Com a chegada do verão, cresce a preocupação de como manter os filhos
longe dos insetos, que se reproduzem com mais facilidade durante as altas
temperaturas. Nem sempre a limpeza e a dedetização da casa são suficientes para
conter a proliferação de mosquitos, pernilongos e moscas. Métodos inseticidas e
repelentes ajudam a mantê-los longe das crianças. No entanto, alguns cuidados
no uso dos inseticidas são fundamentais, como indica a pediatra e alergista
Fátima Rodrigues Fernandes, presidente da regional de São Paulo da Associação
Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI).
"Em princípio, deve-se seguir as recomendações do órgão
regulador, presentes no verso das embalagens dos inseticidas", indica a
pediatra.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável pelo
controle dos inseticidas no mercado brasileiro. Segundo a pediatra, os
inseticidas que exigem cuidado na utilização são os que emitem odor forte, como
os produtos em aerosol, e os que entram em contato direto com a pele, como os
repelentes em creme. Se, após o uso, a criança apresentar alguma reação
atípica, é indicado procurar um especialista, que vai diagnosticar o problema e
indicar o melhor método para conciliar com a criança.
Deve-se evitar o uso de sprays em ambientes com crianças que têm
alergias respiratórias, como rinite, asma e bronquite. Os inseticidas em
aerosol têm ação imediata, em um curto espaço de tempo, por isso são mais
tóxicos. Já os repelentes tópicos, em creme ou gel, costumam ter uma aceitação
maior pelo organismo das crianças.
Mesmo assim, devem ser evitados nos pequenos que sofrem de dermatite
atópica, aquela reação que causa lesões vermelhas na pele e coceira.
"Algumas crianças são alérgicas aos conservantes dos repelentes",
explica a alergista. Para evitar problemas, é indicado usar repelentes
específicos, do tipo hipoalergênicos. Na hora de aplicar, é preciso passar
longe dos olhos e da boca.
Os inseticidas de tomadas, líquidos ou em pastilhas são indicados
para ambientes fechados. No entanto, também devem ser usados com cautela se a
criança apresenta problemas alérgicos ou respiratórios. Outras alternativas são
as telas protetoras e o óleo de citronela, uma substância natural que dificilmente
causa reações alérgicas.
foto:gartic.uol.com.br
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