Um
levantamento anual do Ministério da Saúde divulgado na última terça-feira
mostrou que 157 municípios estão em situação de risco de surto de dengue,
e 525 em estado de alerta. Os dados integram o Levantamento Rápido do Índice
por Aedes aegypti (LIRAa),
uma pesquisa que analisou a infestação do mosquito nos imóveis de 1 315 cidades
de todo o país.
A pasta
considera como cidade em situação de risco quando mais do que 3,9% dos imóveis
pesquisados apresentam larvas do mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue. Se esse índice fica entre 1% e 3,8%, considera-se a
cidade em estado de alerta. Incidência menor do que 1% indica que a região está
em situação satisfatória.
O
número de casos suspeitos de dengue no país neste ano mais que dobrou em
relação a 2012. Segundo
o estudo, entre janeiro e o início de novembro deste ano foram registrados mais
de 1,4 milhão de casos suspeitos, enquanto no mesmo período em 2012 foram 565
510, representando um aumento de 161%.
O estudo também revelou uma
elevação do número de mortes e casos graves da doença. Entre janeiro e novembro
deste ano, foram registrados 573 óbitos (247 em 2012) e 6 566 casos
graves (3 774 em 2012).
Áreas
de risco — De acordo com a pesquisa, o Sudeste é a região brasileira que
abrigou o maior número de casos da doença em 2013: mais de três em cada cinco
(63,4%) foram registrados na região. Em seguida, a maior prevalência foi
observada no Centro-Oeste (18,4%), seguida do Nordeste (10,1%); Sul
(4,8%); e Norte (3,3%).
No Brasil, há três capitais que
se encontram em situação de risco: Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho. Outras
onze estão em estado de alerta — Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Boa
Vista, Manaus, Palmas, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo Grande e Vitória.
Apenas sete apresentaram uma situação satisfatória: Teresina, Belo
Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Macapá e João Pessoa. O
restante das capitais não havia fornecido dados sobre a dengue ao
Ministério da Saúde até a divulgação do levantamento.
O LIRAa
ainda mostrou que os principais focos de criação do mosquito da dengue variam
de acordo com cada região do país. No Nordeste, por exemplo, cerca de dois
terços das larvas deAedes
aegypti se concentram
em reservatórios de água. No Sudeste, por outro lado, o principal foco são os
depósitos domiciliares, como vasos de plantas (47,9%). Já no Sul e
Centro-Oeste, o maior foco está nos lixos (81,2% e 49.7%, respectivamente).
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