31/07/2011

Ações da OIT

OIT cria núcleos de ajuda a trabalhadores estrangeiros 

A Organização Internacional do Trabalho – OIT vai abrir centros de ajuda a trabalhadores de outros países que forem procurar oportunidades profissionais na Rússia. As primeiras cidades a receber esses centros de acolhida de imigrantes serão Sochi e Vladivostok.
Os centros vão contribuir para a integração dos trabalhadores estrangeiros à Rússia e para a sua proteção jurídica nos ambientes de trabalho. A OIT justifica a escolha daquelas duas cidades pelo fato de que elas sediarão grandes eventos internacionais. Em Vladivostok, no próximo ano, acontecerá a Reunião de Cúpula da Comunidade Econômica Ásia-Pacífico, e em Sochi serão realizados em 2014 os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno.

fonte:http://www.diariodarussia.com.br/fatos/noticias/2011/07/27/oit-cria-nucleos-de-ajuda-a-trabalhadores-estrangeiros/


MS vai sediar oficina de trabalho decente


O Governo do Estado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), realiza nos dias 1º e 02 de agosto, a “Oficina de Capacitação e Análise de Indicadores de Trabalho Decente da região Centro–Oeste”, em preparação à I Conferência Estadual do Emprego e Trabalho Decente de Mato Grosso do Sul. A abertura solene acontece no dia 1º de agosto às 19h, no Grand Park Hotel situado à avenida Afonso Pena, nº 5.282 (em frente ao shopping Campo Grande).
No dia 02 de agosto das 8 às 17h30min, acontecem as palestras, debates e atividades práticas na Escola Superior de Controle Externo do TCE (Escoex). Os participantes são técnicos diretamente envolvidos com a etapa de realização de Conferências e na oportunidade se dedicarão na construção e análise de indicadores do Trabalho Decente, com o intuito de contribuir na elaboração de diagnósticos estaduais, territoriais, sub-regionais e municipais sobre o tema.
O Governo do Estado para priorizar as políticas públicas de promoção do emprego e trabalho decente, aderiu à convocação global para esse debate, que envolve ações tais como: geração de trabalho e renda; segurança e saúde no trabalho; combate à discriminação; qualificação profissional e melhores condições de trabalho.
Além de técnicos de Mato Grosso do Sul, participam do evento delegações de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, com objetivo de extrair das bases de dados oficiais, aspectos que possam demonstrar quantitativa e qualitativamente como estão as relações de trabalho em seu território. Nesses estados ocorrerão também Conferências Estaduais, preparatórias à I Conferência Nacional do Emprego e Trabalho Decente, que acontecerá em Brasília em maio de 2012.
A I Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente de MS será nos dias 17 e 18 de novembro e terá entre seus principais objetivos, subsidiar a formulação de propostas de trabalho decente e ampliar ainda mais o debate sobre as políticas públicas de emprego, trabalho e proteção social.


fonte:http://www.correiodoestado.com.br/noticias/ms-vai-sediar-oficina-de-trabalho-decente_119270/

Desde início da legislatura, 2.301 projetos chegaram ao Congresso

Mas não fique animado pensando que todos estes projetos são importantes para a sociedade. Matérias como homenagens e criação de datas comemorativas ocupam boa parte da lista de propostas feitas por parlamentares.



Um total de 2.301 projetos de lei foram apresentados desde o início da atual legislatura, de acordo com levantamento feito na base de dados do Congresso Nacional. Desse total, 90% foram apresentados por iniciativa de deputados e senadores, enquanto os demais são provenientes dos Poderes Executivo e Judiciário. Somente na Câmara, foram introduzidas 1.873 propostas, enquanto outras 428 foram apresentadas no Senado.

Ao todo, estão tramitando só na Câmara dos Deputados 10.762 projetos, enquanto o Senado analisa mais 1.805. Desses, estão prontos para serem colocados em votação nos respectivos plenários, 1.297 projetos na Câmara e 64 no Senado.
O número de projetos apresentados este ano evidencia o ritmo reduzido de trabalho dos parlamentares no ano passado, que foi marcado por uma eleição presidencial e pelo fim da legislatura. Durante todo o ano de 2010, foram apresentados 1.332 projetos de lei na Câmara e 335 no Senado. No que se refere ao conteúdo, os projetos apresentados nos últimos meses incluem a instituição de datas comemorativas, homenagens a heróis da pátria e regulamentação de profissões e o batismo de rodovias. Há ainda propostas para criar o Dia Nacional sem Carro, o Dia do Brasil Sustentável, o Dia Nacional do Empregado Sindical, entre outros. Entre os temas que viraram alvo de polêmica, está a proposta do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de criar o Dia do Orgulho Heterossexual. No que se refere à regulamentação de profissões, a propostas como a do senador Paulo Paim (PT-RS), que quer dar caráter formal à quiropraxia, com exigência de curso superior. Já o deputado Washington Reis (PMDB-RJ) tem um projeto de lei para obrigar a gravação, em arma de fogo, do número da identidade do adquirente, enquanto o deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC) quer que advogados possam portar armas para defesa pessoal. Já a deputada Flávia Morais (PDT-GO) quer alterar a legislação eleitoral para estabelecer que o eleitor votará em dois candidatos de gêneros diferentes, para as vagas de deputado federal, estadual e de vereador. Na justificativa, a deputada alega que “o referido projeto de lei visa a corrigir lacuna legal  quanto à carência de representação feminina nos poderes legislativos”.
Homenagens - As homenagens são tema de boa parte das matérias apresentadas. Algumas delas fazem menção a ilustres desconhecidos da maioria dos brasileiros. É o caso do projeto da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que quer reverenciar uma conterrânea solicitando a inclusão da sóror Joana Angelica de Jesus no livro dos heróis da pátria, que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. A freira homenageada defendeu um convento religioso em Salvador contra os soldados portugueses no século 19. Há também projetos que se referem a personalidades conhecidas, mas, provavelmente, a homenagem não terá aprovação unânime dos setores da sociedade. O deputado Emiliano José (PT-BA) quer inscrever os nomes de Carlos Marighella e Luís Carlos Prestes no mesmo livro de heróis. Ambos militaram durante o governo de Getúlio Vargas e a ditadura militar. Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília Paulo Kramer, boa parte desses projetos visa apenas a “melhorar a contabilidade da produção do parlamentar” e nunca deve chegar a ser transformada em lei. “Os parlamentares também são motivados pelas suas bases e pelos seus financiadores de campanha a apresentarem projetos. Uma grande quantidade deles não vai virar lei. Um projeto só tramita pela força dos interesses que estiverem por trás dele”, explica o professor.




fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/desde+inicio+da+legislatura+2301+projetos+chegaram+ao+congresso/n1597109470283.html
foto:baixaki.com.br

Estudo diz que quem usa Internet Explorer tem menor QI


Você concorda? Eu uso Explorer e maioria das pessoas que conheço também, inclusive várias que considero brilhante em suas áreas de atuação.


