Até 2050, a mudança climática pode deixar 200 milhões de pessoas deslocadas se não forem tomadas as precauções urbanísticas adequadas, alertou na última sexta-feira (30) a Organização das Nações Unidas (ONU) na Cidade do México. O diretor-executivo da agência ONU-Habitat, o espanhol Joan Clos, explicou em entrevista coletiva que muitos dos deslocados pela mudança climática terão de deixar suas casas devido ao aumento do nível de água dos oceanos e às constantes inundações e secas.
Clos enfatizou que para começar a evitar estas consequências, os centros urbanos, principais focos poluentes do mundo, devem conscientizar seus residentes sobre a situação, empreender ações que reduzam os gases do efeito estufa e promover o meio ambiente sustentável.
O funcionário da ONU assegurou que estes dados estão no "Reporte global sobre assentamentos humanos 2011: cidades e mudança climática". "A prevenção deve ser observada através do planejamento urbano e de códigos de construção, de modo que os habitantes das cidades, especialmente os pobres, estejam protegidos de desastres", indicou o também secretário-geral adjunto da ONU.
De acordo com o relatório, muitas cidades excedem a média anual recomendada de 2,2 toneladas de dióxido de carbono per capita. "Existe uma conexão dinâmica, complexa e forte entre o desenvolvimento econômico, a urbanização e o CO2, porque nossos modelos de crescimento estão fundamentalmente imperfeitos", disse.
Segundo Clos, o documento também assinala que os Governos locais e estatais estão tomando a iniciativa para fazer frente à problemática, "diante da ausência de liderança federal ou nacional". A partir deste fato, Clos declarou que, dependendo de seus contextos nacionais e históricos, "as autoridades das cidades podem ter um considerável nível de influência sobre as reduções das emissões de gases do efeito estufa e os cidadãos podem fazer uma diferença global".
foto:fcsh.unl.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e pelo comentário!