O rascunho final do texto da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, foi aprovado em plenário ontem por delegados dos países participantes em meio a duras críticas de entidades de defesa do meio ambiente.
O documento, agora, será encaminhado à aprovação dos líderes mundiais. O objetivo do texto é convencer a humanidade a seguir um caminho mais sustentável, reduzindo a pobreza e preservando o meio ambiente.
Fontes ligadas ao tema, entretanto, afirmaram que as discussões fomentaram uma polêmica em torno de uma série de pontos.
O documento, por exemplo, pede "uma ação urgente" contra a produção e o consumo insustentável, mas não dá detalhes nem estabelece um cronograma de como essa meta poderá ser atingida. Por outro lado, o texto reafirma os compromissos que os países fizeram para encerrar os subsídios aos combustíveis fósseis "danosos e ineficientes".
Críticas
Entidades ligadas à defesa do meio ambiente afirmaram que o rascunho final carece de "conteúdo significativo". Segundo o diretor de política e campanhas da organização Friends of the Earth, Craig Bennett, que acompanhou as negociações no Rio, "a minuta do texto revela que falta às negociações do Rio o poder de fogo necessário para solucionar o problema global que enfrentamos".
"Os países desenvolvidos têm falhado seguidamente em viver dentro dos limites do planeta - e agora eles precisam acordar para o fato de que, até a economia mundial se recuperar, estaremos pisando em rachaduras cada vez maiores", acrescentou Bennett.
Mais de cem chefes de estado e governo são esperados no Rio de Janeiro na próxima quarta-feira para a aprovação do texto.Entre os líderes, estará presente o recém-eleito presidente da França, François Hollande.
O primeiro-ministro inglês, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, não virão e serão substituídos por seus ministros.O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também não confirmou presença, ainda que especulações sobre sua eventual vinda tenham surgido recentemente.
A Rio+20 ocorre 20 anos depois da Eco-92, também chamada de Cúpula da Terra.
Reportagem de Richard Black
foto:rio20.gov.br
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