10/01/2015

Agenda cultural

SÃO PAULO

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Retrato de Gene Berendt, de 1942

Roberto Burle Marx: Uma vontade de beleza (até 22 de março) - Cerca de 80 obras entre pinturas, desenhos, estudos, projetos, cerâmicas, vidros, jóias e tapeçarias, oferecendo um panorama da sua diversificada produção artística.

Sem título, de 1971


Burle Marx nasceu em São Paulo no ano de 1909 na Villa Fortunata, palacete localizado na esquina da Avenida Paulista com a Alameda Ministro Rocha Azevedo, onde passou sua primeira infância. Pode se dizer que, de forma poética, ele construiu os alicerces fundamentais de sua obra inspirados nos seus pais, Cecilia Burle, uma grande musicista pernambucana, romântica e lírica, e Wilhelm Marx, alemão, objetivo e racional.

Em 1913 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro onde permaneceram até 1928, ano em que mudaram para Berlim, então um dos centros culturais mais vivos do velho continente. Burle Marx pode nesta época, entrar em contato direto com as obras dos movimentos de vanguarda europeus – Picasso, Van Gogh, Arp, Klee etc. Também por lá, ao observar plantas tropicais brasileiras no Jardim Botânico de Berlim, o jovem de 20 anos teria percebido e se deixado hipnotizar pelas qualidades estéticas dos elementos da flora brasileira que a partir de então impregnariam sua obra.

Em 1930, de volta ao Brasil, passou a colecionar plantas tropicais, ao mesmo tempo em que começou a frequentar a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) no Rio de Janeiro, onde teve professores como Portinari e Leo Putz. Na década de 1930, passa a integrar sua obra paisagística à arquitetura moderna, experimentando formas orgânicas e sinuosas na elaboração de seus projetos.

A partir de 1940 o paisagismo de Burle Marx assumiu proporções importantes enquanto o seu trabalho de pintura continuou a se desenvolver de modo bastante intenso e original. Segundo Giancarlo Hannud, curador da exposição e da Pinacoteca de São Paulo, “sua prática paisagística, caracterizada pela ordenação de formas, massas, cores e texturas sobre um dado espaço geográfico em estreita relação com sua topografia e flora nativa, sempre esteve intimamente ligada à sua atuação como pintor e vice versa. Durante praticamente toda sua vida, parte de seu dia foi dedicada a pintura, com cavaletes em todos os seus locais de trabalho e residências. Do mesmo modo sua escultura, tapeçaria e joalheria; tudo se fundindo em um grande projeto de estetização da vida e do viver”.

Em 1949, Roberto Burle Marx organizou sua grande coleção no Sítio Santo Antônio da Bica, hoje Sítio Roberto Burle Marx. A partir de 1973 este passa a ser a residência oficial do artista. Além de um acervo botânico dos mais importantes, por seu tamanho e abrangência, a propriedade abriga as coleções reunidas por ele ao longo de mais de oito décadas de vida.


Serviço:
Praça da Luz, 02  Tel. 11 3324-1000
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h. Às quintas até as 22h. 


RIO DE JANEIRO

CCBB - Centro cultural do Banco do Brasil


Teatro: Hora Amarela

Primeira montagem no Brasil de ‘Through the Yellow Hour’, do dramaturgo norte-americanoAdam Rapp, cuja ação se passa em uma Nova York sitiada e arrasada por uma guerra misteriosa e violenta. Escondida há 52 dias nas ruínas de seu apartamento, Ellen (Deborah Evelyn) faz de tudo para sobreviver e não perder a esperança de rever o marido desaparecido. No desenrolar da peça, ela é surpreendida com a chegada de diferentes personagens, como Maude (Isabel Wilker), jovem viciada em drogas à procura de abrigo, e o professor Hakim (Emílio de Mello), que traz notícias do mundo externo. A situação se torna cada vez mais desoladora e Ellen tenta desesperadamente seguir em frente e se manter viva. Ao imaginar o cenário de destruição, guerra e ruína de ‘A Hora Amarela’, Rapp parece sugerir que a humanidade caminha para um futuro sombrio. No entanto, a resiliência de sua protagonista diz o contrário. É uma qualidade de nossa espécie: a força de lutar, como Ellen, para sobreviver dentro de uma realidade aterradora. Duração: 75 minutos.
Serviço
Rua Primeiro de Março, 66 - CentroCEP: 20010-000 / Rio de Janeiro (RJ)(21) 3808-2020
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h.Espetáculos de 08.01 a 08.02.2015 > QUI a SÁB, às 19h30min e DOM, às 17h e 19h30minPreço: Inteira R$ 10 reais e meia R$ 5 reais
CURITIBA
MON - Museu Oscar Niemeyer

Sebastião Salgado - Gênesis (até 15 de março)


A mostra é o resultado de oito anos de trabalho, com 245 imagens selecionadas, divididas em cinco seções geográficas. Dentro delas, o visitante pode observar as fotografias com temas como montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias, animais. Seu trabalho se mantém forte, focado na temática social, fotografias em preto e branco e bastante contrastadas.
Fruto de mais de 30 viagens, o objetivo do fotógrafo com esta mostra é trazer ao público ambientes que ainda não tenham sido atingidos pela vida moderna e que se mantêm intactos na natureza.

