E tudo acabou mesmo em pizza?
A mais recente edição da revista Veja, que já está nas bancas, afirma em sua reportagem principal, que José Dirceu (foto esq.), o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, teria instalado em um hotel de Brasília, uma espécie de gabinete para conspirar contra a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a revista, oficialmente Dirceu ganha a vida como um bem-sucedido consultor de empresas instalado em São Paulo. Na clandestinidade, porém, mantém um concorrido “gabinete” a 3 quilômetros do Palácio do Planalto, instalado numa suíte de hotel.
Tem carro à disposição, motorista, secretário e, mais impressionante, mantém uma agenda sempre recheada de audiências com próceres da República – ministros, senadores e deputados, o presidente da maior estatal do país. José Dirceu não vai às autoridades. As autoridades é que vão a José Dirceu, numa demonstração de que o chefão – a quem continuam a chamar de “ministro” – ainda é poderoso.
Ou seja: mesmo com os direitos políticos cassados, sob ameaça de ir para a cadeia por corrupção, ele continua o todo-poderoso comandante do PT. E, prossegue a revista, usa toda a sua influência para conspirar contra o governo Dilma – e a presidente sabe disso.
De acordo com a reportagem, a conspiração chegou ao paroxismo durante a crise que resultou na queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de junho. Na ocasião, Dirceu despachou diretamente de seu bunker instalado na área vip de um hotel cinco estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas. Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Palocci e nas quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos daquela semana.
A revista traz ainda imagens que comprovariam que Dirceu recebeu, entre 6 e 8 de junho, visitantes ilustres como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, todos do PT, e Eduardo Braga, do PMDB, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os deputados Devanir Ribeiro e Cândido Vaccarezza, do PT, e Eduardo Gomes, do PSDB. Esteve por lá também o ex-senador tucano Eduardo Siqueira Campos.
A reportagem afirma que, apesar de tantas articulações, Dirceu não conseguiu abocanhar cargos para seus indicados no governo: Dilma já havia sido advertida por assessores do perigo de delegar poderes a companheiros que orbitam em torno de Dirceu.
Veja diz ainda que a presidente conhece bem os caminhos da guerrilha política e não perde de vista os passos do chefão. E reproduz a fala que seria de um interlocutor da confiança da presidente e do ex-ministro: “Dilma e o PT, principalmente o PT afinado com o Dirceu, vivem uma relação de amor e ódio”.
Dirceu anda muito insatisfeito com o fato de a legenda não ter conseguido, como previra, impor-se à presidente da República. Dilma está resistindo bem. Uma faxina menos visível é a que ela está fazendo nos bancos públicos. Aos poucos, vem substituindo camaradas ligados a Dirceu por gente de sua confiança. E o chefão não tem gostado nada disso.
A revista informa que tentou ouvir Dirceu mas que este não teria respondido às perguntas que lhe foram feitas. A suíte reservada permanentemente ao “ministro” custa 500 reais a diária, de acordo com a reportagem, que informa quem pagaria a conta: o escritório de advocacia Tessele & Madalena, que tem como um dos sócios outro ex-assessor de Dirceu, o advogado Hélio Madalena.
Na última quinta-feira, segundo a revista, depois de ser indagado sobre o caso, Madalena instou a segurança do hotel Naoum a procurar uma delegacia de polícia para acusar o repórter de Veja de ter tentado invadir o apartamento que seu escritório aluga e, gentilmente, cede como “ocupação residencial” a José Dirceu.
A revista afirma que o jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades para tentar “descobrir por que o nome dele não consta na relação de hóspedes e por que uma empresa de advocacia paga a fatura de sua misteriosa ‘residência’ em Brasília”.
De acordo com a revista, oficialmente Dirceu ganha a vida como um bem-sucedido consultor de empresas instalado em São Paulo. Na clandestinidade, porém, mantém um concorrido “gabinete” a 3 quilômetros do Palácio do Planalto, instalado numa suíte de hotel.
Tem carro à disposição, motorista, secretário e, mais impressionante, mantém uma agenda sempre recheada de audiências com próceres da República – ministros, senadores e deputados, o presidente da maior estatal do país. José Dirceu não vai às autoridades. As autoridades é que vão a José Dirceu, numa demonstração de que o chefão – a quem continuam a chamar de “ministro” – ainda é poderoso.
Ou seja: mesmo com os direitos políticos cassados, sob ameaça de ir para a cadeia por corrupção, ele continua o todo-poderoso comandante do PT. E, prossegue a revista, usa toda a sua influência para conspirar contra o governo Dilma – e a presidente sabe disso.
De acordo com a reportagem, a conspiração chegou ao paroxismo durante a crise que resultou na queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de junho. Na ocasião, Dirceu despachou diretamente de seu bunker instalado na área vip de um hotel cinco estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas. Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Palocci e nas quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos daquela semana.