De acordo com um estudo realizado pela empresa do Canadá de consultoria psicométrica AptiQuant, os usuários que utilizam o navegador Internet Explorer possuem o seu quociente de inteligência, o QI, relativamente menor dos que usam outros navegadores.




Leia mais no Oficina da Net: Estudo diz que quem usa Internet Explorer tem menor QI

De acordo com um estudo realizado pela empresa do Canadá de consultoria psicométrica AptiQuant, os usuários que utilizam o navegador Internet Explorer possuem o seu quociente de inteligência, o QI, relativamente menor dos que usam outros navegadores.




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De acordo com um estudo realizado pela empresa do Canadá de consultoria psicométrica AptiQuant, os usuários que utilizam o navegador Internet Explorer possuem o seu quociente de inteligência, o QI, relativamente menor dos que usam outros navegadores.
A publicação foi divulgada pelo site Mashable, sendo que o estudo foi nomeado de “Quociente de Inteligência e Uso de Navegadores”. Neste estudo foram avaliados os testes de QI de 101.326 pessoas, todas acima de 16 anos.
Na análise, as pessoas em questão foram direcionadas para qual tipo de navegador faziam uso.  As pessoas que usavam o navegador IE 6 obtiveram nota máxima de 80 pontos, quase que o mesmo do IE 7. Os usuários dos navegadores IE 8 e 9 conseguiram alcançar o QI de 90 pontos.
Comparando com os usuários de outros navegadores, os que fazem uso do IE possuem pontuação baixa, pois os que utilizam outros browsers obtiveram QI superior a 100. Os usuários do Firefox, Chrome e Safari apresentaram, em média, níveis de QI entre 100 e 120. Os usuários do navegador Opera foram os que mais obtiveram pontuação no teste de QI, atingindo mais de 120 pontos.
Obviamente estes resultados não é motivo de preocupação pois, os testes foram feitos online e gratuitamente durante quatro semanas e, apenas em países de língua inglesa. Além do mais, os participantes não foram avisados sobre o estudo.


fonte:http://www.oficinadanet.com.br/noticias_web/4115/estudo-diz-que-quem-usa-ie-tem-menor-qi
foto:pukis.com.br


De acordo com um estudo realizado pela empresa do Canadá de consultoria psicométrica AptiQuant, os usuários que utilizam o navegador Internet Explorer possuem o seu quociente de inteligência, o QI, relativamente menor dos que usam outros navegadores.
A publicação foi divulgada pelo site Mashable, sendo que o estudo foi nomeado de “Quociente de Inteligência e Uso de Navegadores”. Neste estudo foram avaliados os testes de QI de 101.326 pessoas, todas acima de 16 anos.
Na análise, as pessoas em questão foram direcionadas para qual tipo de navegador faziam uso.  As pessoas que usavam o navegador IE 6 obtiveram nota máxima de 80 pontos, quase que o mesmo do IE 7. Os usuários dos navegadores IE 8 e 9 conseguiram alcançar o QI de 90 pontos.
Comparando com os usuários de outros navegadores, os que fazem uso do IE possuem pontuação baixa, pois os que utilizam outros browsers obtiveram QI superior a 100. Os usuários do Firefox, Chrome e Safari apresentaram, em média, níveis de QI entre 100 e 120. Os usuários do navegador Opera foram os que mais obtiveram pontuação no teste de QI, atingindo mais de 120 pontos.
Obviamente estes resultados não é motivo de preocupação pois, os testes foram feitos online e gratuitamente durante quatro semanas e, apenas em países de língua inglesa. Além do mais, os participantes não foram avisados sobre o estudo.


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Cristina e Dilma querem ação coordenada para lidar com crise



Durante sua primeira visita oficial ao Brasil desde que Dilma Rousseff assumiu o governo, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, discutiu com a colega brasileira as relações comerciais entre os dois países, além de um plano coordenado para lidar com a crise na Europa e o impasse sobre o teto da dívida americana.
"Devemos definir ações conjuntas e concretas para defender nossos países da excessiva liquidez que valoriza artificialmente nossas moedas e da avalanche de produtos manufaturados que, não encontrando mercado nos países desenvolvidos, atingem o emprego e a indústria nas nossas regiões", afirmou Dilma.Já Cristina afirmou que a região precisa ter iniciativa diante da crise. "Mas não se trata de uma posição agressiva, e sim de um reposicionamento da nossa região em um mundo diferente que estamos vislumbrando".Ela afirmou ainda que Brasil e Argentina têm a responsabilidade de liderar a integração dos países da região.Dinamismo A presidente brasileira também destacou os "grandes avanços" na relação entre os dois países e disse que a intenção é aprofundá-la ainda mais."O dinamismo do comércio entre a Argentina e o Brasil é poderoso instrumento de integração. Em 2010, com quase US$ 33 bilhões de intercâmbio, registramos recorde histórico", afirmou Dilma"A qualidade de nossas trocas bilaterais - 90% das quais correspondem a produtos industrializados - reflete seu caráter estratégico e seu potencial de irradiação de desenvolvimento."De acordo com a brasileira, diante de uma integração dessa magnitude é esperado que ocorram problemas. Ela disse, porém, que eles estão sendo resolvidos.Na última quinta-feira, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, havia afirmado que as restrições ao comércio de  produtos dos dois países não deveria entrar na pauta das presidentes, já que esse assunto seria tratado pelos ministérios da Indústria e Comércio de Argentina e Brasil.Os dois países enfrentam divergências desde que a Argentina ampliou restrições a produtos brasileiros no primeiro semestre e, em retaliação, o Brasil também restringiu a importação de carros argentinos.Participação feminina A presidente brasileira também fez uma homenagem ao ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que era marido de Cristina e morreu em outubro de 2010.Segundo Dilma, ele sempre lutou para a melhoria e o crescimento dos dois países, não só como presidente da Argentina, mas também como secretário-geral da Unasul.Dilma também ressaltou a importância de se garantir a igualdade de gêneros e a participação feminina."Uma sociedade pode ser medida por seu avanço, por sua modernidade, desde que ela também assegure a participação das mulheres e a não-discriminação das mulheres", disse.Copa e Olimpíada De acordo  com a Agência Brasil, também estava na pauta da visita diplomática o interesse de empresas argentinas em participar das obras para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.O embaixador argentino no Brasil, Juan Pablo Lohle, disse esperar que as empresas argentinas sejam tratadas da mesma maneira que as brasileiras. "Só queremos um tratamento igualitário.""É necessário abrir o mercado. É necessário que tenha uma decisão política de participação. O tratamento tem que ser equivalente. Quando as empresas brasileiras vão para a Argentina, a gente abre o mercado e agora queremos que as empresas brasileiras abram mercado aqui", afirmou Lohle, segundo a Agência Brasil.



