A
polícia religiosa da Arábia Saudita está encarregada de impedir as comemorações
de Ano Novo em todo o país, obedecendo a uma determinação do governo. A medida
se justifica porque o país árabe, que segue um entendimento muito conservador e
restrito do islã, segue o calendário lunar muçulmano, e não o gregoriano, como
no Ocidente. Portanto, todas as celebrações não islâmicas no país são
proibidas. A informação foi divulgada pelo jornal local Okaz.
Com
essa ordem, os agentes policiais devem monitorar comerciantes, proibindo
floristas de venderem rosas vermelhas no dia 31, assim como vendedores de lojas
de presentes de venderem ursos de pelúcia ou qualquer artigo que lembre a
celebração do Réveillon.
A polícia religiosa, órgão responsável pelo controle dos hábitos e costumes do
povo daquele país, é conhecida por cometer muitos abusos e pela posição
truculenta de seus agentes, mas tem adotado uma postura mais discreta desde
janeiro do ano passado, quando sua direção foi assumida pelo clérigo Abtulatif
bin Abdulaziz al-Sheik, que proibiu o uso de carros sem placas por seus
agentes.
O
órgão recebeu essa ordem da Comissão pela Promoção da Virtude e Prevenção ao
Vício, conhecida popularmente como Mutawaa, que divulgou uma fatwa (decreto
religioso) de um comitê formado pelos principais clérigos do país.
Entre outras proibições conhecidas dessa comissão está uma proibição com
restrições semelhantes no Dia dos Namorados do hemisfério norte (comemorada no
dia 14 de fevereiro, ao contrário do 12 de junho no Brasil).
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