Seções temáticas

A mostra “Genesis” é dividida em cinco partes, em seus respectivos ecossistemas:

Planeta Sul

A Antártica, suas paisagens congeladas e seus destemidos animais, como pinguins, leões marinhos e baleias, fotografados inclusive em suas zonas de reprodução na Península Valdés. 
Também estão nessa seção imagens do Sul da Georgia, as Falklands/Malvinas, o arquipélago Diego Ramirez e as Ilhas Sandwich, onde as numerosas espécies de albatrozes, petreis-gigantes, cormorões e também pinguins vivem. 

Santuários

Abrindo com as singularíssimas paisagens vulcânicas e a fauna das Ilhas Galápagos, engloba ainda as populações anciãs da Nova Guiné e Irian Jaya, os Mentawai da Ilha Siberut (nos arredores da província de Sumatra, na Indonésia), e paisagens, vida selvagem e vegetação dos diferentes ecossistemas de Madagascar. 

África

A impressionante variedade de imagens: da extraordinária vida selvagem do Delta de Okavango, na Botswana, até os gorilas do Parque Virunga, na divisa de Ruanda, Congo e Uganda ; do grupo Himba, da Namíbia, e dos tribais Dinkas do Sudão, até a população do Deserto Kalahari em Botswana; das tribos do Omo Sul, na Etiópia, até as antigas comunidades cristãs do norte da Etiópia. 
Na África, revelam-se espetaculares - e numerosos - desertos, com suas cores indo do cinza escuro até o vermelho profundo, suas texturas de areia e pedra; alguns são planos, como oceanos, outros estão interrompidos por montanhas áridas. Em algumas imagens capturadas na Líbia e na Argélia, veem-se sinais de vida, não somente cactos e roedores mas também na arte rupestre datada de milhares de anos. 

Terras do Norte

Mostra as visões do Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos; as paisagens naturais do Parque Nacional Kluane, no Canadá; estão aqui também o extremo Norte da Rússia, incluindo o local de reprodução do urso polar na ilha Wrangel, a população indígena Nenet, no norte da Sibéria, e também a península Kamchatka, na ponta mais oriental da Rússia.
 
Amazônia e Pantanal

A enorme floresta tropical, vista do céu, é cortada pelo rio Amazonas e seus afluentes – e o desenho lembra uma gigantesca árvore da vida, com braços e mãos se estendendo do coração do Brasil em direção aos países vizinhos. Seguindo em direção ao Norte para capturar os Tepuis Venezuelanos, as mais antigas formações geológicas na terra, a seção inclui ainda as imagens da vida selvagem do Pantanal no Mato Grosso, da tribo indígena Zo e, “contatada” pela primeira vez há apenas duas décadas, assim como as tribos mais assimiladas do alto Rio Xingu.

Genesis

A documentação, que também resultou em um livro de nome homônimo, já passou por Museus dentro e fora do Brasil. Suíça, França, Itália, Inglaterra e Canadá são alguns países. China, Coreia, Alemanha e Portugal vão receber a mostra em 2015.

No Brasil, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro já receberam a exposição. Em Curitiba, o público pode conferir a mostra até março de 2015 no Museu Oscar Niemeyer.

Na obra de Sebastião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões globais. As primeiras foram Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999), que retrataram as duras consequências das radicais mudanças econômicas e sociais sobre as vidas humanas.

Serviço
“Genesis” – Sebastião Salgado
Data: 06 de novembro de 2014 a 15 de março de 2015
Salas: 04 e 05

Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico
Terça a domingo, das 10h às 18h
R$6,00 e R$3,00 (meia-entrada)
Menores de 12 anos e maiores de 60 anos tem entrada franca

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
Galeria de Arte Helena Calil

Maria Clara Pereira - A Condição Poética (até 31 de janeiro)

A exposição terá dois trabalhos realizados pela artista: Mandalas (em banners e projeções) e 15 composições criadas com coadores de café usados. O primeiro trabalho é composto por mais de mil peças. O segundo revela um novo e diferenciado suporte para desenhos e pinturas.
A mostra também terá a participação dos artistas Shirley Soares e Claudinei Oliveira, o Vespa, que contribuíram em duas composições. Por meio da nova técnica, surgiram imagens sortidas com diferentes estilos captados e revelados pela artista.    
Maria Clara Pereira, conhecida como Tatá Pereira, nasceu em 1956, em São José dos Campos. É formada em Educação Artística pela Faculdade de Musica Santa Cecília (Famusc) e cursou Letras pela Unicamp, onde foi aluna do músico José Miguel Wisnick, com quem ampliou sua visão poética do mundo.
Serviço
Lgo. São Benedito, s/nº – Centro
De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h50 e aos sábados, das 9hàs 12h50.

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