18/06/2012

Eleições no mundo

Grécia

Conservadores pró-austeridade obtêm maioria do Parlamento grego



O partido ND (Nova Democracia), do líder conservador Antonis Samaras, já é considerado vencedor das eleições gregas, realizadas ontem (17/6). O resultado coloca Atenas sob controle da troika, formada por União Europeia, Banco Central Europeu e FMI, que oferece resgatar a economia grega em troca de um pacote impopular de austeridade.
A Syriza, coalizão de esquerda liderada por Alexis Tsipras, conseguiu uma votação histórica, mas não o suficiente para impedir que seja formada uma coalizão de centro-direita no Parlamento Helênico. “O governo, a Nova Democracia, precisa ter em mente grandes questões – não poderá continuar fazendo o que fazia, sem levar em consideração o povo grego”, afirmou Tsipras.
A coalizão de esquerda, apesar de minoria, irá “continuar sua luta” com “forte presença” na oposição. “Encontraremos nossa própria justiça. Proporemos obstáculos às medidas [de austeridade] e ao resgate [da troika]. É a única opção viável para a Europa”, disse o líder.
Com 70% das urnas apuradas, a Syriza tinha 26% dos votos – um crescimento de nove pontos percentuais em relação à eleição de 6 de maio. Segundo projeções oficiais, a esquerda terá 72 cadeiras no Parlamento de um total de 300. O ND tinha 30% dos votos, com projeção de 128 assentos.
O líder conservador Antonis Samaras afirmou, em seu discurso de vitória, que os eleitores gregos “votaram por políticas que irão trazer empregos, desenvolvimento, justiça e segurança”. “Não teremos uma nova aventura e não duvidaremos da posição da Grécia na Europa. Não seremos acovardados pelo medo”, disse o líder conservador, que aguarda membros do Pasok, partido terceiro colocado, para compor a maioria no Parlamento Helênico.
O Pasok, no entanto, diz que não forma coalizão com o ND sem apoio da Syriza, que por sua vez já anunciou partir para a oposição. As negociações já começaram e um novo impasse não está descartado, mas é pouco viável dada a necessidade de uma solução rápida para a crise no país.

foto:exame.abril.com.br

França

Ultradireita é derrotada pela Frente de Esquerda e conquista apenas dois assentos no legislativo


A ultradireitista Frente Nacional foi derrotada no pleito deste domingo (17/06) pela coalizão do ex-candidato à Presidência Jean-Luc Melenchon. A coalizão liderada por Marine Le Pen conquistou apenas dois assentos no Parlamento contra 13 obtidos pela rival Frente de Esquerda.
Em um anúncio público após a divulgação das primeiras pesquisas de boca de urna, Marine admitiu seu fracasso pessoal ao tentar ingressar no parlamento, mas julgou os resultados alcançados por seu partido como “espetaculares”. Ela também cogitou uma nova apuração dos votos: "talvez haja uma recontagem, pois já se sabe como funcionam alguns municípios". A líder ultradireitista acredita ter sido derrotada pelo socialista Philippe Kemel "por apenas 114 votos".
Mais cedo, o fundador da Frente Nacional e pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, já havia reconhecido a derrota da filha. A ex-candidata é otimista e acredita que a entrada de seu partido no Parlamento pela primeira vez desde 1988 sinaliza “uma recomposição da vida política" francesa.
De acordo com uma pesquisa eleitoral publicada ainda em maio pelo Ifop (Instituto Francês de Opinião Pública, na sigla em francês) Marine Le Pen já surgia atrás do candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon.
Segundo as estatísticas, Le Pen até conseguiria vencer Mélanchon com cinco pontos percentuais de diferença no primeiro turno. Contudo, analistas especulavam que o cenário se inverteria na segunda fase da eleição e o candidato comunista ultrapassaria a extrema-direita com confortáveis dez pontos de vantagem.
Le Pen surpreendeu analistas politicos e conseguiu alcançar a terceira colocação na eleição presidencial do início de maio.

foto:g1.globo.com


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