Todas as iniciativas para ajudar de fato são válidas, desde que não fiquem só no papel.
Para fortalecer os mecanismos de ajuda humanitária, o governo brasileiro propôs a criação de uma ferramenta virtual para conectar países que necessitam de assistência humanitária e para os doadores internacionais. A proposta brasileira contribuiria para a gestão de grandes planos mundiais de emergência no Haiti ou em países na África e no Oriente Médio.
O chefe do escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) para a América Latina e o Caribe, Gerard Gómez, que acompanha a delegação da subsecretária-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos, em visita oficial ao Brasil, destacou que a ideia foi lançada pelo Brasil, um país que está "particularmente envolvido é o de gerenciamento de informação durante emergências".
"A comunicação entre o que é necessário e o que é recebido é bastante importante quando se fala em ajuda humanitária internacional”, afirmou ele, em referência ao projeto.
Amos que também chefia o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) esteve em Brasília em encontros com os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota; da Defesa, Celso Amorim; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para dialogar sobre mecanismos de fortalecimento da relação com o Brasil para os temas humanitários.
“Estou particularmente interessada em como o Brasil pode compartilhar sua vasta experiência nos trabalhos de resposta a desastres e a temas de segurança alimentar em diversas partes do mundo", completou a sub-secretária.
Segundo ela, o Brasil é um parceiro global, conhecido na atuação em temas internacionais e na prevenção de desastres, e que pode dividir suas experiências de resposta a desastres em áreas urbanas e inundações, como no caso da Região Serrana do Rio, que matou mais de 900 pessoas e deixou 3.500 desalojados, em 2011.
"Eu realmente estou interessada em estreitar mais nossas relações com o Brasil nos próximos anos e como fazer este intercâmbio de experiências para apoiar ações humanitária em países como Haiti, África e Oriente Médio”, afirmou, em coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro. “Tenho interesse especificamente nas respostas a desastres e inundações e os mecanismos que o Brasil trabalha na integração das três esferas de governo, federal, estadual e local”, afirmou.
Segundo Gerard Gómez, cerca de 75% da população de países latinoamericanos vivem em centros urbanos. “O nosso maior desafio é em relação às mudanças climáticas, os países têm que estar preparados para responder a esse tipo de emergência. O Brasil tem trabalhado bastante para envolver os beneficiários em discussões temáticas de ajuda humanitária. O envolvimento dos beneficiários melhora as políticas internacionais porque incorpora as necessidades específicas”, destacou.
Reportagem de Fabíola Ortiz
foto:amdro2003.blogspot.com

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e pelo comentário!