Dinheiro que deixou de ser investimento na saúde, a educação, na cultura, enfim, em todos os setores prioritários para a sociedade. Como acabar com este mal que corroí as bases da política nacional e se alastra como uma erva daninha e não parece ter fim?
A corrupção tirou dos cofres do governo federal R$ 40 bilhões entre 2002 e 2008, quase o equivalente à economia da Bolívia, cujo PIB (Produto Interno Bruto) previsto para este ano é R$ 36,4 bilhões. Em média, o Brasil perdeu R$ 6 bilhões ao ano no período.
O cálculo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo foi feito pelo economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marcos Fernandes da Silva a partir de informações de órgãos públicos de controle. Os valores seguramente são maiores, pois não foram considerados desvios de dinheiro dos Orçamentos de Estados e municípios.
Segundo a Folha, o dinheiro desviado daria para aumentar em 23% o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, que atende hoje quase 13 milhões. A injeção dos R$ 40 bilhões no programa poderia aumentar a expectativa de vida do brasileiro em dois anos e meio no período de dez anos.
Também cortaria à metade o número de casas sem saneamento básico, de 25,5 milhões para 12,1 milhões.
De acordo com o jornal, o rombo da corrupção em seis anos faz parecer pequenos escândalos recentes, como o do Ministério do Turismo, que provocou prejuízo estimado em R$ 3 milhões pela PF (Polícia Federal).
Apesar disso, o Brasil é considerado um país com controle de corrupção "moderado" pela Global Integrity, ONG que faz estudos sobre os mecanismos anticorrupção de cada país. A análise mais recente sobre o Brasil é de 2009.
No ranking da Global Integrity, o Brasil tem 76 pontos (em escala de 0 a 100; quanto maior o número, mais eficientes são os mecanismos anticorrupção). O patamar é semelhante ao de Índia e Rússia. Com nível "forte" aparecem EUA e até a Argentina. Na China, o controle da corrupção é "fraco".
fonte:http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=14,108214
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