Grécia e França têm manifestações marcadas por corrida eleitoral. Portugal e Espanha também são palco de protestos. Movimento Occupy convoca ações.
A reação dos sindicatos às medidas de austeridade econômica, um aumento nos confrontos sociais e a proximidade de eleições em dois países formam o cenário para um 1º de Maio bastante tenso na Europa nesta terça-feira. O continente é o principal foco de protestos no Dia do Trabalho, com grandes manifestações previstas para países em crise, como Espanha, Portugal, Grécia e França - esses dois últimos, a poucos dias de disputas eleitorais importantes. Fora da Europa, o movimento Occupy tenta realizar protestos em grande escala nas principais cidades americanas - e promete realizar algumas de suas maiores ações nesta terça.
Na Grécia, um dos principais pontos de instabilidade na Europa hoje, a data é marcada por greves no setor público e protestos de trabalhadores desempregados do setor privado. Há paralisações no serviço de ônibus e balsas em Atenas, e várias manifestações previstas para o dia. Mas os atos pelo Dia do Trabalho podem acabar virando campanha eleitoral - os gregos vão às urnas no domingo, e a proximidade da eleição geral no país deve dar o tom das manifestações. As duras medidas de austeridade adotadas pelo governo serão colocadas à prova no pleito - e a maioria da população se mostra irritada com o plano adotado para sair da crise.
Campanha - Na França, o presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição no domingo, fará um comício no Trocadero, enquanto aguarda um anúncio da intenção de voto de Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional, de extrema direita. Le Pen vai liderar uma marcha rumo à estátua de Joana d'Arc em Paris e seu apoio pode ser decisivo para Sarkozy assegurar um novo mandato. Mas os sindicatos franceses ficaram irritados com as marchas lideradas pelo presidente e pela líder de direita, dizendo que o 1º de Maio deve ser reservado às manifestações de trabalhadores, não a eventos eleitorais. O protesto dos sindicatos caminhará em direção à Bastilha.
Na Espanha e em Portugal, as manifestações desta terça não têm o elemento eleitoral, mas também prometem reunir multidões, já que ambos os países enfrentam desemprego crescente. O maior protesto espanhol estava previsto para a manhã em Madri. Em Portugal, as manifestações estão previstas para a tarde. Na Rússia, o presidente Dmitri Medvedev e o presidente eleito Vladimir Putin lideraram em Moscou uma marcha que reuniu cerca de 100.000 pessoas - mas, ao mesmo tempo, foram alvo de manifestações de grupos opositores. Nos EUA, o movimento Occupy promete realizar um megaprotesto em Nova York, durante a tarde.
foto:operamundi.uol.com.br
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