A porcentagem de entrevistados que consideram a gestão de Dilma ótima ou boa caiu de 57%, entre os dias 6 e 7 de junho, para 30% entre os dias 27 e 28. A taxa dos que consideram dos que consideram sua gestão regular subiu de 33% para 43%. Já quem a classifica como ruim ou péssima saltou de 9% para 25%.
De acordo com o Datafolha, esta é a maior queda de popularidade entre duas pesquisas seguidas, desde o confisco da poupança pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello. O instituto cita que, em março de 1990, imediatamente antes da posse, Collor tinha 71% de aprovação. Em junho daquele ano, já após o confisco, contava com 36% de apoio – uma queda de 35 pontos percentuais.
Deterioração generalizada
Segundo o Datafolha, 26% dos brasileiros consideraram ruim ou péssimo o desempenho de Dilma diante dos protestos. Outros 38% a classificaram como irregular, e 32% acharam ótimo ou bom.
Além das manifestações, outro fator que corroeu a avaliação da presidente foi o pessimismo com a economia. A aprovação da gestão econômica caiu de 49% para 27% em três semanas. A expectativa de que a inflação volte subiu de 51% para 54% dos entrevistados; 44% deles esperam maior desemprego, ante 36% da pesquisa passada.
O Datafolha informa que a queda da aprovação da presidente ocorreu em todas as regiões do país, em todos os níveis de escolaridade, renda e idade. Para qualquer recorte da pesquisa, a queda da aprovação é de, pelo menos, 20 pontos.
A queda é ainda mais expressiva, quando se lembra que, entre 20 e 21 de março, a presidente bateu seu recorde de popularidade, com 65% dos entrevistados considerando sua gestão como ótima ou boa.
Reportagem de Márcio Julboni
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