Em cinco dias, a população mundial deverá atingir a marca de 7 bilhões de pessoas. As decisões que forem tomadas agora irão determinar se teremos um futuro saudável, sustentável e próspero ou um futuro marcado por desigualdades, decadência ambiental e retrocessos econômicos, segundo o relatório sobre a Situação da População Mundial 2011, publicado nesta ontem (26/10) pelo UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas.
“Com planejamento e investimentos corretos nas pessoas, agora, – para empoderar as mulheres, os homens, as e os jovens de forma que façam escolhas que não sejam apenas boas para eles e elas, mas também para nossos concidadãos globais – nosso mundo de 7 bilhões pode ter cidades prósperas e sustentáveis, forças de trabalho produtivas que podem alimentar o crescimento econômico e populações jovens que contribuam para o bom andamento de suas sociedades”, afirma o Diretor Executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, no prefácio do relatório, intitulado “Pessoas e possibilidades em um mundo de 7 bilhões”.
O marco dos 7 bilhões “é um desafio, uma oportunidade e uma chamada à ação”, disse Osotimehin no lançamento do relatório em Londres, que ocorre simultaneamente em mais de 100 cidades no mundo inteiro.
Lançamento no Brasil
No Brasil, o relatório foi lançado em Belo Horizonte, no Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE/Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais.
O lançamento contou com a participação do Representante do UNFPA no Brasil, Harold Robinson; da Representante Adjunta do UNFPA no Brasil, Florbela Fernandes; e da Representante Auxiliar, Taís Santos, que apresentou o relatório. O reitor da UFMG foi representado pelo professor José Alberto Magno de Carvalho, diretor executivo da Fundação IPEAD; o evento contou ainda com as presenças de Jorge Abrahão de Castro, diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA; do professor Reynaldo Maia Muniz, Diretor da FACE/ UFMG; e o professor Hugo Eduardo Araujo da Gama Cerqueira, Diretor do Cedeplar/UFMG.
Após a apresentação, foi realizada uma mesa redonda para discutir as implicações e oportunidades de uma população de 7 bilhões para o Brasil, que contou com a participação de representantes do IBGE, IPEA, Cedeplar e ABEP – Associação Brasileira de Estudos Populacionais.
O potencial dos jovens
O relatório mostra que o tamanho recorde da população pode ser encarado como um indicador do sucesso da humanidade, porque isso significa que as pessoas estão tendo vidas mais longas e mais crianças estão sobrevivendo em todo o mundo. Mas nem todos se beneficiam dessa conquista ou da maior qualidade de vida que isso implica. Há grandes disparidades entre e dentro dos países. Existem também disparidades de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, meninos e meninas. Traçar agora um caminho para o desenvolvimento que promova a igualdade, ao invés de exacerbar ou reforçar as desigualdades, é mais importante que nunca.Do total de 7 bilhões, 1,8 bilhão são jovens com idades entre 10 e 24 anos, observou o Diretor Executivo do UNFPA, Osotimehin. “Os jovens têm a chave para o futuro, com o potencial de transformar a paisagem política global e impulsionar as economias através da sua criatividade e capacidade de inovação. Mas a oportunidade de realizar o grande potencial da juventude tem que ser aproveitada agora”, disse Osotimehin. “Deveríamos estar investindo na saúde e na educação dos nossos jovens. Tal investimento renderia um enorme retorno em termos de crescimento econômico e desenvolvimento para as gerações vindouras.”“O marco que estamos alcançando é um lembrete de que devemos agir agora”, disse Osotimehin, acrescentando que o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento do Cairo (CIPD), de 1994, permanece o melhor guia para o futuro, especialmente no que diz respeito a dar aos indivíduos o poder de tomar suas próprias decisões reprodutivas.“Com o aniversário da CIPD se aproximando rapidamente, em 2014, os dados efetivamente mostram que o caminho para o desenvolvimento econômico e social equitativo passa diretamente pelo centro do mandato do UNFPA”, afirma Osotimehin. “Mas nosso trabalho está longe de ser concluído. Existem 215 milhões de mulheres em idade fértil nos países em desenvolvimento que não têm acesso ao planejamento familiar voluntário. Há milhões de moças e rapazes no mundo em desenvolvimento que têm pouco acesso à educação sexual e às informações sobre como evitar uma gravidez ou se proteger do HIV. Nos lugares onde o status das mulheres é baixo, a sobrevivência das crianças também é baixa. Devemos derrubar as barreiras econômicas, jurídicas e sociais e colocar homens e mulheres, meninos e meninas em situação de igualdade em todas as esferas da vida”.A Situação da População Mundial 2011 é principalmente um relatório de campo, que mostra como demógrafos, formuladores de políticas, governos, sociedade civil e indivíduos estão enfrentando tendências que vão desde o envelhecimento da população ao rápido crescimento do número de jovens; de altas taxas de crescimento populacional ao encolhimento de populações; e de altas taxas de urbanização ao aumento das migrações internacionais. Os países apresentados neste relatório são: China, Egito, Etiópia, Finlândia, Índia, México, Moçambique, Nigéria e a Antiga República Iugoslava da Macedônia.O Relatório sobre a Situação da População Mundial em português está disponível na página do UNFPA Brasil, em www.unfpa.org.br
fonte:http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRVVONVTVFjdTxGahN2aKVVVB1TP
foto:alunosonline.com.br
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