23/08/2013

Unesco celebra abolição em dia para lembrar fim do tráfico de escravos

O tráfico de escravos - uma das maiores violações dos direitos humanos de toda a história - é lembrado nesta sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Também hoje, é comemorada a abolição da escravatura, uma homenagem àqueles que lutaram pelo fim da escravidão. Todos os anos, 23 de agosto marca o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.
Condenando o tráfico de escravos - nascido do racismo e da negação das culturas -, a Unesco clama à sociedade para extrair ensinamentos da história e lutar pela igualdade dos direitos, contra as novas formas de escravidão ou de comércio com seres humanos, ainda presente em algumas regiões do mundo, afetando em torno de 21 milhões de pessoas, segundo estima a organização.
"Devemos ensinar os nomes dos heróis dessa história, porque eles são os heróis de toda a humanidade. Ao homenagear anualmente, em 23 de agosto, as mulheres e os homens que lutaram contra essa opressão, a Unesco busca encorajar a reflexão e o debate sobre uma tragédia que deixou sua marca no mundo assim como ele é hoje", afirmou a organização em um comunicado em seu site.
A Unesco pede à população que celebre a diversidade cultural e lute contra o preconceito e a discriminação racial não apenas neste dia, mas em estado perene. A organização destaca que, desde o estabelecimento do projeto Rota do Escravo, em 1994, se esforça para quebrar o silêncio sobre o tráfico de escravos e a escravidão, visando "a revelar a extensão e as consequências dessa tragédia humana e a retratar a riqueza das tradições culturais que povos africanos forjaram em meio a adversidades".
"O tráfico de escravos não é apenas algo do passado: é nossa história e tem moldado a face de muitas sociedades modernas, criando laços indissolúveis entre povos e continentes, e transformando, de forma irreversível, o destino, a economia e a cultura das nações", lembra a Unesco. "Estudar essa história equivale a homenagear os combatentes pela liberdade e reconhecer suas contribuições singulares para a afirmação dos direitos humanos universais."

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