Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que quase 10 milhões de brasileiros – 5,6% da população – têm diagnóstico de diabetes. Entre pessoas com mais de 65 anos, a taxa sobe para 21,6%.
Embora os números de 2011 tenham caído em relação ao ano anterior, quando a taxa era de 6,3%, a doença subiu entre os homens. O índice passou de 4,4%, em 2006, para 5,2%, no ano passado. Apesar do aumento, a doença continua a afetar mais mulheres: 6% da população feminina têm diagnóstico.
Segundo o ministério, a doença é mais comum em pessoas que estudam menos: 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos. Entre quem tem até oito anos de escolaridade, a taxa é de 7,5%. O número de internações por diabetes no SUS aumentou 10% entre 2008 e 2011. A doença está fortemente associada ao excesso de peso. De 2006 a 2011, o número de obesos cresceu 28%.
O levantamento revela, também que que 22,7% da população adulta brasileira sofre de hipertensos. Mais uma vez as mulheres são mais afetadas (25,4%) do que os homens (19,5%). No caso dos idosos, seis em cada 10 são portadores da doença no país.
Um levantamento realizado em 2011 pela SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), com apoio da Bayer HealthCare, e participação de mais de 2.000 pessoas, aponta que a população ainda tem dúvidas sobre o que é o diabetes e como a doença pode ser controlada.
A pesquisa mostra que 85% dos entrevistados desconhecem ou subestimam o número de diabéticos no Brasil, sendo que 61% dos participantes acredita que existem cerca de 2 milhões de pessoas com diabetes no País.
De acordo com o endocrinologista e vice-presidente da SBD, Walter Minicucci, é fundamental que as pessoas sejam mais informadas sobre como prevenir e tratar o diabetes, mas, de acordo com o doutor, muitos têm contato com a doença, porém não sabem diferenciar os tipos ou como tratá-la.
Segundo dados da pesquisa, 38% dos entrevistados acreditam que o diabetes tem cura e menos da metade dos entrevistados, 49%, soube defini-la. E ,apenas 50% dos participantes afirmaram que um diabético pode levar uma vida normal.
O doutor alerta que caso o diabetes não for controlado adequadamente, pode acarretar complicações graves como retinopatia diabética – que pode causar perda visual definitiva –, catarata precoce, alteração da função renal que pode levar o paciente para a hemodiálise, alterações neurológicas que podem ocasionar dores em membros inferiores e atrofias musculares e complicações cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral). “Mas também é preciso lembrar que nada disto ocorrerá se o tratamento for efetivo e contínuo”, reforça o especialista.
O levantamento ainda aponta que 69% dos participantes demonstraram conhecimento sobre os fatores de risco do diabetes. Já 63% das pessoas disseram que conhecem alguém com a doença e, entre os que conhecem um diabético. Além disso, 49% disseram que a pessoa que tem a doença é membro de sua família; 51% dos entrevistados não sabiam diferenciar os tipos da doença (tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional).
O endocrinologista Rodrigo Siqueira, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, alerta para os fatores que podem causar o diabetes.
“O diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e até adultos jovens. O do tipo 2 aparece em 95% dos casos nos adultos, e pode ser desencadeado por fatores de risco como obesidade e sedentarismo”, alerta. Quanto mais fatores de risco a pessoa tiver, maior é a possibilidade de desenvolver a doença.
Entretanto, pessoas com hábitos saudáveis, mas com histórico de diabetes na família precisam tomar cuidado.
Insulina
“Após aproximadamente dez anos de tratamento, o pâncreas do diabético não produz insulina”, afirma Siqueira. Por isso, é necessária a reposição. “Alguns tipos de insulina começam a agir em 15 minutos, e após duas horas já não têm mais efeito. Outras começam a fazer efeito após três ou quatro horas, mas duram um dia inteiro. Tudo depende de cada paciente”, indica.
Riscos, hábitos e tratamento
O paciente diabético tem mais riscos de apresentar doenças cardiovasculares (infarto e derrame), precisa controlar o nível de colesterol e pressão arterial.
Além disso, deve adotar bons hábitos alimentares, não ingerir bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos. “Os diabéticos são proibidos de ingerir carboidratos simples e açúcares, presentes nos doces principalmente”, indica Siqueira.
Além dessas precauções, o tratamento do diabetes pode ser feito por via oral (alguns remédios são distribuídos pela rede pública de saúde) para controle da doença. O diabetes não tem cura.
foto:teresasurita.com
Falta de vitamina D está ligada a fator
de risco de diabetes tipo 2
Um novo estudo americano revela uma possível ligação entre baixos níveis de vitamina D e a síndrome metabólica, doença que altera as taxas de glicose, triglicérides, colesterol, pressão e peso, o que pode levar à diabetes tipo 2 e a doenças cardiovasculares. O trabalho foi apresentado esta semana no 94º encontro anual da Sociedade Americana de Endocrinologia, em Houston, Texas.
A principal autora, Joanna Mitri, do Centro Médico Tufts, em Boston, adverte que a pesquisa não prova que a deficiência de vitamina D cause a diabetes tipo 2, nem que haja uma ligação direta entre as duas condições.
No estudo, pessoas com altas taxas de vitamina D no sangue apresentaram 48% menos risco de desenvolver síndrome metabólica. Junto com colegas, a médica avaliou indivíduos pré-diabéticos de diferentes etnias.
fonte:http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/245993_falta_de_vitamina_d_esta_ligada_a_fator_de_risco_de_diabetes_tipo_2.html
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