01/07/2012

'Hormônio do amor' pode ajudar na perda de peso

O mesmo hormônio responsável pelas contrações uterinas durante o parto e pela liberação do leite materno pode ainda ajudar na perda de peso. Segundo uma pesquisa apresentada no 94º Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, que acontece em Houston, nos Estados Unidos, a oxitocina – também chamada de 'hormônio do amor' – foi eficaz no controle de peso de animais obesos. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos antiobesidade.

A oxitocina é um hormônio produzido pelo cérebro durante, principalmente, o parto, a amamentação e o sexo. Na pesquisa realizada por Yuko Maejima, da Universidade de Medicina Jichi, no Japão, o hormônio estava ainda relacionado com o controle da quantia de alimento consumida e com o metabolismo. "Essas descobertas revelam novos efeitos antiobesidade e antissíndrome metabólica para a oxitocina", diz Maejima. "Nossos resultados fornecem um caminho para o desenvolvimento de um tratamento para a obesidade baseado na oxitocina."
Para induzir a obesidade, os pesquisadores alimentaram camundongos machos e fêmeas com uma dieta rica em gordura. Foram, então, administradas doses de oxitocina tanto por injeções, durante 17 dias; quanto com o uso de implantes, por 13 dias.
Os pesquisadores descobriram que injeções diárias de oxitocina foram eficazes em reduzir a quantia de alimento consumida em camundongos. Essas injeções reduziam ainda o peso corporal não apenas durante o estudo, mas até nove dias após o fim do tratamento. Resultados similares foram encontrados quando a oxitocina foi administrada por implantes nos animais. Esse método também reduziu a gordura localizada no fígado, melhorou a tolerância à glicose e diminuiu a gordura abdominal.
A aplicação com uso de implantes conseguiu ainda reduzir o tamanho das células de gordura e não afetou os níveis de pressão sanguínea ou de atividade física. "A descoberta de que o tratamento periférico com oxitocina não tem efeito nos níveis de pressão sanguínea ou nas atividades locomotoras dos animais sugere que a oxitocina pode não ter influencia sob o sistema cardiovascular ou nas emoções", diz Maejima.


foto:akatu.org.br

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