01/06/2011

Projeto Casa traz dois livros de poesias para crianças cegas e de baixa visão

Nada melhor do que começar o dia com uma excelente notícia, como esta que publicamos abaixo. O acesso ao conhecimento e a cultura não pode ser um privilégio de poucos, mas sim um direitos de todos. Que esta iniciativa se espalhe 
por todo o país e pelo mundo afora.



Crianças de baixa visão e cegas das escolas da rede estadual de ensino terão acesso a dois livros concebidos para facilitar a inclusão social, capazes de atender, em um mesmo exemplar, jovens de visão normal e com deficiência visual. Os livros As casas do caramujo e A borboleta sapeca, que fazem parte do Projeto Casa, do escritor José Proteti, foram editorados com padrões específicos de tipo e tamanho das letras para promover a inclusão do público infantojuvenil (de 8 a 10 anos) no mundo literário, já que atende a todas as crianças, indistintamente, mesmo as que não enxergam bem.
Cerca de quatro mil exemplares serão destinados às escolas da rede pública estadual de Valinhos e Campinas para serem distribuídos gratuitamente para as crianças. Em Campinas serão contemplados os alunos das escolas EEPG José Pedro de Oliveira (Barão Geraldo), EE Regina Coutinho Nogueira (Vila Nogueira), EE Cel. Firmino (Parque São Quirino) e EE Dante Alighieri (Chácara Primavera). Em Valinhos, os livros serão distribuídos a critério da Secretaria Municipal de Educação do município. 
Outros dois mil exemplares terão os textos transcritos em Braille e serão doados à Pró Visão – Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual. Os textos, na forma de poesia, têm como tema “casa” e abordam bichos que fazem parte do cotidiano da maioria das crianças (caramujo e borboleta). Os livros foram ilustrados por Meri e Paulo Branco. 
“É a primeira vez que faço livros para crianças cegas e de baixa visão. Quando me propuseram o projeto fui até a Pró Visão para conhecer essa realidade que me era tão distante. E descobri que não é preciso diferenciar o texto para escrever para elas. Basta apenas adaptar a apresentação do livro. Saber que crianças lerão meus livros, algumas delas com as pontas dos dedos, ou seja, com seus olhos de sentir, me faz sentir entre assustado e agraciado”, explica João Proteti. 
O autor diz ser um escritor que acredita que a palavra, o poema, o livro, pode melhorar a vida das pessoas. “Produzo meus livros para tentar fazer a vida das crianças mais prazerosa, leve, menos dura ou triste. Por isso, já vale a pena escrever”, completa João Proteti.

Baixa visão e cegueira no Brasil

Segundo dados do Censo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000, último disponível para pesquisa, dos 24,5 milhões de brasileiros com deficiência, 16,5 milhões (67%) são deficientes visuais (baixa visão ou cegos). Destes, 32% (5,2 milhões) são crianças. Apenas no Estado de São Paulo são 2,6 
milhões de pessoas com deficiência na visão. De acordo com Maria Cristina von Zuben de Arruda Camargo, da Pró Visão, até hoje, os poucos livros destinados às crianças com baixa visão erroneamente trazem letras grandes, sem considerar que doenças como o glaucoma, por exemplo, tornam a visão tubular e a ampliação das palavras apenas fará com que o texto saia do campo ocular.
 

fonte:http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=conteudo/materia_prima/ver_materia_prima.asp&p2=menu%3DMP%26id%5Fpost%3D193457%26id%5Ftipo%3D1%26Op2%3D3%26Op3%3D1%26pid%3D43335165241%26fnt%3Dfntnl
foto: arivieiracet.blogspot.com

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