06/05/2012

Eleições na UE: França, Grécia e Reino Unido

França

Começa o segundo turno das eleições em territórios franceses no exterior

O segundo turno das eleições presidenciais francesas teve início neste sábado (05/05) em territórios do país no exterior. Além disso, os consulados franceses, incluindo aqueles no Brasil, já começaram a receber os votos da acirrada disputa entre o socialista François Hollande e o atual presidente do país, o conservador Nicolas Sarkozy.
A votação nos territórios sob domínio francês teve início nas ilhas de Saint Pierre e Miquelon, no Oceano Atlântico Norte. Logo depois, foi a vez da Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Saint-Barthélemy e Saint-Martin começarem as votações.

A votação prossegue na Polinésia Francesa, Wallis e Futuna e Nova Caledônia. Os colégios eleitorais nessas localidades deverão ser fechados antes da abertura dos locais de votação na França. Cerca de 1,7 milhão de pessoas devem votar nesses territórios. 
No Brasil, os cerca de 15 mil cidadãos franceses devem levar o documento de identidade para votarem nos consulados de Brasília, São Paulo ou Rio de Janeiro. A votação acontece até às 18h. No primeiro turno, realizado em 22 de abril, apenas 28,3% dos eleitores franceses cadastrados no Brasil votaram, um total de 4.217 pessoas.
Na França, os votos começam a ser contados logo após o fechamento das urnas, mas os primeiros resultados só devem ser divulgados a partir das 20h locais (15h de Brasília).
As últimas pesquisas divulgadas nesta semana, apontam para uma vitória de Hollande sobre Sarkozy por quatro pontos de vantagem. Apesar disso, o atual presidente diminuiu nas últimas semanas a diferença que tinha para o primeiro colocado.
No primeiro turno, Hollande sagrou-se vencedor ao conquistar 28,6% dos votos. Sarkozy veio logo depois com 27,06%. O vencedor tomará posse no próximo dia 14 e, em seguida, serão realizadas as eleições legislativas nos dias 10 e 17 de junho.
foto:noticias.terra.com.br


Reino Unido

Partido Trabalhista recupera maioria dos distritos em eleições no Reino Unido


Com os votos preliminares de todos os distritos eleitorais do Reino Unido já apurados, os trabalhistas voltam a figurar como força política majoritária do país e deixam o Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron em segundo lugar no número de jurisdições.Agora, o Partido Trabalhista tem sob seu controle 75 distritos, 32 a mais do que tinha antes do pleito. Por sua vez, conservadores perderam 12 jurisdições, totalizando o controle sobre 42 distritos. Neste ano, 181 distritos convocaram eleições. 51 permanecem sem nenhum partido com a maioria do sufrágio e serão obrigados a formar coalizões.

Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, comemorou os resultados, ressaltando que seus correligionários “estão de volta pelo país”. Se dirigindo a eleitores de Southampton, uma das vitórias mais decisivas para seu partido, lembrou que sua campanha buscou dar atenção às “coisas que interessam às pessoas” e não se manteve “fora de contato”.
"Pelos pais preocupados com seu filho ou com sua filha desempregada, pelas pessoas que estão vendo seu padrão de vida ser comprimido, pelas pessoas que pensam que este país está trabalhando apenas para alguns no topo e não por todos – os trabalhistas estão ao seu lado”.
Já David Cameron, em declarações à imprensa, se disse triste pelos candidatos a reeleição que perderam suas vagas em meio a uma “difícil virada nacional”. Questionado sobre a necessidade de uma mudança de estratégia eleitoral, alegou que "esses são tempos difíceis” e que “não existem respostas fáceis para essa questão”.
"O que nós realmente temos que fazer é tomar decisões drásticas para lidar com essa dívida, com o déficit e com a economia falida que herdamos. Nós continuaremos fazendo essas escolhas e temos que fazer o melhor por nosso país”, concluiu.
foto:noticias.terra.com.br

Grécia
Gregos vão às urnas e pesquisas apontam fragmentação do Parlamento

As eleições parlamentares da Grécia acontecem neste domingo (06/05) em meio a uma grave revolta da população por conta da crise econômica que o país atravessa. As últimas pesquisas divulgadas apontam que um em cada quatro gregos irá anular seu voto. Além disso, as sondagens indicam um Parlamento fragmentado, em um cenário em que os dois maiores partidos do país, o conservador ND (Nova Democracia) e o socialista Pasok (Movimento Socialista Pan-helênico) perderam forças e não conseguirão obter a maioria absoluta no pleito.
A expectativa é que os dois partidos obtenham a pior votação de sua história, o que causaria a necessidade de uma união entre as legendas para que um governo de coalização fosse formado.
Entre os dois partidos, o cargo de primeiro-ministro é disputado por Antonis Samaras, do ND, e por Evangelos Venizelos, do Pasok. Nas semanas que antecederam a votação, Samaras afirmou que não faria um acordo com o partido socialista, caso nenhuma das legendas alcançasse a maioria absoluta. O conservador disse ainda que, nesse caso, convocaria novas eleições no país.
Venizelos, por sua vez, não fala abertamente em fazer um acordo com o partido conservador. Apesar disso, o socialista já admitiu que depois de domingo, será necessário conseguir outra coalizão. No entanto, Venizelos pediu votos para que o Pasok consiga a maioria absoluta nas eleições e, dessa forma, possa formar um governo de acordo com suas prioridades.
O socialista foi nomeado vice-primeiro-ministro do governo de unidade presidido pelo ex-banqueiro Lucas Papademos em novembro do ano passado, quando Giorgos Papandreou foi afastado do cargo de primeiro-ministro por meio de um plebiscito.
Por conta de crise econômica que o país enfrenta, a Grécia teve de recorrer a empréstimos junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e UE (União Europeia). Para se adaptar às exigências da Troika, formada por estas organizações, o governo grego teve de adotar medidas de austeridade que provocaram a revolta da população.
Entre as medidas, os gregos tiveram de enfrentar os cortes nas pensões, o aumento nos custos de transporte, saúde e educação e a demissão de milhares de funcionários públicos, entre outras coisas. Apesar dos protestos da população do país, as ações foram aprovadas por exigência da Troika.
Exigiu-se ainda que o custo do trabalho fosse reduzido em mais de 15% até 2014 e que o setor público sofresse cortes de 11,5 bilhões de euros. O desemprego no país chegou a um nível recordo e atingiu 21,8% da população em janeiro.
A situação fez com que a Grécia chegasse a um cenário onde um em cada três gregos vive abaixo do limite da pobreza. Além disso, o número de pessoas que não tem sequer onde morar já passa os 20 mil, algo impensável para o país há poucos anos atrás.
A revolta da população com o governo do país se traduz nas pesquisas de intenção de voto, que apontam que nenhum partido deverá obter mais de 25% nas eleições deste domingo.
“A pobreza está muito espalhada, por isso não se pode fazer uma classificação das intenções de voto com critérios de renda. Todo mundo está furioso e por isso surgem intenções de voto a favor de partidos extremistas e a fragmentação do panorama político”, afirmou Cristoforos Vernardakis, professor da Universidade de Salônica e conselheiro do instituto de opinião VPRC, em entrevista à Agência Efe.
As últimas pesquisas apontam para uma vitória magra do conservador ND e indicam que entre sete e dez partidos deverão superar a barreira de 3% dos votos, o que garante ao menos uma vaga no Parlamento.


foto:oglobo.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita e pelo comentário!