18/01/2011

Um janeiro para não se esquecer: 678 mortos


E que além de não esquecer sirva para tirar o governo em todas as suas esferas e a sociedade civil, especialmente aqueles que ocupam posições mais favorecidas economicamente, da inércia. Ninguém tem o direito de alegar que não sabia. Leiam a reportagem abaixo e não esqueçam o que foi dito:

Após reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo estima que existam cerca de cinco milhões de brasileiros vivendo em 500 áreas de risco em todo país. Além destas, outras 300 áreas são suscetíveis a inundações, mas o ministro não soube precisar quantas pessoas vivem nestas localidades.
A previsão de Mercadante é em que, em quatro anos, o sistema integrado de prevenção e alerta esteja funcionando. “Mas já esperamos respostas para o próximo verão. Vamos implantar pelo menos nas áreas mais críticas”, completou.
“Nós já temos um sistema bastante eficiente, que é feito por satélite. Vamos aprimorar a plataforma de coleta [de informações]. Já temos alguns radares, mas temos que ampliar a rede. Para saber quanto é a chuva, nós vamos ampliar a rede de pluviômetros”, detalhou o ministro.
Segundo ele, com o novo “supercomputador”, será possível fazer um mapeamento mais detalhado, que diminui de 20km² para 5km2 o raio de detalhamento das regiões analisadas.
“Precisamos aprimorar o levantamento geofísico, ter uma visão em regiões menores, de forma mais localizada e assertiva”, disse. Além disso, mais 700 pluviômetros serão instalados e todos esses dados serão reunidos e padronizados em nível nacional.    
O valor que será investido no projeto não foi informado pelo ministro, que disse que precisaria acertar os detalhes com os ministros do Planejamento e da Fazenda.
Caso a pasta não tenha recursos do próprio orçamento para executar tais ações, não está descartada a possibilidade de abertura de crédito extraordinário.
A coordenação do sistema ficará a cargo de ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Carlos Nobre. O sistema contará com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de São Paulo e o Geo-Rio (Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro).
Por determinação da presidente, amanhã(19), os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, da Defesa (Nelson Jobim) e da Justiça (José Eduardo Cardozo), devem voltar ao Rio de Janeiro para verificar as regiões afetadas pelas chuvas para identificar os próximos passos da ação integrada com o Estado e os municípios prejudicados com as enchentes e desabamentos.

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