01/11/2012

Anvisa esclarece e-mail que alerta sobre fenilpropalamina


Uma mensagem difundida via e-mail tem causado confusão entre consumidores e levantado falso alarde sobre os medicamentos à base do princípio ativo Fenilpropanolamina, substância usada principalmente em antigripais. Tem circulado na internet um texto assinado por um médico de São Paulo alertando para a determinação da Anvisa de proibir a fabricação, distribuição e venda desses medicamentos. 
A Agência informa que a Fenilpropanolamina está proibida desde novembro de 2000, por meio da Resolução - RDC nº 96, de 8 de novembro de 2000. Não há motivo para alarde e preocupação uma vez que a Anvisa já tomou todas as providências necessárias e a substância não faz mais parte do mercado farmacêutico brasileiro.
A determinação suspende, como medida de segurança sanitária, a fabricação, distribuição, comercialização dos medicamentos que contenham em sua fórmula, isolada ou associada, a substância Fenilpropanolamina e seus sais.
A mensagem lista uma série de medicamentos, como Naldecon, Bernadryl e Descon, amplamente utilizados pela população, inclusive por crianças. O e-mail também menciona o risco de morte por aqueles que estão usando a referida medicação. A Agência destaca que a divulgação de informações desse tipo deve ser cuidadosa e precisa para evitar preocupação desnecessária por parte da população. 
Na época, os fabricantes tiveram 30 dias para recolher os medicamentos que continham a substância. Os laboratórios que optaram por manter a marca comercial de seus produtos foram obrigados a modificar a fórmula e, portanto, retiraram a substância dos medicamentos em questão. A Fenilpropanolamina que foi associada a reações adversas nos Estados Unidos, como derrame cerebral, não existe mais no Brasil há 3 anos e meio. 
Esta medida se fundamentou na ocorrência de graves efeitos colaterais relatados pela Agência Reguladora de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (Food and Drugs Administration - FDA), a partir de estudo realizado na Yale University School of Medicine, intitulado “Fenilpropanolamina e o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico”. Demostrou também que a Fenilpropanolamina incrementa o risco de derrame vascular cerebral hemorrágico: sangramento dentro ou em volta do cérebro, principalmente em mulheres. Embora o risco fosse muito baixo, o FDA recomendou a não utilização de qualquer produto contendo a substância. 
Alguns dos medicamentos que tiveram sua fórmula modificada são:
  • benadryl dia e noite® (warner-lambert)
  • contac® (smithkline beecham)
  • naldecon® (bristol-myers)
  • acolde® (pharmakron)
  • rinarin expectorante® (farmasa)
  • deltap® (instituto terapêutico delta)
  • desfenil® (sankyo)
  • cloridrato de fenilpropanolamina® (neoquímica)
  • naldex® (neoquímica)
  • nasaliv® (união química)
  • decongex plus® (aché)
  • sinutab® (aché)
  • sanagripe® (jarrel)
  • descon® (aventis)
  • descon ap® (aventis)
  • descon expectorante® (aventis)
  • dimetapp® (wyeth-whitehall)
  • dimetapp expectorante® (wyeth-whitehall)
  • ornatrol espansule® (enila)
  • rhinex ap® (monsanto)
  • cheracol plus® (pharmacia upjohn)
  • contilen® (nature’s plus).
Estas e outras informações estão acessíveis no alerta sobre a fenilpropanolamina.




foto:laopinon.cl

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