fonte:http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/07/29/cristina-e-dilma-querem-acao-coordenada-para-lidar-com-crise.jhtm
foto:contextolivre.blogspot.com

30/07/2011

Uganda carece de recursos para prevenir mortes maternas


O assunto escolhido para reflexão do dia é duro, triste, porém, real. Não é possível que a África continue pagando com a vida de sua gente os atos cometidos pelos colonizadores brancos. Não é possível que este continente seja tratado como a escória do mundo e continue não usufruindo do desenvolvimento humano em todos os aspectos. Até quando?



Jennifer Anguko estava sangrando lentamente até a morte na maternidade de um grande hospital público. Apenas uma parteira solitária estava em serviço, como o hospital reconheceu posteriormente, e nenhum médico a examinou por 12 horas. Um obstetra que investigou o caso disse que Anguko, mãe de três filhos pequenos, chegou a tempo de ser salva.
O marido dela, Valente Inziku, um professor, trocava freneticamente a roupa de cama ensanguentada enquanto a vida dela se esvaía.
“Eu vou deixar você”, ela lhe disse enquanto ele a abraçava. Ela então pediu: “Cuide de nossos filhos”.
Metade das 340 mil mortes a cada ano de mulheres por causas ligadas à gravidez ocorre na África, quase todas em anonimato. Mas Anguko
 era uma autoridade eleita popular, buscando tratamento em um hospital com 400 leitos, e um processo por sua morte pode ser o primeiro teste legal da obrigação de um governo africano em fornecer atendimento de maternidade básico.
Ele também levanta questões a respeito do impacto indesejado da ajuda estrangeira aos sistemas públicos de saúde em dificuldades da África. Enquanto os Estados Unidos e outros doadores doam aos países africanos bilhões de dólares para combate à Aids e outras doenças infecciosas, ajudando milhões de pessoas a sobreviver, a maioria dos governos africanos reduziu sua própria parcela de gastos domésticos dedicados à saúde, se concentrando em outras prioridades.
Para cada dólar de ajuda estrangeira dado aos governos dos países em desenvolvimento com destino à saúde, os governos reduzem seus próprios gastos em saúde em 43 centavos de dólar, para US$ 1,14, como apontou um estudo de 2010 do Instituto para Medidas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington. Segundo as estimativas atualizadas do instituto, Uganda dedicou 57 centavos de dólar a menos de seu próprio dinheiro para a saúde para cada dólar de ajuda estrangeira que recebeu.
Rogers Enyaku, um especialista em finanças do Ministério da Saúde em Uganda, contestou a afirmação, dizendo que os gastos do país em saúde aumentaram, “mas não substancialmente”. Mesmo assim, o governo deflagrou um amargo debate doméstico meses atrás, quando confirmou que tinha pago mais de meio bilhão de dólares por caças e outros armamentos militares –quase o triplo do valor dedicado a todo o sistema público de saúde no último ano fiscal.
Os pobres tomaram o sistema público de saúde de Uganda quando o governo aboliu as taxas dos pacientes há uma década. Cada vez mais, os países africanos estão adotando políticas semelhantes, e os especialistas dizem que, em consequência, muito mais pessoas estão recebendo atendimento. Mas a experiência de Uganda ilustra os limites desse atendimento quando o sistema é mal administrado e carece de recursos para fornecer serviços decentes, dizem os especialistas.
Nos hospitais como o daqui de Arua, mais de metade das vagas para médicos está vazia, parte de uma escassez maior, que inclui parteiras e outros funcionários de saúde. A maioria das clínicas e hospitais informa ficar regularmente sem medicamentos essenciais, enquanto apenas um terço das maternidades está equipada com itens básicos como tesouras, grampos umbilicais e desinfetantes, segundo um relatório do Ministério da Saúde de 2010.
 O hospital onde Anguko morreu cuida de emergências obstétricas em uma região de quase 3 milhões de pessoas, mas ele recentemente não contava com suturas em estoque para dar pontos nas barrigas das mulheres após cesarianas. O dr. Emmanuel Odar, o único obstetra do hospital, disse que mesmo em partos de emergência, as famílias precisam comprar pessoalmente os suprimentos que faltam, geralmente em farmácias próximas. Os pacientes sem dinheiro devem implorar ou pegar emprestado, disse Odar.
“Nós estamos sobrecarregados de casos de pessoas à procura de serviços gratuitos, e elas esperam muito apesar da inexistência de suprimentos, da falta de recursos humanos e dos leitos serem insuficientes”, ele disse.
 
