Ao reiterar que o povo porto-riquenho constitui uma nação latino-americana, o Comitê de Descolonização das Nações Unidas aprovou na última terça-feira (23) uma nova resolução que reafirma “o direito inalienável” de Porto Rico a sua livre determinação e independência.
A resolução foi apresentada por Cuba, Equador, Bolívia, Nicaragua, Venezuela, Síria e Rússia. Ela foi adotada por consenso pelos 29 países-membros do Comitê, que incluem Chile, China, Índia, Santa Luzia e Indonésia.
A medida “incita novamente o governo dos Estados Unidos a assumir sua responsabilidade de acelerar um processo que permita que o povo de Porto Rico exerça plenamente seu direito inalienável à livre determinação e independência”. Essa é a 34a vez que esse grupo das Nações Unidas faz um chamado similar.
Como forma de pressão, dessa vez o Comitê de Descolonização solicitou à Assembleia Geral da ONU que “examine, de maneira ampla e em todos os aspectos, a questão de Porto Rico, e se pronuncie sobre a mesma o mais rápido possível”.
Essa é a primeira vez que a resolução solicita à Assembleia Geral que se expresse sobre o assunto - para além de simplesmente adotar os informes que se referem ao Comitê de Descolonização - e que a Rússia se torna signatária da medida, informou o secretário geral do Partido Independentista Porto-Riquenho (PIP), Juan Dalmau.
O comissionado residente em Washington, Pedro Pierluisi, em sua apresentação no Comitê, propôs, sem êxito, incorporar na resolução o reconhecimento - como um “direito” - de tornar Porto Rico como uma unidade federativa dos EUA, como uma alternativa de status.
Preso político
O texto da resolução destaca o chamado à comunidade internacional a favor da liberdade de Oscar López Rivera, que, no último 29 de maio, cumpriu 34 anos nos presídios norte-americanos, devido à sua militância no grupo clandestino pró-independência Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN). A resolução se posiciona diante do consenso em Porto Rico a favor de sua liberdade da cadeia.
Também volta a reivindicar que se limpem, promovam a descontaminação e devolvam ao povo de Porto Rico todas as terras anteriormente utilizadas para manobras militares estadunidenses, como em Vieques.
Nesse sentido, “chama o governo dos Estados Unidos a que, em consonância com a necessidade de garantir ao povo porto-riquenho seu legítimo direito à livre determinação e à proteção de seus direitos humanos, complete a devolução ao povo de Porto Rico de toda terra ocupada e as instalações da ilha de Vieques e Ceiba”.
Reportagem de Resumen Latinoamericano
Tradução: Vivian Fernandes
fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/32317
foto:http://www.diarioliberdade.org/component/search/?areas%5B0%5D=content&searchphrase=exact&searchword=puerto%20rico
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