O Ministério da Saúde lançou ontem (26) diretrizes para o atendimento de pessoas com Síndrome de Down na rede pública. O documento, preparado com a colaboração de entidades sociais, traz orientações que vão desde a melhor forma de contato com a família até cuidados de saúde que tem de ser adotados, como exames para doenças mais prevalentes. Além do documento voltado para profissionais de saúde, foi lançada uma cartilha para as pessoas com a síndrome. Ali estão contidas informações sobre a síndrome, suas causas, consequências e cuidados que devem ser adotados em várias fases da vida. "Esse é o primeiro de uma série", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com ele, deverão ser feitas diretrizes também para pessoas com paralisia cerebral, adultos com deficiência permanente.
O material, de acordo com Padilha, foi produzido para humanizar e capacitar o atendimento de pessoas com Síndrome de Down. "Elas têm um risco maior para problemas na tireoide ou cardíacos, por exemplo. A ideia é alertar profissionais sobre quais cuidados devem ser adotados, quando e quais exames têm de ser feitos", disse.
De acordo com Padilha, uma das razões que levaram o preparo da cartilha foram relatos feitos pelas associações de usuários e parentes sobre a necessidade da capacitação dos profissionais. "As informações têm de ser dadas para médicos de todas especialidades", disse. Até há pouco tempo, disse, informações para doença eram mais comuns entre pediatras. "A realidade mudou. Muitas vidas foram salvas, a expectativa de vida aumentou de forma significativa e profissionais têm de estar preparados para atender pacientes em todas as etapas da vida".
Serão impressos cerca de 200 mil manuais, que serão distribuídos para secretarias de Saúde, a partir de novembro. O material também pode ser encontrado na versão eletrônica no endereço:
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