22/09/2012

Taxa de analfabetismo funcional fica estagnada entre 2009 e 2011



Embora o número de analfabetos tenha diminuído de 2009 para 2011 no Brasil, o percentual de pessoas consideradas analfabetas funcionais permaneceu o mesmo no período. Não conseguem participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária 20,4% dos brasileiros com mais de 15 anos, o mesmo índice observado em 2009 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos novos dados foram divulgados ontem, dia 21. 
Para calcular o analfabetismo funcional, o IBGE utiliza o número de pessoas com menos de quatro anos de estudo. Estavam nesta condição em 2011 30,5 milhões de brasileiros. A maioria desses analfabetos funcionais está no Norte e Nordeste, onde 25,3% e 30,9% da população faz parte desse grupo, respectivamente. A região Sudeste é a que apresenta o melhor cenário em relação ao índice, com 14,9% de analfabetos funcionais, seguida pela Sul (15,7%) e Centro-Oeste (18,2%). 
Quando se observa o grau de instrução das pessoas com mais de 25 anos, outro dado chama a atenção e assusta. Em dois anos, aumentou de 13% para 15,1% o percentual da população sem instrução e os que tem nível fundamental incompleto ficaram menos representativos (de 36,9% para 31,5%). Como alento, aumentou a população com nível fundamental completo em 1,2 ponto percentual (de 8,8 para 10%), médio completo em 1,5 ponto (23 para 24,5%) e superior completo em 0,9 ponto (de 10,6 para 11,5%).

Analfabetismo em queda
Puxada pela elevação da escolarização de pessoas de 15 a 24 anos, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo de 9,7%  em 2009 para 8,6% em 2011, uma evolução de 1,1 ponto percentual. O avanço é melhor que o atingido entre 2008 e 2009, quando a taxa caiu de 10% a 9,7% da população – em 2010 o IBGE não divulgou o Pnad por conta do censo demográfico. Ao todo, em 2011, eram analfabetas 12,9 milhões de pessoas com mais de 15 anos. 
Também neste índice, as regiões Nordeste e Norte apresentaram os dados mais alarmantes. No Nordeste, onde a taxa é de 16,9%, há 6,8 milhões de pessoas analfabetas, o que corresponde à metade (52,7%) do total do Brasil. No Norte, o índice fica em 10,2%. As regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,9% e 4,8%, respectivamente. Na Região Centro-Oeste, o índice foi de 6,3%.

Reportagem de Tatiana Klix

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