A
Alemanha está se tornando um país cada vez mais atraente para os indivíduos do
sul da Europa que estão em busca de emprego, especialmente gregos e espanhóis
desempregados que nos últimos anos seguem para o norte em busca de trabalho,
segundo revelou um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Agência Federal de
Emprego da Alemanha.
Segundo
o estudo, ao final de maio deste ano havia um número significativamente maior
de cidadãos gregos, espanhóis, portugueses e italianos trabalhando na Alemanha
do que um ano antes. Esse número chegou a 452 mil, o que representa um aumento
anual de 6,5%, que é considerado superior à média. No decorrer do mesmo
período, a força de trabalho total teve um crescimento de apenas 1,6%.
Os
números referem-se a dados relativos ao índice de emprego compilados pela
agência. Alguns desses dados foram analisados levando em conta a nacionalidade
dos indivíduos. Eles revelam que, ao final de maio deste ano, 117,7 mil gregos,
46 mil espanhóis, 55,6 mil portugueses e 232,8 mil italianos tinham empregos na
Alemanha. No entanto, a agência observa que alguns dos estrangeiros incluídos
nessas estatísticas poderiam já estar morando na Alemanha, tendo entretanto
encontrado um emprego somente nesse período específico. Porém, de acordo com a
agência, a maioria deles provavelmente imigrou recentemente.
O
risco de perder o emprego também varia bastante de acordo com os países dos
quais são oriundos os trabalhadores do sul da Europa, segundo revelam os dados.
Embora o número de italianos desempregados tenha tido uma queda anual de 6,4%
em junho, o que é mais do que a média, o número de espanhóis que procuravam um
emprego no mesmo período aumentou 10,5%, chegando a quase 8.000. O número de
gregos em busca de trabalho subiu 4,1%, chegando a 26,8 mil no período,
enquanto que o de portugueses em situação similar manteve-se praticamente
inalterado, na casa dos 8.500.
Aumento do desemprego na Grécia
Enquanto
isso, o número de desempregados na Grécia continua a subir. Segundo
estatísticas oficiais gregas divulgadas nesta quinta-feira, o desemprego no
país atingiu o patamar recorde de 23,1% em maio deste ano, o que representa um
aumento de 6,3% em relação a maio do ano anterior. Mais de 1,15 milhão de
pessoas encontram-se desempregadas em uma nação que tem menos de 11 milhões de
habitantes, e a situação é particularmente crítica para os jovens com menos de
24 anos, para os quais o índice de desemprego é de 54,9%.
As
pessoas desempregadas na Grécia só podem receber dinheiro do seguro desemprego
por um período máximo de um ano. Depois disso, o governo não fornece a elas
nenhum auxílio. Nesta quinta-feira, os dois maiores sindicatos de funcionários
do setor privado e público – o GSEE e o ADEDY, respectivamente – alertaram para
o perigo de uma “explosão social” no país.
Mas
existe um fio de esperança para a economia grega. Segundo as estatísticas
oficiais, a produção industrial teve em junho o seu primeiro aumento após mais
de três anos de contração. De maio a junho, as companhias registraram um
aumento da produção de 0,3%.
Esse
pequeno aumento da produção pode ser atribuído principalmente ao setor de
mineração, que teve em junho um aumento anual de 18,9%. As companhias de
energia também registraram um aumento de produção de 10,9%. No entanto, a
indústria tradicional, incluindo as fabricantes de produtos de consumo e de
semimanufaturados, teve uma queda de produção de 4,3%.
No
total, o setor industrial contribui para cerca de 15% do desempenho econômico
da Grécia.
foto:webbusca.com.br
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