O dr. Olive Sentumbwe-Mugisa, um obstetra ugandense e conselheiro da Organização Mundial da Saúde, participou das investigações pelo Ministério da Saúde das mortes tanto de Anguko quanto de Sylvia Nalubowa, uma segunda mulher citada no processo contra o governo, concluindo que ambas chegaram a tempo de serem salvas.
“Nós estamos em um estado de emergência no que se refere aos serviços de maternidade”, disse Sentumbwe-Mugisa. “Nós precisamos de foco na qualidade do atendimento em nossos hospitais e tratar disso no prazo mais breve possível. Isso significa mais recursos. Nós não temos como fugir disso.”
No processo impetrado em março, o Centro para Saúde, Direitos Humanos e Desenvolvimento, um grupo ugandense sem fins lucrativos, argumentou que o governo violou o direito à vida das duas mulheres, ao fracassar em fornecer a elas o atendimento básico de maternidade.
O gabinete do ministro da Justiça respondeu que os “atos isolados” citados no caso “não podem ser usados para ofuscar os esforços incansáveis do setor de saúde”. Ele também notou as prioridades concorrentes pelos “parcos recursos à disposição do Estado”.
Mas o governo tem sofrido um duro questionamento desde abril, quando seus gastos em caças de fabricação russa se tornaram públicos, ajudando a alimentar protestos de rua.
Funcionários do governo do presidente Yoweri Museveni dizem que os jatos são fundamentais para proteção de Uganda em uma região com histórico de conflito, especialmente enquanto o país desenvolve seus campos de petróleo.
“Os inimigos de Uganda não querem que tenhamos esses caças”, disse Tamale Mirundi, um porta-voz de Museveni.
Mas os líderes da oposição condenaram os gastos em uma nação em paz, com imensas necessidades sociais.
“Você está falando em investir em caças? Qualé!” disse Christine Bako, uma parlamentar pelo distrito de Anguko, durante um debate no Parlamento. “Isto agora é uma questão de consciência.”
 Com a proximidade da data do parto, Anguko deixou sua aldeia para morar com parentes perto do grande hospital de Arua, a 480 quilômetros a noroeste da capital, Campala. Nos preparativos, ela e seu marido compraram os suprimentos que sabiam que o hospital não tinha: luvas de látex, algodão, lâmina para corte do cortão umbilical.
Em uma manhã de domingo no ano passado, após rezar na igreja, Anguko sentiu dores abdominais e foi para o hospital. Naquela tarde, seu marido, aguardando do lado de fora da ala, ouviu o chamado urgente dela. Ela lhe disse que estava sangrando e que ninguém estava cuidando dela, ele contou. Ele e uma prima de sua esposa, Jane Adiru, 33 anos, disseram que abordaram repetidamente as enfermeiras pedindo ajuda nas horas que se seguiram, mas foram ignorados.
O próprio relato por escrito do hospital descreveu um dia de pesadelo de emergências complicadas, com apenas uma parteira em serviço tanto no turno diurno quanto noturno. Mulheres chegavam com úteros rompidos, um natimorto, parto obstruído, um aborto incompleto e um sangramento de câncer no colo do útero. Nenhum médico examinou Anguko até aproximadamente 12 horas após sua entrada, segundo o próprio relato do hospital. Outra hora se passou até ela finalmente ser levada para cirurgia. Mas já era tarde demais. Ela e o bebê morreram.
“O Hospital Arua não está contente com o que aconteceu e lamenta a coisa toda”, escreveu o superintendente médico do hospital aos líderes irados do conselho distrital no qual Anguko servia.
À medida que cresce a população africana, o mesmo acontece com a demanda por atendimento de emergência obstétrica.  A ONU estimou recentemente que a população de Uganda provavelmente quase triplicará para 94 milhões até 2050, o que significa o parto de dezenas de milhões de bebês a mais.
No momento, aproximadamente 80% das mortes maternas do mundo ocorrem em apenas 21 países, 15 deles localizados na África sub-Saara, segundo o estudo da Universidade de Washington. Uganda estava entre eles. Aproximadamente 5.200 mulheres morreram de causas ligadas à gravidez no país em 2008, estimaram os pesquisadores.
 O dr. Rafael Lozano, um professor de saúde global da universidade, disse que com exceção dos recentes ganhos no salvamento de vidas de mulheres grávidas portadoras do HIV, com o uso de tratamentos antirretrovirais em grande parte financiados por doadores, “basicamente não há nenhum progresso nas mortes maternas em Uganda”.
Quando Nalubowa, 40 anos, uma camponesa pobre e mãe de sete, chegou ao decrépito hospital distrital em Mityana, como disse sua sogra, Rhoda Kukkiriza, os enfermeiros exigiram um suborno de aproximadamente US$ 24 ou mais para compra de crédito para celular, para chamarem o médico, acusações negadas pelos enfermeiros. Kukkiriza disse que lhe restava menos de US$ 1 após gastar US$ 2,40 para compra da lâmina, luvas e outros itens que o hospital não tinha. Incapaz de pagar o suborno, Nalubowa foi levada para a maternidade e abandonada sem atendimento, disse sua sogra.
“Enquanto sofria as dores de parto, tudo o que saía dela era sangue”, disse Kukkiriza. “Sylvia disse: ‘Eu vendo todos meus porcos, todas as minhas galinhas, todas as minhas cabras, mas por favor, enfermeiros, venham me ajudar’.”
Mesmo se um médico tivesse chegado prontamente, o hospital teria dificuldade em salvar Nalubowa, que sangrou até a morte. O dr. Vincent Kawooya, o superintendente médico do hospital, disse que havia apenas uma pequena bolsa de sangue para uma criança em estoque naquela noite.
O próprio ministro da Saúde visitou o hospital após a morte de Nalubowa ter provocado protestos públicos, mas Kawooya disse que o ministro se recusou a botar os pés dentro da sala de operações, com suas paredes mofadas e teto com vazamento, dizendo que deveria ser condenada. O forro da maternidade era lar de morcegos e fezes escorriam por suas paredes internas.
Vincent Nyanzi, um membro do partido do governo no Parlamento pelo distrito, disse que apresentou a sogra e marido de Nalubowa a Museveni quando ele fez uma aparição pública em um distrito próximo.
O secretário particular do presidente lhes deu um envelope contendo aproximadamente US$ 190, disse a família. Na breve audiência deles com o presidente, disse Kukkiriza, ele lhes disse: “Sinto muito. É realmente uma pena”.


