Um problema bem familiar para nós brasileiros que vivemos com uma situação similar nos nossos presídios. Por isso mesmos voltamos a insistir na necessidade urgente de um investimento efetivo na reintegração do preso, a qual deve começar já no início do cumprimento da pena e deve atingir também seus familiares e todos os funcionários do sistema carcerário. Na verdade, a reintegração do preso só terá efeito se for uma ação conjunta da sociedade civil, governo e empresariado e que vise a recuperação e reintegração deste ser humano em todos os seus aspectos, ou seja, emocional, profissional, psicológica e que transforme também as mentalidades e os corações de quem está do lado de fora das grades.
A situação das prisões no estado da Califórnia é tão caótica devido à superlotação que a Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou a redução de 30 mil presos. Os presídios do estado comportam 88 mil pessoas, mas hoje em dia estão sendo ocupadas por 148 mil detentos. Os índices de suícidio são 80% maiores do que em outros estados e muitos pacientes com doenças físicas e mentais não têm tratamento adequado, de acordo com reportagem do The New York Times.A Califórnia terá 2 anos para solucionar o problema, o que fatalmete implicará na liberação de alguns presos. "Devido ao não-cumprimento (das normas) nas novas construções, transferências foram do Estado e outros meios (...), o Estado terá que libertar um certo número de prisioneiros antes de cumprida a totalidade de sua sentença", determina o veredicto. A última instância judicial americana declarou, ao proferir a sentença, que a medida foi tomada visando remediar o problema de violação dos direitos constitucionais dos prisioneiros. A decisão foi aprovada por 5 votos a 4. A resolução da Suprema Corte delega ao Estado a função de escolher os meios para reduzir a superlotação.
foto: leilacordeiro.blogspot.com
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