O Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirma que pelo menos 19 tipos de câncer estão relacionados à ocupação e ao ambiente de trabalho.E trabalhadores de algumas profissões são muito mais propensos ao desenvolvimento desses tumores.
Entre os "cânceres do trabalho" estão os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga, mama e leucemias.
E entre os trabalhadores com maior risco de aquisição da doença estão cabeleireiros, pilotos de avião, comissários de bordo, farmacêuticos, químicos e enfermeiros.
Vigilância e diagnóstico correto
Com o objetivo de identificar essa causalidade entre câncer e os agentes específicos no ambiente de trabalho que levam ao seu desenvolvimento, o INCA realizou um estudo chamado "Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho".
O documento será apresentado ao Ministério da Saúde e às secretarias estaduais de saúde, além de outros órgãos que possam usar as conclusões do estudo na criação de ações para evitar o surgimento da doença no ambiente de trabalho.
O documento também ajudará os médicos a fazerem as anotações corretamente quando do diagnóstico de um câncer relacionado ao trabalho.
Orientações técnicas e epidemiológicas
Cada capítulo da publicação foi escrito por um grupo de especialistas e submetido à análise de um comitê de consultores.
O objetivo é oferecer aos profissionais de saúde subsídios, por meio de orientações técnicas e epidemiológicas, para buscar na história pessoal e profissional do paciente, informações ou indícios de contato com compostos potencialmente cancerígenos no ambiente ou no processo de trabalho.
Além das substâncias mais comumente associadas ao desenvolvimento de tumores, como o amianto (ou asbesto), classificada pela Organização Mundial da Saúde como cancerígena para humanos desde 1987, produtos aparentemente inofensivos, como poeiras de cereais, de madeira e de couro, e até mesmo medicamentos (os antineoplásicos) podem provocar câncer.
A via de absorção (respiratória, oral ou cutânea), a duração e a frequência da exposição aos agentes nocivos influenciam a toxidade, mas esses dois últimos fatores não são fundamentais para o desencadeamento do processo da carcinogênese.
O documento completo, em formato pdf, pode ser consultado aqui.
foto:lfg.com.br
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