Reportagem de Celia W. Dugger para o jornal The New York Times
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/07/30/uganda-carece-de-recursos-para-prevenir-mortes-maternas.jhtm
foto:raizafricana.wordpress.com

Zapatero antecipa legislativas para 20 de novembro


O que significa que não cumprir a sua promessa de levar a sua legislatura até ao fim



O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero (foto esq.), anunciou ontem que as eleições legislativas vão ser antecipadas para 20 de Novembro. O escrutínio estava previsto para Março de 2012, mas a alteração da data tem como objectivo permitir que o novo governo possa adoptar medidas económicas a partir de 1 de Janeiro do próximo ano. 
Garantindo que a decisão tinha sido "pensada e amadurecida há já algum tempo" antes de falar com o candidato socialista à presidência, Alfredo Pérez Rubalcaba, Zapatero deixou no entanto uma mensagem positiva, sublinhando que, apesar do difícil contexto, a economia espanhola estava a dar sinais de recuperação. "O rumo está claro", afirmou, fazendo referência à diminuição de quatro décimas na taxa de desemprego do segundo trimestre divulgada ontem e situando-se agora nos 20,89%, um valor que ainda é recorde nos países industrializados. Falando sobre as reformas levadas a cabo nos últimos meses, entre as quais destacou a das pensões e dados recentes que indicam uma contenção do défice público, o chefe do governo espanhol afirmou  que a convocatória oficial das eleições será realizada no dia 26 de Setembro, quando o parlamento for dissolvido. "Consultei todos os que tinha de consultar", garantiu Zapatero, defendendo que até 26 de Setembro havia ainda tempo para aprovar leis e reformas pendentes. Apesar de no passado ter afirmado em várias ocasiões que queria cumprir a sua legislatura na íntegra, o líder do PSOE frisou que a antecipação não tem "nenhum componente de perspectiva eleitoral" que possa beneficiar o seu partido, apesar de Rubalcaba ter pedido a Zapatero, logo após ter saído do governo, que antecipasse a data para o Outono. O líder da oposição, Mariano Rajoy - que desde as eleições regionais e municipais de 22 de Maio vem regularmente pedindo eleições antecipadas, tendo em atenção o resultado desastroso do PSOE - afirmou que a decisão é o "impulso necessário para sair da grave situação actual" em Espanha. Sublinhando que se trata de uma "boa notícia" que "a maioria dos espanhóis desejava há muito tempo", Rajoy frisou, em conferência de imprensa, que o Partido Popular (PP) está preparado para protagonizar uma mudança política, admitindo porém que o novo governo "terá uma tarefa muito difícil porque Espanha tem muitos problemas". De acordo com a última sondagem do Centro de Investigações Sociológicas (CIS), divulgada esta semana, o PP tem uma vantagem confortável em relação ao PSOE. Após o anúncio, Rubalcaba explicou, em entrevista à rádio Cadena Ser, que "o processo eleitoral começa no momento em que o  presidente anuncia que há eleições". Questionado sobre o distanciamento do eleitorado socialista, o candidato respondeu que ia tentar trazê-lo de volta. "Penso que vou ser capaz de transmitir ideias para conquistar os seus votos", garantiu. Rubalcaba sublinhou ainda que quer ter "um bom resultado e um bom  projecto político". Sobre a escolha do dia das eleições, uma data muito simbólica para Espanha - a 20 de Novembro de 1975 morreu o ditador Francisco Franco -, o chefe do governo espanhol explicou que esse era um mês com muitos fins--de-semana com pontes e feriados que dificultavam o calendário e o dia agendado permitia- -lhes "superar esses problemas".



fonte:http://www.ionline.pt/conteudo/140333-espanha-zapatero-antecipa-legislativas-20-novembro
foto:theolivepress.es

Projeto prevê alteração para assistência gratuita


Se o Projeto de Lei 717/11, do depuatdo federal Vicente Candido (PT-SP) for  aprovado no Congresso, a Lei 1.060/50, que trata da gratuidade da assistência jurídica será revogada e o acesso sem custo à Justiça será mais restrito. O que você pensa sobre isto?




De acordo com o autor da proposta, a lei em vigor não está de acordo com a Constituição, que prevê a comprovação da situação de incapacidade financeira. O deputado argumenta que a presunção genérica de hipossuficiência tem gerado abusos. 
“A perda de receita judicial tem trazido sérios prejuízos à administração pública, pois os recursos que deveriam ser canalizados para quem necessita da gratuidade são destinados a atendimento de quem não precisa”, disse o parlamentar.
O deputado sugere alternativas a gratuidade como: suspensão temporária ou parcelamento dos pagamentos, o parcelamento integral em até 36 meses, o pagamento das despesas com desconto (isenção parcial) ou ainda isenção parcial com o pagamento do restante em parcelas.
“Como a maioria das pessoas, inclusive as de baixa renda, adquire produtos a prestações, assim também o parcelamento das despesas judiciais poderia muito bem atender às situações em que o solicitante não tem condições de pagar a despesa de uma só vez”, afirmou ele.
A proposta também é válida para pessoas jurídicas sem fins lucrativos e microempresas desde que tenham comprovação contábil de que as despesas judiciais causariam prejuízo a suas atividades normais. As empresas também não podem pagar mais de dois salários mínimos de remuneração para seus administradores para garantirem o benefício.
O projeto foi apensado ao PL 118/11, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ). A proposta de Hugo Leal exige apenas a comprovação de renda mensal inferior a dois salários mínimos para obter a assistência gratuita. Os dois projetos serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. 



fonte:http://www.conjur.com.br/2011-jul-29/projeto-preve-alteracao-regras-assistencia-juridica-gratuita
foto:eduardoneivadv.blogspot.com

