Prosseguindo com as reflexões “inspiradas” no escândalo do governo de Brasília. Uma das evidências no quadro geral da política nacional – independentemente da sigla partidária – é que a confiança na impunidade está tão generalizada que os corruptos preferem correr o risco. Na verdade, as denúncias na sua maioria não são feitas por políticos preocupados em manter a ética, não são movidas por sentimentos de honradez, de compromisso com a população. As denúncias geralmente partem de outros corruptos que faziam parte do grupo denunciado e que por algum motivo se sentiram traídos, prejudicados ou algo do gênero. Então é como se fosse uma briga de facções, como acontece com os grupos de traficantes nas favelas do Rio de Janeiro que disputam o controle da venda de drogas ou do PCC, que luta pelo controle nos presídios brasileiros. O que não significa que as denúncias, no caso dos políticas e na atualidade aquelas que envolvem o governador Arruda e sua equipe percam a importância devido a origem. Infelizmente, elas apontam que o lado obscuro da luta pelo poder avança quase sem limites.
Uma indicação de leitura sobre esta falta de limites que atinge e contamina vários aspectos da nossa vida é a tese de Mestrado “Uma reflexão sobre a falta de limite: tematizando a alteridade” de Francine Marcéli Faria Santos para o Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro. O texto na íntegra pode ser lido neste link:
Cara Dra. Tania Mota,
ResponderExcluirNão posso deixar de parabenizar sua brilhante iniciativa, à que desejo o maior dos sucessos. A relação da ética com a paz é, concordo, um assunto extremamente interessante para aprofundar.
Afetuosos cumprimentos,
Ricardo Rabinovich-Berkman
Dra. Tânia,
ResponderExcluirDescobri seu blog por acaso e gostei muito da sua idéia em debater ética como um dos caminhos para paz. Sinceramente, apesar de ser muito jovem ainda, anda meio sem fé na ética da humanidade.
Parabéns!