O ex-presidente argentino Néstor Kirchner (na foto com sua mulher, a presidente da Argentina Cristina Kirchner) morreu, nesta quarta-feira (27/10), aos 60 anos, em El Calafate, na Argentina. Kirchner foi hospitalizado às 8h15 da manhã desta quarta e morreu às 10h em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. A informação é do portal UOL.
Segundo o jornal Clarín, o político sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita e não pode ser reanimado. Nos meses de fevereiro e setembro, o ex-presidente já havia passado por duas cirurgias de emergência para corrigir obstruções em artérias coronárias.
Néstor Kirchner nasceu em 25 de fevereiro de 1950, província de Santa Cruz, na região argentina da Patagônia. Antes de chegar à presidência, foi advogado e governador da Província de Santa Cruz.
Kirchner governou a Argentina de 2003 a 2007. Exercia simultaneamente três cargos, além de ser secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), era deputado federal e dirigia o PJ (Partido Justicialista). Ele também exercia o cargo de primeiro-cavalheiro da Argentina.
Político influente no governo de sua mulher, Cristina Kirchner, ele era considerado pelo atual governo como um dos principais pré-candidatos à Presidência nas eleições de outubro de 2011.
Nos últimos meses, ele aparentava estar acima do peso e falava com maior lentidão em discursos públicos.
Luto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou nesta quarta-feira (27/10) luto oficial de três dias em função da morte do ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner e divulgou nota de pesar em que afirma que Kirchner teve importante atuação em prol da integração sul-americana. A informação é da Agência Brasil.
"Sempre tive em Néstor Kirchner um grande aliado e um fraternal amigo. Foi notável o seu papel na reconstrução econômica, social e política de seu país e seu empenho na luta comum pela integração sul-americana", diz o texto.
Segundo Lula, ele e o governo receberam consternados a notícia e os brasileiros se associam à dor dos cidadãos argentinos neste momento difícil. O presidente ainda transmite à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pesar e solidariedade.
Lula foi informado sobre a morte de Kirchner depois de participar de uma cerimônia no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, e ainda não está definido se ele irá ao enterro do ex-presidente ou se enviará um representante.
Antes discursar na cidade catarinense, Lula pediu um minuto de silêncio em homenagem ao senador Romeu Tuma, que faleceu nesta terça-feira (25/10), em São Paulo. Ele lembrou que esteve preso no período em que Romeu Tuma foi diretor de Polícia Especializada de São Paulo no período da ditadura militar. O corpo de Tuma será enterrado esta tarde, em São Paulo.
Leia a nota
"O governo brasileiro e eu recebemos consternados a notícia da morte de Néstor Kirchner, secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e ex-presidente da República Argentina. Sempre tive em Néstor Kirchner um grande aliado e um fraternal amigo. Foram notáveis o seu papel na reconstrução econômica, social e política de seu país e seu empenho na luta comum pela integração sul-americana. Os brasileiros se associam à dor de nossos irmãos argentinos neste momento amargo. Transmito, em nome de meu governo e do povo brasileiro, à presidente Cristina Fernandez de Kirchner nosso imenso pesar e solidariedade. Como expressão dos nossos sentimentos, decreto luto oficial por três dias."