Ministra Ellen Gracie deixa o Supremo em agosto


A ministra Ellen Gracie (foto dir.) deixará o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de agosto. O ofício que formaliza a comunicação da aposentadoria já chegou ao Ministério da Justiça. O comunicado à presidente Dilma Rousseff foi feito em maio. A ministra ainda participará de algumas sessões da Corte na volta do recesso de julho, mas a decisão de sair já está tomada. A ministra tem 63 anos. Pela compulsória, se aposentaria em fevereiro de 2018.
Por conta da saída de Ellen, a pauta de julgamentos do plenário do Supremo na primeira semana de agosto está recheada de processos nos quais ela é relatora ou em que pediu vista. Na próxima segunda-feira, 1º de agosto, quando o STF abre o segundo semestre do ano judiciário, as cinco primeiras ações pautadas estão nas mãos de Ellen Gracie.
No dia 4 de agosto, os 13 primeiros processos na pauta do plenário também são da ministra. Ao todo, para três sessões de julgamento, foram pautadas 25 ações que estão no gabinete de Ellen Gracie. A ideia é enfrentar alguns temas que ela considera importantes antes de deixar o tribunal.
A sucessão da ministra já é discutida com vigor em Brasília. O único nome masculino a figurar na lista de possíveis sucessores é o ministro Teori Zavascki, gaúcho como a ministra. Entre as mulheres, está a juíza brasileira do Tribunal Penal Internacional (TPI), Sylvia Steiner. O mandato de Sylvia no TPI terminaria no começo de 2012. Sua ida para o STF abriria uma vaga no tribunal internacional, que poderia ser ocupada por Ellen Gracie.
Há pelo menos três anos Ellen Gracie emite sinais de que gostaria de deixar a Corte. Em 2008, tentou ocupar uma das vagas de juiz na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Mas perdeu a disputa para o brasileiro Antônio Cançado Trindade, que foi nomeado em novembro de 2008.
Depois da derrota, a ministra apostou todas as fichas no cargo de juiz do Órgão de Apelação da Organização Mundial de Comércio. Mas também perdeu a vaga para o mexicano Ricardo Ramirez. Ministros reclamaram, na ocasião, que Ellen Gracie diminuía a importância do Supremo ao trabalhar com a determinação que trabalhou para deixá-lo. A indicação de Ramirez também foi uma derrota significativa para o Itamaraty.
Outro nome cogitado para substituir Ellen é o da procuradora do estado de São Paulo e professora da PUC de São Paulo e do Paraná, Flávia Piovesan. O trabalho consistente da professora na área de Direitos Humanos, alinhado com a jurisprudência contemporânea do Supremo, é seu principal certificado de habilitação para a vaga.
Especula-se também em torno da ministra Maria Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar. A ministra assessorou a presidente da República, Dilma Rousseff, quando ela chefiou a Casa Civil, durante parte do governo Lula. Há ainda outras ministras lembradas para o cargo: Maria Thereza de Assis Moura e Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, e Maria Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho. A desembargadora federal Neuza Maria Alves da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região também chegou a ser lembrada.
Há um mês, foi lançado do STF o livro Repercussão Geral no Recurso Extraordinário — Estudos em homenagem à Ministra Ellen Gracie. O livro foi organizado pelo juiz federal Leandro Paulsen, que auxilia a ministra no Supremo. Ministros do STF viram no lançamento da obra um registro de despedida do trabalho da ministra.
Em recente jantar que contou com a presença da ministra Ellen Gracie em São Paulo, em comemoração aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente, responsável pela indicação dela ao Supremo, teria tentado dissuadi-la da ideia de se aposentar. O pedido não surtiu efeito. Recentemente, a ministra comprou um apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro e o reformou. É para lá que deve se mudar até decidir seus novos rumos.


fonte:http://www.conjur.com.br/2011-jul-29/ministra-ellen-gracie-deixa-supremo-tribunal-federal-agosto
foto:blogdosarafa.com.br

29/07/2011

Cidade do México cria lei contra “feminicídio”


Desde ontem, 28 de julho, o código penal da Cidade do México passa a incluir o “feminicídio” em sua cartilhas. A norma estabelece penas de até 60 anos para o assassinato de mulheres por questões de gênero. A mudança na legislação da capital foi aprovada em junho pela Assembléia Legislativa municipal.



Organizações estrangeiras, como a Anistia Internacional, haviam denunciado o aumento da violência de gênero no México nos últimos anos, alegando que a impunidade era um dos fatores responsáveis pela situação.
Segundo dados do Observatório Cidadão Nacional do Feminicídio do México, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010, 203 mulheres foram mortas por questões de gênero somente na Cidade do México. Em todo o país, de acordo com o governo, cerca de seis mil mulheres morreram em decorrência de violência sexual entre 1999 e 2005.
A lei entra em vigor cerca de um mês após centenas de mulheres saírem às ruas da cidade para protestar contra a violência de gênero e pela garantia de seus direitos civis na “Marcha das Vadias”.
O evento, que já teve edições em São Paulo e Curitiba em 2011, foi criado depois que um policial afirmou no Canadá que para não serem estupradas as mulheres não deveriam se vestir como vagabundas.
Tipificação
De acordo com o Governo local, a nova lei deve ser empregada nos casos em que a vítima apresente sinais de violência sexual de qualquer tipo, lesões ultrajantes e degradantes e mutilações anteriores ou posteriores à morte. Além desses fatores, também caracterizam o crime de gênero a existência de ameaças, violência e exposição do corpo da vítima em lugar público, entre outros aspectos.


fonte:http://www.cartacapital.com.br/internacional/cidade-do-mexico-cria-lei-contra-%e2%80%9cfeminicidio%e2%80%9d
foto:blogdomexico.blogspot.com

Mais de 90% da população comem poucas frutas, legumes e verduras




O consumo alimentar da população brasileira combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão com alimentos com poucos nutrientes e muitas calorias. A ingestão diária de frutas, legumes e verduras está abaixo dos níveis recomendados pelo Ministério da Saúde (400g) para mais de 90% da população. Já as bebidas com adição de açúcar (sucos, refrescos e refrigerantes) têm consumo elevado, especialmente entre os adolescentes, que ingerem o dobro da quantidade registrada para adultos e idosos, além de apresentarem alta frequência de consumo de biscoitos, linguiças, salsichas, mortadelas, sanduíches e salgados e um menor ingestão de feijão, saladas e verduras.

A ingestão de alguns componentes de uma dieta saudável, como arroz, feijão, peixe fresco e farinha de mandioca, diminui à medida que aumenta o rendimento familiar per capita. Já o consumo de pizzas, salgados fritos, doces e refrigerantes se eleva. A ingestão de frutas, verduras e laticínios diet/light também aumenta com a renda.
Na área rural, as médias de consumo individual diário foram maiores para arroz, feijão, peixe fresco, batata-doce, farinha de mandioca e manga, entre outros. Já na área urbana, destacaram-se refrigerantes, pães, cervejas, pizzas e biscoitos recheados.
O consumo médio de calorias fora do domicílio correspondeu a aproximadamente 16% da ingestão calórica total e foi maior nas áreas urbanas, na região Sudeste, entre os homens e para indivíduos na faixa de renda familiar per capita mais elevada.
Entre as prevalências de inadequação de consumo (percentuais de pessoas que ingerem determinado nutriente em níveis abaixo das necessidades diárias ou acima do limite recomendado) destacam-se o excesso de gorduras saturadas e açúcar (86% e 61% da população,  respectivamente) e escassez de fibras (68% da população).
Essas e outras informações estão disponíveis no estudo “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, uma publicação da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Para a realização do estudo, foram coletadas informações sobre a ingestão individual de alimentos de todos os moradores com 10 anos ou mais de idade, distribuídos em nos 13.569 domicílios selecionados a partir da amostra original da POF-2008-2009, que contou com 55.970 domicílios. Pela primeira vez, foram levantadas informações sobre a ingestão de alimentos fora do domicílio.
Além destes resultados, o IBGE publica ainda outros dois produtos a partir dos dados da POF 2008-2009: a “Tabela de Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no Brasil”, publicação que apresenta as diferentes unidades de medidas relatadas pelos informantes para servir os alimentos que consumiram e suas respectivas quantidades em gramas; e as “Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil”. Estas tabelas foram amplamente utilizadas para a construção dos resultados apresentados.


