04/12/2009

Refletindo sobre o caso Arruda

Prosseguindo com as reflexões “inspiradas” no escândalo do governo de Brasília. Uma das evidências no quadro geral da política nacional – independentemente da sigla partidária – é que a confiança na impunidade está tão generalizada que os corruptos preferem correr o risco. Na verdade, as denúncias na sua maioria não são feitas por políticos preocupados em manter a ética, não são movidas por sentimentos de honradez, de compromisso com a população. As denúncias geralmente partem de outros corruptos que faziam parte do grupo denunciado e que por algum motivo se sentiram traídos, prejudicados ou algo do gênero. Então é como se fosse uma briga de facções, como acontece com os grupos de traficantes nas favelas do Rio de Janeiro que disputam o controle da venda de drogas ou do PCC, que luta pelo controle nos presídios brasileiros. O que não significa que as denúncias, no caso dos políticas e na atualidade aquelas que envolvem o governador Arruda e sua equipe percam a importância devido a origem. Infelizmente, elas apontam que o lado obscuro da luta pelo poder avança quase sem limites.




Uma indicação de leitura sobre esta falta de limites que atinge e contamina vários aspectos da nossa vida é a tese de Mestrado “Uma reflexão sobre a falta de limite: tematizando a alteridade” de Francine Marcéli Faria Santos para o Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro. O texto na íntegra pode ser lido neste link:




 fonte da foto: josiasdesouza.folha...

2 comentários:

  1. Ricardo Rabinovich-Berkman4.12.09

    Cara Dra. Tania Mota,
    Não posso deixar de parabenizar sua brilhante iniciativa, à que desejo o maior dos sucessos. A relação da ética com a paz é, concordo, um assunto extremamente interessante para aprofundar.
    Afetuosos cumprimentos,
    Ricardo Rabinovich-Berkman

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  2. João Victor Borges4.12.09

    Dra. Tânia,
    Descobri seu blog por acaso e gostei muito da sua idéia em debater ética como um dos caminhos para paz. Sinceramente, apesar de ser muito jovem ainda, anda meio sem fé na ética da humanidade.
    Parabéns!

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