27/12/2011

Justiça proíbe venda e importação de aparelhos que pirateiam TV a cabo


A Justiça Federal divulgou ontem (26) a proibição da importação, venda e propaganda de aparelhos que permitem ao usuário piratear o sinal de empresas de TV por assinatura, considerando que os dispositivos iam contra a Lei Geral das Telecomunicações. Estes aparelhos permitem que mais canais além dos contratados fossem acessados sem custo adicional.
O processo contra os aparelhos foi movido pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Sindicato Nacional das Empresas Operadoras de Televisão por Assinatura (SETA) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Sistema de TV por Assinatura e Sistemas Especiais (SINCAB) há seis meses.
O juiz Marcelo Mesquita Saraiva, da 15ª vara de São Paulo, entendeu que o uso dos conversores de sinal Azbox, Azamérica e Lexusbox (que tiveram comercialização proibida) ofereciam concorrência “ilegal e desleal advinda da massiva importação, divulgação e comercialização dos decodificadores” para as operadoras de TV.
De acordo com a ABTA, são comercializados entre 500 mil e 700 mil equipamentos do tipo no Brasil, responsáveis por um prejuízo estimado em R$ 100 milhões.
O juiz também determinou às associações de despachantes aduaneiros e importadores de produtos populares que informem seus associados sobre a proibição. O mesmo pedido foi feito à Associação dos Comerciantes do Bairro de Santa Ifigênia (ACSI) e às empresas de internet que veiculam propagandas sobre este tipo de serviço ilegal. Quem desacatar as ordens impostas pelo juiz poderá responder por crime de desobediência prevista no Código Penal.

foto:cienciacontraocrime.blogspot.com

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