Quem nunca ouviu o ditado que diz que "o mal é o que sai da boca do homem"?. Penso que não apenas da boca por meio das palavras proferidas, jogadas ao vento muitas vezes levianamente sem medir as consequências nem a dor que pode causar ao outro. O mal também sai das mãos do homem quando comete atos insanos guiados por objetivos egoístas e quando estas mãos são lavadas e assumida desta forma a omissão.
O mal impera quando viramos as costas, quando cobrimos os olhos, mudamos de calçada e petrificamos nosso coração.
A responsabilidade não é do outro, mas sim nossa e tudo que acontece neste planeta é resultado de ações que cometemos ou permitimos de alguma maneira que sejam realizadas, inclusive quando calamos a boca para evitar qualquer comprometimento. No entanto, a vida exige este comprometimento diário. Mudamos o mundo começando a mudar a nós mesmos, a nossa postura com relação as situações da vida e ao outro que não é invisível e que não pode ser desumanizado para garantir a paz das nossas consciências.
A onda de violência que começou em São Paulo e agora se alastra pelo interior e outros estados como Santa Catarina não nasceu do nada. A violência não surge de repente, ela sempre dá sinais anteriores de que encontrou um terreno fértil e que se nada for feito ela crescerá e arrastará a todos na sua insanidade em um sacrifício inútil e sangrento que poderia ter sido evitado.
Dra. Tânia Mota de Oliveira
foto:amornatural.blogspot.com
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