As “Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil” estão na página: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_composicao_nutricional/default.shtm

E a “Tabela de Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no Brasil” está na página: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_medidas/default.shtm

Café, feijão, arroz e sucos apresentaram as maiores médias de consumo diário
As maiores médias de consumo diário per capita ficaram com o café (215,1g), feijão (182,9g), arroz (160,3g), sucos (145,0g), refrigerantes (94,7g) e carne bovina (63,2g). Os homens registraram menores consumos per capita do que as mulheres para as verduras, saladas e para grande parte das frutas e doces. O consumo per capita de cerveja e bebidas destiladas dos homens é cerca de cinco vezes maior do que o das mulheres.
Sobre o percentual de consumo fora do domicílio em relação ao consumo total, segundo cada tipo de alimento, destacaram-se: cerveja (63,6%), salgadinhos industrializados (56,5%), salgados fritos e assados (53,2%), bebidas destiladas (44,7%), pizzas (42,6%), sanduíches (41,4%), refrigerantes diet ou light (40,1%), refrigerantes (39,9%), salada de frutas (38,8%) e chocolates (36,6%). O consumo fora do domicilio foi maior para os homens na maioria dos alimentos, exceto pão integral, biscoito doce, produtos diet, chocolates, sorvetes e salgadinhos industrializados.
População rural consome mais grãos, frutas e peixes
Na classificação por situação de domicílio, as médias de consumo diário per capita na área rural foram maiores do que na área urbana para vários alimentos, com destaque para arroz (181,2g contra 156,2g), feijão (208,1g contra 177,9g), peixes frescos (53,5g contra 17,5g) e farinha de mandioca (19,1g contra 4,7g), manga (10,7g contra 3,5g), açaí (6,8g contra 2,2g) e batata-doce (4,3g contra 2,1g).
Já na área urbana destacaram-se: refrigerantes (105g contra 42,7g), pão de sal (56,9 contra 33,4g), cerveja (33,8g contra 17,5g) e sanduíches (13,5g contra 2,2g).
Peixe fresco é destaque na região Norte, preparações a base de milho no Nordeste e chá no Sul
Entre as regiões, o Centro-Oeste registra o maior consumo de arroz (195,4g), carne bovina (88,1g) e leite integral (45,4g). O feijão se destaca nas regiões Centro-Oeste (206,2g) e Sudeste (218,1g) e a batata inglesa no Sudeste (23,2g) e no Sul (18,6g). O consumo de chá é maior na região Sul (147,6g). No Nordeste, destacam-se o milho e respectivas preparações (50,9g) e o feijão verde ou de corda (22,0g), que quase não é citado nas outras regiões. Na região Norte, destacam-se três produtos cujo consumo é muito baixo ou inexistente no restante do país: peixe fresco e respectivas preparações (95,0g), farinha de mandioca (46,2g) e açaí (28,4g).
Em relação ao percentual de consumo fora do domicílio, o consumo de batata frita foi muito maior no Nordeste (72,2%), do que nas demais regiões. O consumo de massas fora do domicílio foi quatro vezes maior na Região Centro-Oeste (27,9%) do que no Norte (7,6%). No Sul, o destaque foi de outros pescados (69,5%), pães, bolos e biscoitos diet/light (48,3%) e linguiça (27,0%). No Norte, 91,5% do consumo de cerveja e 96,2% dos salgadinhos industrializados ocorreram fora do domicilio, da mesma forma que 72,6% do consumo de vinho no Nordeste.
Consumo de queijo e salada crua aumenta com a idade
A frequência de consumo de vários alimentos diminui com a idade: iogurtes, embutidos, sorvetes, refrigerantes, sucos/refrescos/sucos em pó reconstituídos, bebidas lácteas, biscoitos, embutidos, sanduíches, salgados e salgadinhos industrializados. O consumo diário de biscoitos recheados é bem maior entre os adolescentes (12,3g) do que entre adultos (3,2g) e idosos (0,6g). Por outro lado, os adolescentes registraram menor consumo diário per capita de saladas cruas (8,8g) do que os adultos (16,4g) e idosos (15,4g). Para os queijos, a ingestão diária aumentou de 3,8g/dia entre os adolescentes para 9,2g/dia entre os idosos. Já o consumo de cerveja foi de 3,3g/dia (adolescentes) para 41,3g/dia (adultos) e voltou a cair para 19,8g/dia (idosos).
Consumo de verduras, frutas e leite desnatado aumenta com a renda
O consumo diário de vários itens considerados parte de uma dieta saudável e equilibrada diminui à medida que a renda familiar per capita aumenta, como no caso do arroz, cuja ingestão diária chegou a 168,1g nas famílias com renda per capita de até R$296 e  caiu para 129,7g nas famílias com renda per capita acima de R$ 1.089. O mesmo ocorre com o feijão, com 195,5g e 127,5g respectivamente.
Por outro lado, o consumo de várias frutas e verduras aumenta com a renda, como por exemplo a banana (15,4g e 24,8g), maçã (5,9g e 18,3g), salada crua (7,9g e 21,8) e tomate (3,7g e 10,0g). O mesmo acontece com o leite desnatado (1,8g e 9,4g).
Alguns tipos de alimentos que indicam uma dieta inadequada também aumentam com a renda, como o consumo de doces à base de leite (4,8g e 7,6g), refrigerantes (54,3g e 135,1g), pizzas (0,7g e 11,0g) e salgados fritos e assados (6,3g e 16,6g).
Adolescentes têm maiores médias diárias de ingestão de açúcar e colesterol
O consumo energético médio da população brasileira variou de 1.490kcal a 2.289kcal. As maiores médias de ingestão de energia foram dos homens na faixa de 14 a 18 anos (2.289kcal/dia). O segundo grupo de maior ingestão energética foi o dos homens de 19 a 59 anos de idade (2.163kcal/dia). Para ambos os sexos, os menores valores de ingestão energética foram na faixa de 60 anos ou mais: 1.490kcal/dia para mulheres e 1.796kcal/dia para homens.
