12/06/2013

Concurso para diplomata terá 30 vagas em 2013


O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou ontem no Diário Oficial da União as normas do concurso de admissão à carreira de diplomata, que neste ano oferece 30 vagas para ingresso ao Instituto Rio Branco.
O concurso terá quatro fases. A primeira aplicará prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de questões de Português, História do Brasil, História Mundial, Geografia, Política Internacional, Inglês, noções de Economia e noções de Direito e Direito Internacional Público. Segundo a portaria que traz as normas do concurso, 10% das vagas serão reservados na primeira fase aos candidatos afrodescendentes.
A segunda fase terá prova discursiva eliminatória e classificatória de Português e será estabelecida nota mínima para a prova de Português. A terceira fase será constituída de provas discursivas de História do Brasil, Geografia, Política Internacional, Inglês, noções de Economia e noções de Direito e Direito Internacional Público. As seis provas desta fase terão peso equivalente. Também será fixada nota mínima para o conjunto das provas da terceira fase.
A quarta fase da seleção terá provas escritas de Espanhol e de Francês, de caráter exclusivamente classificatório. Cada uma das provas desta fase terá peso equivalente à metade do peso de cada uma das provas da terceira fase. Segundo a portaria, "o diretor-geral do Instituto Rio Branco fará publicar o edital do concurso". A remuneração inicial de diplomata no Brasil é cerca de R$ 13 mil.
Para ser diplomata no País basta ter curso superior
Por princípio, o diplomata precisa ter disposição para o diferente. Não só por causa das inúmeras viagens e mudanças de residência que fará ao longo da carreira representando o seu país, mas sim porque terá de atuar nas mais variadas áreas. Nos concursos realizados para o Itamaraty, não há determinação de formação para os candidatos. Qualquer pessoa com diploma de ensino superior pode participar da seleção.
Com isso, o corpo diplomático brasileiro reúne os mais diferentes e impensáveis profissionais, além dos óbvios bacharéis em direito e relações internacionais: engenheiros, físicos, químicos, biólogos, filósofos, designers. Os jornalistas também são numerosos entre os aprovados no concurso para diplomacia.
Na última seleção, 42 aprovados eram do direito, 23 de relações internacionais, 11 jornalistas, sete administradores, seis engenheiros, cinco historiadores, três economistas, dois psicólogos, dois filósofos, dois sociólogos, dois da área de letras, um analista de sistemas, um designer, um físico, e um formado em zootecnia. A diversidade de profissionais é valorizada pelo Itamaraty.
Todos os futuros diplomatas passam por um curso de formação de dois anos no Instituto Rio Branco (IRBr), órgão do Ministério das Relações Exteriores. “O papel do Instituto Rio Branco é fazer com que candidatos vindos de áreas diferentes passem a pensar como diplomatas e a entender que passam a fazer parte de uma instituição, de uma corporação, com seus valores e regras”, explica o secretário Márcio Rebouças, do IRBr.
Quando concluem o curso, os diplomatas iniciam as atividades profissionais nos departamentos do Itamaraty. “O Itamaraty é um microcosmo no qual todos os talentos são apreciados. O profissional que opta pela diplomacia não deixa necessariamente de trabalhar na área de formação inicial. Trata-se de uma escolha pessoal”, afirma Rebouças.
Em algum momento da vida profissional, no entanto, eles terão de lidar com temas diferentes de suas áreas. “O Itamaraty é o responsável por gerenciar as relações internacionais do Brasil nas mais diversas áreas”, destaca o secretário. Ele lembra que o diplomata negocia desde ações para promoção da cultura brasileira até um tratado internacional, passando pela assistência consular aos brasileiros que residem no exterior.
Curiosidade e vontade de aprender
As pessoas que largaram carreiras distintas da diplomacia para tentar ingressar no Itamaraty têm algo em comum: são curiosas, ecléticas e gostam de desafios. Por isso, não se arrependem de, em muitos casos, terem trocado emprego fixo e estável para estudar e encarar um dos concursos mais difíceis do País.
Quem se aventura a entrar na disputa pelas vagas oferecidas anualmente pelo Instituto Rio Branco precisa passar por uma maratona de avaliações. A seleção é dividida em quatro fases. Na primeira, os candidatos fazem uma prova objetiva que cobra conhecimentos de português; história do Brasil; história mundial; geografia; política internacional; inglês; noções de economia, direito e direito internacional público.
A segunda fase constitui-se de uma única prova de português. Na próxima etapa, o candidato tem de demonstrar conhecimentos mais aprofundados de história do Brasil, geografia, política internacional, inglês, economia e direito. Por fim, são aplicadas provas de espanhol e francês. Com tantos conhecimentos diferentes exigidos em uma mesma seleção, quem é aberto a novas ideias e gosta de estudar sai em vantagem.





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