21/08/2011

Mais três bancos vão à falência nos Estados Unidos

A crise é realmente muito séria e por isso toda cautela com investimentos também aqui no Brasil.



Subiu para 110 o número de bancos fechados nos Estados Unidos em decorrência da crise financeira que assola o país. O Lydian Private Bank, na Flórida, o First Southern National Bank, na Geórgia, e o First Choice Bank, em Illinois, foram fechados nesta sexta-feira, após decreto de falência.
Os anúncios foram feitos pelo Escritório de Controle da Moeda e pelo Departamento de Regulamentação Financeira e Profissional de Illinois. A Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC) estima que o custo das três falências para o Fundo de Seguro de Depósitos será de US$ 363,8 milhões.

Saiba tudo sobre a crise financeira nos EUA


Depois da depressão econômica vivida pelo mundo no fim do século XIX, o mundo viveu uma crise financeira que até os dias atuais serve de paradigma de profundas falhas econômicas, a crise de 1929. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os norte-americanos supriram a Europa de manufaturas, matérias-primas e alimentos; detinham cerca de 50% do estoque mundial de ouro. 
A produção norte-americana prosperou bastante entre os anos de 1921 a 1928, mesmo período em que ocorreram quedas das exportações devido a recuperação das nações européias. Além da queda das exportações e empréstimos para a Europa, a mecanização do campo, a facilidade de crédito e o aquecimento de seus compradores foram causas principais para a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que em 1929, era mais especulativa do que real.
No ano de 2007, amadureceu nos EUA, a chamada crise imobiliária, tecnicamente referente a crise de crédito nos EUA. No início dos anos 2000, comprar um imóvel tornou-se tarefa mais fácil, pois durante o governo de George W. Bush, os juros do financiamento imobiliário estiveram fixados em torno de 2% ao ano, o que tornou o crédito de compra de imóvel acessível à população de renda mais baixa.
O mercado imobiliário ficou aquecido, mas com o aumento dos juros, muitos mutuários por não terem condições de pagar, entregaram os imóveis, começou a sobrar imóvel no mercado, gerando baixa do preço dos mesmos. No fim, as financiadoras ficaram com os imóveis de valor baixo e sem dinheiro necessário (que planejavam receber) para pagar os títulos de investimentos.
As empresas financiadoras resolveram jogar os títulos de investimento imobiliário na venda da bolsa de valores, o que espalhou a crise para mercados de todo mundo. O FMI reconheceu que a turbulência financeira que iniciou no verão de 2007, se transformou em crise completa, e que tal fato desencadeia um declínio acentuado na atividade econômica nos EUA, sob probabilidade de longa recessão. No dia 15 de setembro de 2008 o banco americano Lehman Brothers anunciou a concordata, marcando o ápice da crise.
O Senado e a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovaram o plano de resgate dos mercados, apresentado pelo governo Bush, prevendo ajuda de 700 bilhões de dólares aos bancos quebrados do país. A União Européia reuniu esforços em conjunto para estatizar ou manter o crédito bancário entre os bancos europeus, os resultados projetam uma recuperação lenta e um mercado de investimento instável até 2010.


Artigo de Fernando Rebouças
http://www.infoescola.com/economia/crise-financeira-nos-eua/
foto:agron.com.br

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