da gratuidade
O sistema de saúde espanhol permitia que pacientes pudessem ter acesso gratuito a muitos medicamentos. Mas agora a situação mudou. Há alguns meses o governo apresentou uma medida pela qual os aposentados teriam de pagar o equivalente a 10% do valor dos medicamentos que lhes fossem receitados.
O projeto estipula ainda que os demais pacientes passem a pagar o equivalente a 50% do valor total dos remédios que adquirirem – um aumento em relação aos 40% cobrados atualmente. Com a medida, o governo diz esperar obter o equivalente a 7 bilhões de euros (cerca de R$ 18,4 bilhões)
O problema não se limita a Valência. Muitas farmácias nas Ilhas Canárias também têm sido afetadas pela escassez de medicamentos. As regiões espanholas contam com um problema extraordinário, pois, durante a bolha imobiliária que assolou a Espanha, as autoridades regionais coletavam impostos cobrados sobre transações imobiliárias.
Agora que esta fonte de receita se foi, os administradores regionais esperam que o governo central possa lhes fornecer as quantias que necessitam. Mas o governo central também enfrenta dificuldades. E ele não tem como emprestar a não ser a juros proibitivos.
foto:teoriaedebate.org.br
Grécia
Policiais gregos dizem que não vão mais reprimir protestos de trabalhadores
A Federação de Sindicatos de Policiais da Grécia anunciou na última quinta-feira (20/09) que os funcionários filiados não vão reprimir mais as manifestações dos trabalhadores. Há duas semanas, 5 mil trabalhadores dos corpos de segurança se manifestaram em Atenas para protestar contra seus baixos salários.
"Que não pensem em nos pedir para oprimir as manifestações de outros trabalhadores", disse o presidente da organização sindical Poasy, Jristos Fotopulos, em declarações ao canal NET. Fotopulos, que estava acompanhado por outros dirigentes dos sindicatos de Policiais, de Bombeiros e da guarda-costeira, lidou um protesto em frente à sede do governo contra os novos cortes salariais previstos pelo Executivo.
Os agentes que custodiavam o edifício impediram o acesso de seus colegas e, apesar da tensão envolvida, nenhum incidente foi registrado. Isso porque, um membro do gabinete do primeiro-ministro concordou em recebê-los e prometeu uma nova reunião para abordar as reivindicações dos policiais em dez dias.
Segundo os sindicatos das forças da ordem, o Ministério das Finanças propõe uma redução salarial de 6 a 7,5%, aplicada de forma retroativa desde julho. No entanto, a partir de janeiro de 2013, essa redução poderá ser superior aos 13%. Os sindicatos denunciam que se esses cortes forem aprovados, os agentes terão que trabalhar 50 horas semanais, incluindo turnos noturnos, para conseguir um salário máximo de 700 euros.
foto:acrisedocapital.blogspot.com
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