23/04/2012

Quatro milhões de crianças e adolescentes até 17 anos já trabalham no Brasil


Uma realidade que parece invisível está perto de muita gente.


No Brasil, 123 mil crianças de 5 a 9 anos trabalham para ajudar a família, sacrificam a infância e, na maioria das vezes, os estudos, que garantiriam melhor posição no mercado de trabalho. Entre 10 a 13 anos, o número é de 785 mil. Os dados, que constam de um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), são preocupantes, embora o país tenha progredido. Segundo a OIT, se forem incluídas faixas etárias até os 17 anos, são quatro milhões de crianças e adolescentes no trabalho. Há 20 anos, esse número era de 20 milhões. 

Muito do trabalho infantil parece invisível para a sociedade, apesar de estar dentro das casas de muita gente. Quase 400 mil crianças e adolescentes, principalmente meninas negras, trabalham como empregadas domésticas hoje no Brasil, apesar de esse trabalho ser proibido para menores de 18 anos, segundo a constituição brasileira. “Quando a mãe sai de casa e deixa um filho cuidando da casa, substituindo a responsabilidade do adulto, isso também é considerado trabalho infantil. Isso é diferente das tarefas cotidianas do lar que fazem parte do processo de socialização e aprendizagem, como estender a cama, ajudar a lavar a louça”, explica o coordenador de projetos da OIT, Renato Mendes.

Segundo o procurador e diretor da Associação Nacional de Procuradores do Trabalho, Maurício de Mello, o custo do trabalho infantil para o País é grande. “Há um custo no ponto de vista da previdência, no ponto de vista da saúde pública, do prejuízo que causa para a economia como um todo crianças que não tiveram uma formação adequada e que vão ser profissionais menos capacitados no futuro”, avalia o especialista.


foto:educart.no.comunidades.net

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