Um final de semana com excelentes notícias, começo
com esta da educação:
A Escola de Educação da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, reconhecida como uma das mais inovadoras do mundo para a área, terá, a partir do próximo ano, um núcleo para pesquisar a educação brasileira. A iniciativa é uma parceria com a Fundação Lemann, que pretende impulsionar o empreendedorismo e a inovação na educação do País.
Além de quatro pesquisadores da universidade dedicados aos estudos sobre o Brasil, o Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil (Centro Lemann para o Empreendedorismo e Inovação na Educação Brasileira) oferecerá quatro bolsas de pós-graduação por ano (três de mestrado e uma de doutorado) a brasileiros. A ideia é que esses acadêmicos desenvolvam pesquisas sobre políticas públicas, inovação e empreendedorismo em educação.
As bolsas não são apenas para educadores, mas podem ser pleiteadas por pesquisadores de outras áreas que queiram desenvolver trabalhos relacionados ao ensino. Uma das oportunidades oferecidas, inclusive, é para um curso integrado da faculdade de Administração com a de Educação em Stanford.
“A gente não resolve problemas jogando dinheiro neles, mas jogando cérebros. (..) Precisamos jogar cérebros desesperadamente na educação do País. (...) A gente quer procurar esses cérebros em todas as áreas, não só na pedagogia”, explica o professor Paulo Blikstein, brasileiro que já trabalha na Universidade de Stanford e será um dos pesquisadores do novo centro.
Para concorrer às bolsas, os interessados devem se candidatar diretamente à universidade. A Fundação Lemann vai oferecer as bolsas integrais (mais despesas) para quem for selecionado por Stanford, com o compromisso de que os pesquisadores devem retornar ao Brasil e aplicar o conhecimento na educação do País.
Formação de professores
Outra frente do projeto que tem um planejamento para ocorrer durante 10 anos foca na formação de professores. Todos os anos, um grupo de oito brasileiros participará de um treinamento para coordenadores escolares e diretores de cursos. A ideia é levar gestores do poder público e de faculdades de pedagogia para o workshop, que dura uma semana. Neste caso, a seleção será feita pela Fundação Lemann.
Um programa anual para pesquisador visitante, no qual profissionais brasileiros poderão passar de três a seis meses na universidade, também tem o objetivo de levar aos Estados Unidos aqueles que já trabalham na área.
Bom para Stanford
O professor Martin Carnoy, americano que publicou em 2009 o livro "A Vantagem Acadêmica de Cuba", resultado de uma pesquisa comparativa do ensino no Brasil e em Cuba, disse que o programa não é só importante para a educação do Brasil, mas para Stanford também. Segundo o pesquisador que fará parte do núcleo Lemann, o País desperta muito interesse no mundo e as pesquisas que virão da parceria serão positivas para a Escola de Educação de Stanford.
O diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, concorda com o pesquisador e pondera que há 10 anos talvez não fosse possível realizar essa parceria, porque não haveria o interesse da universidade americana. “Precisamos levar a educação brasileira ao mesmo patamar da economia”, explica.
fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/educacao+brasileira+tera+centro+de+estudos+de+ponta+nos+eua/n1597165479073.html
foto:mundodastribos.com
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