04/04/2012

Brasil propõe criação de ferramenta virtual para conectar países que precisam de assistência humanitária internacional


Todas as iniciativas para ajudar de fato são válidas, desde que não fiquem só no papel.

Para fortalecer os mecanismos de ajuda humanitária, o governo brasileiro propôs a criação de uma ferramenta virtual para conectar países que necessitam de assistência humanitária e para os doadores internacionais. A proposta brasileira contribuiria para a gestão de grandes planos mundiais de emergência no Haiti ou em países na África e no Oriente Médio.
O chefe do escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) para a América Latina e o Caribe, Gerard Gómez, que acompanha a delegação da subsecretária-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos, em visita oficial ao Brasil, destacou que a ideia foi lançada pelo Brasil, um país que está "particularmente envolvido é o de gerenciamento de informação durante emergências".
"A comunicação entre o que é necessário e o que é recebido é bastante importante quando se fala em ajuda humanitária internacional”, afirmou ele, em referência ao projeto.
Amos que também chefia o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) esteve em Brasília em encontros com os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota; da Defesa, Celso Amorim; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para dialogar sobre mecanismos de fortalecimento da relação com o Brasil para os temas humanitários.
“Estou particularmente interessada em como o Brasil pode compartilhar sua vasta experiência nos trabalhos de resposta a desastres e a temas de segurança alimentar em diversas partes do mundo", completou a sub-secretária.
Segundo ela, o Brasil é um parceiro global, conhecido na atuação em temas internacionais e na prevenção de desastres, e que pode dividir suas experiências de resposta a desastres em áreas urbanas e inundações, como no caso da Região Serrana do Rio, que matou mais de 900 pessoas e deixou 3.500 desalojados, em 2011.
"Eu realmente estou interessada em estreitar mais nossas relações com o Brasil nos próximos anos e como fazer este intercâmbio de experiências para apoiar ações humanitária em países como Haiti, África e Oriente Médio”, afirmou, em coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro. “Tenho interesse especificamente nas respostas a desastres e inundações e os mecanismos que o Brasil trabalha na integração das três esferas de governo, federal, estadual e local”, afirmou.
Segundo Gerard Gómez, cerca de 75% da população de países latinoamericanos vivem em centros urbanos. “O nosso maior desafio é em relação às mudanças climáticas, os países têm que estar preparados para responder a esse tipo de emergência. O Brasil tem trabalhado bastante para envolver os beneficiários em discussões temáticas de ajuda humanitária. O envolvimento dos beneficiários melhora as políticas internacionais porque incorpora as necessidades específicas”, destacou.

Reportagem de Fabíola Ortiz
foto:amdro2003.blogspot.com

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