A revista traz ainda imagens que comprovariam que Dirceu recebeu, entre 6 e 8 de junho, visitantes ilustres como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, todos do PT, e Eduardo Braga, do PMDB, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os deputados Devanir Ribeiro e Cândido Vaccarezza, do PT, e Eduardo Gomes, do PSDB. Esteve por lá também o ex-senador tucano Eduardo Siqueira Campos.
A reportagem afirma que, apesar de tantas articulações, Dirceu não conseguiu abocanhar cargos para seus indicados no governo: Dilma já havia sido advertida por assessores do perigo de delegar poderes a companheiros que orbitam em torno de Dirceu.
Veja diz ainda que a presidente conhece bem os caminhos da guerrilha política e não perde de vista os passos do chefão. E reproduz a fala que seria de um interlocutor da confiança da presidente e do ex-ministro: “Dilma e o PT, principalmente o PT afinado com o Dirceu, vivem uma relação de amor e ódio”.
Dirceu anda muito insatisfeito com o fato de a legenda não ter conseguido, como previra, impor-se à presidente da República. Dilma está resistindo bem. Uma faxina menos visível é a que ela está fazendo nos bancos públicos. Aos poucos, vem substituindo camaradas ligados a Dirceu por gente de sua confiança. E o chefão não tem gostado nada disso.
A revista informa que tentou ouvir Dirceu mas que este não teria respondido às perguntas que lhe foram feitas. A suíte reservada permanentemente ao “ministro” custa 500 reais a diária, de acordo com a reportagem, que informa quem pagaria a conta: o escritório de advocacia Tessele & Madalena, que tem como um dos sócios outro ex-assessor de Dirceu, o advogado Hélio Madalena.
Na última quinta-feira, segundo a revista, depois de ser indagado sobre o caso, Madalena instou a segurança do hotel Naoum a procurar uma delegacia de polícia para acusar o repórter de Veja de ter tentado invadir o apartamento que seu escritório aluga e, gentilmente, cede como “ocupação residencial” a José Dirceu.
A revista afirma que o jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades para tentar “descobrir por que o nome dele não consta na relação de hóspedes e por que uma empresa de advocacia paga a fatura de sua misteriosa ‘residência’ em Brasília”.
Resumo
De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, o ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil no governo Lula continua exercendo influência sobre diversos políticos.
Para isso, manteria um “gabinete” instalado em um hotel de luxo em Brasília, onde recebe políticos e até membros do atual governo federal.
De acordo com a revista, Dirceu estaria insatisfeito com a postura da presidente Dilma Rousseff de não ter nomeado pessoas indicadas por ele para cargos na máquina pública federal e estaria conspirando contra a administração da presidente. A revista traz fotos que comprovariam a movimentação.
Em nota na internet, José Dirceu se defende
No blog que mantém na internet, José Dirceu fez sua defesa das afirmações publicadas na revista Veja.
De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, o ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil no governo Lula continua exercendo influência sobre diversos políticos.
Para isso, manteria um “gabinete” instalado em um hotel de luxo em Brasília, onde recebe políticos e até membros do atual governo federal.
De acordo com a revista, Dirceu estaria insatisfeito com a postura da presidente Dilma Rousseff de não ter nomeado pessoas indicadas por ele para cargos na máquina pública federal e estaria conspirando contra a administração da presidente. A revista traz fotos que comprovariam a movimentação.
Em nota na internet, José Dirceu se defende
No blog que mantém na internet, José Dirceu fez sua defesa das afirmações publicadas na revista Veja.
Confira a íntegra:
“Depois de abandonar todos os critérios jornalísticos, a revista Veja, por meio de um de seus repórteres, também abriu mão da legalidade e, numa prática criminosa, tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília.
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima. O hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
A revista não parou por aí.
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto “documentos relevantes”. Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais ‘documentos’.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the Word tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.
O jornalista Daniel Pereira se achou no direito de invadir minha privacidade e meu direito de encontrar com quem quiser e, com a pauta pronta e manipulada, encaminhou perguntas por e-mail já em forma de respostas para praticar, mais uma vez, o antijornalismo e criar um factoide. Pereira fez três perguntas:
1 – Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos – ministros, parlamentares, dirigentes de estatais – num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 – Geralmente, de quem parte o convite para o encontro – do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 – Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?
Soube, por diversas fontes, que outras pessoas ligadas ao PT e ao governo foram procuradas e questionadas sobre suas relações comigo. Está evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos.
Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades. Essa revista notoriamente se transformou em um antro de práticas antidemocráticas, a serviço das forças conservadoras mais venais."
fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-141053-JOSE+DIRCEU+MANTEM+PODER+INTACTO.html
foto:idadecerta.com.br
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