Os lipídios (gorduras) representaram 28% da energia da dieta dos adolescentes e 27% da dos adultos e idosos. O percentual das proteínas variou de 15% a 16% para adolescentes e de 16% a 17% nos adultos e idosos, valores acima da recomendação do Ministério da Saúde (de 10% a 15%). A contribuição dos carboidratos entre os homens variou de 54,8% (dos 19 aos 59 anos) a 57,0% (dos 10 aos 13) e, para as mulheres, de 56,2% a 57,6% (mesmos grupos etários).
As médias diárias de ingestão de colesterol foram menores para as mulheres (de 186,3mg a 237,9mg) do que os homens (de 231,1mg a 282,1mg) em todos os grupos etários. O grupo de 14 a 18 anos teve as maiores médias de consumo de colesterol. A ingestão de fibras foi maior entre os homens (de 20,4g a 23,5g) do que entre as mulheres (de 17,6g a 18,8g).
A ingestão média diária de açúcares totais variou entre as faixas etárias, sendo mais elevada a dos adolescentes, variando de 105,4g a 113,1g nos rapazes e de 106,8g a 110,7g nas moças. O consumo médio diário de açúcar total entre os adolescentes foi cerca de 30% maior do que o dos idosos e entre 15% e 18% maior que dos adultos.
Região Norte tem maior consumo energético, ingestão de colesterol e fibras
A região Norte apresentou as maiores médias de ingestão de energia diária, que variaram de 1660kcal a 2496kcal. As menores médias foram observadas no nordeste, que variaram de 1448 kcal a 2289 kcal.
Com relação à participação das proteínas no total das colorias diárias, destaca-se novamente a região Norte. O limite de 15% do total das calorias diárias provenientes das proteínas é também ultrapassado em todos os grupos de idade na nordeste.
As regiões Sul e Sudeste apresentaram as menores médias diárias de ingestão de colesterol. Por outro lado, a região Norte registrou os valores mais elevados de consumo.
Para os diferentes tipos de gordura (ácidos graxos, saturadas, monoinsaturados e trans) destacaram-se as regiões Sul e Sudeste como aquelas regiões que apresentaram as maiores médias de ingestão.
No que se refere à participação dos açúcares no total das calorias diárias, o limite máximo de 10% é extrapolado em todas as regiões. No caso do Sul e do Sudeste, foram identificadas as maiores participações dos açúcares totais no total das calorias diárias, como destaque para as adolescentes do sexo feminino, em torno de 26% de participação. A menor participação foi identificada na região Norte, para os idosos do sexo masculino, como 13,4%.
O consumo médio diário de fibras apresentou maiores valores nas regiões norte e nordeste, com resultados que variaram de 18,2g a 25,8g, no caso da região norte, e de 17,7g a 24,5g para a região sudeste.
A recomendação da participação dos carboidratos, de 55% a 75% do consumo calórico diário total, foi observada em todas as regiões, como algumas poucas exceções. A menor participação observada, de 52,3%, foi estimada para os homens com 60 anos ou mais de idade na região Centro-Oeste.
Consumo baixo de cálcio e alto de sódio atinge todos os grupos etários
Na análise de inadequação de consumo (o percentual de pessoas que consomem determinada substância fora dos limites recomendados, para cima ou para baixo), chamam atenção algumas informações levantadas sobre crianças e adolescentes.
Na faixa dos 10 aos 13 anos de idade, 96,4% dos adolescentes do sexo masculino e 97,2% do sexo feminino registraram ingestão de cálcio abaixo do valor mínimo diário recomendável (1.100mg); o mesmo ocorreu com a vitamina D (10mcg) para 99,4% dos meninos e 99,0% das meninas; e, com a vitamina E (9mcg), para 99,2% e 99,8%, respectivamente. Já a ingestão de sódio acima do limite diário máximo tolerável desse grupo (2.200mg) foi registrada para 81,5% dos meninos e 77,7% das meninas nesse grupo etário.
Na faixa de 14 a 18 anos, o consumo diário inadequado de cálcio (abaixo de 1.100mg) foi registrado para 95,1% dos adolescentes do sexo masculino e 97,3% do sexo feminino; para a vitamina D (abaixo de 10mcg), para 99,4% e 98,8%; e, para a vitamina E (menos de 12mcg), para 99,9% e 100%, respectivamente. O consumo diário excessivo de sódio para este grupo etário (acima de 2.300mg) foi visto para 88,9% para o sexo masculino e 72,9% para o feminino.
Na faixa etária de 19 a 59 anos, as maiores prevalências de inadequação de consumo diário ficaram com a vitamina D (menos de 10mcg), que atingiu 99,6% dos homens e 99,2% das mulheres; a vitamina E (menos de 12mcg), que chegou a 99% e 100%, respectivamente. Já o consumo diário insuficiente de cálcio (menos de 800mg para homens de todo o grupo e mulheres até 50 anos e de 1.000mg para mulheres de 51 a 59 anos) atingiu 83,8% dos homens, 90,7% das mulheres até 59 anos e 96,7% das mulheres de 51 a 59 anos. O consumo diário em excesso de sódio (acima de 2.300mg) foi registrado para 88,7% dos homens e 69,7% das mulheres.
No grupo etário de 60 anos ou mais, a inadequação da vitamina E (menos de 12mcg/dia) teve prevalência de 100% para ambos os sexos. Já a da vitamina D chegou a 99,6% dos homens e 99,4% das mulheres. No caso do cálcio, os limites mínimos são de 800mg para os homens até 70 anos e de 1.000mg acima dessa idade e, para as mulheres, de 1.000mg para todo o grupo. A prevalência de inadequação no grupo chegou a 85,9% para os homens até 70 anos, a 94,3% dos homens a partir dessa idade e a 95,8% das mulheres. Já a ingestão diária de sódio acima do limite tolerável de 2.300mg chegou a 80,4% dos homens e 62,2% das mulheres. 




fonte:http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHpkdjZkWhN2aKVVVB1TP
foto:assuntodemulher.com