30/01/2012

Cuba limita a dez anos tempo de permanência em cargos do poder

Novos ares na Ilha de Fidel?


O PCC (Partido Comunista de Cuba) aprovou ontem a medida que limita a dez anos o tempo máximo de permanência em cargos do poder. A intenção é promover quadros mais jovens no governo. "Podemos começar a aplicação paulatina [da regra], sem esperar pela reforma constitucional", afirmou o ditador cubano, Raúl Castro, no encerramento da conferência do partido. Segundo ele, a medida vale para todos os cargos do governo, inclusive o seu.

Raúl, que assumiu o comando do país depois da saída de seu irmão, Fidel Castro, tem hoje 80 anos. Assim como ele, a cúpula do partido é formada por assessores idosos, antigos partidários da guarda revolucionária.

A decisão de discutir a limitação de dois mandatos de cinco anos para os cargos de poder havia sido proposta em abril no congresso do PCC, que tem Raúl como seu dirigente máximo. O dirigente voltou a afirmar que há uma carência de substitutos para os cargos do governo, assim como fizera em abril.

O anúncio se dá em meio a uma série de reformas econômicas que visam reativar a frágil economia cubana. O regime autorizou, por exemplo, a compra e venda de casas, antes proibida na ilha.

Em discurso a integrantes do partido, Castro pediu ainda maior dedicação no combate a corrupção e defendeu o regime político do país, de apenas um partido. "Renunciar ao sistema de um só partido seria o equivalente a legalizar um partido ou partidos do imperialismo no nosso solo", afirmou.


foto:worldatlas.com

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